Fernando Barros, proprietário da
Banda coelhonetense Chibata Quente, usou as redes sociais para relatar as
agressões sofridas na cidade de Duque Bacelar, por parte de uma pessoa que
contratou a banda para a realização de um show.
Os relatos tiveram repercussão
imediata, causando revolta nos fãs e demais pessoas que curtem e acompanham o trabalho da
banda, uma das melhores da região, diga-se de passagem.
Sem citar nomes, ele faz um relato da situação humilhante a que, juntamente com os demais integrantes da banda, foi submetido.
Sem citar nomes, ele faz um relato da situação humilhante a que, juntamente com os demais integrantes da banda, foi submetido.
Veja o que disse o jovem
Fernando Barros:
“Eu,
Fernando Barros, proprietário e tecladista da banda Chibata Quente, venho
tornar público a revolta sobre uma situação que nós “família Chibata Quente”
vivenciamos no último sábado (19/05) em um evento na cidade de Duque
Bacelar-Ma. Fomos contratados como uma das atrações de uma festa tradicional
daquela cidade, organizada por um sindicato e apadrinhada por alguns políticos.
Fui procurado pelo Presidente dessa instituição, que em acordo comigo fechamos
o contrato.
A
banda chegou ao local no horário determinado pelo contratante, mas não teve
início como ele havia acordado. Por motivos superiores, tive que me retirar do
local, o que ocasionou o atraso do show em 30 min. Ao retornar ao clube, fui
covardemente agredido com palavras e até fisicamente pelo contratante e por
outros membros da organização.
Para
melhor esclarecer: antes de toda a confusão, fui muito bem recebido por ele,
que me adiantou o pagamento da metade do valor do contrato. Ciente de que o
valor acordado não era aquele, imaginei que, no final do show seria pago a
outra parte(metade). Pois é assim que está descrito em uma das cláusulas do
contrato: metade antes do show e metade após o show. Portanto, não questionei o
valor que me foi dado naquele momento. Um erro meu, pois deveria ter perguntado
sobre a outra parte, mas confiei na honestidade do contratante.
Retornando as agressões, digo que foi a pior humilhação que já passei em minha vida. Em público, em cima do palco, o contratante tentou me agredir fisicamente, agarrando-me me gola da camisa e quase me jogando do palco. Fui vítima de difamação, fui chamado de ladrão, vagabundo, moleque e outras palavras de baixo calão. O Contratante exigia de mim a devolução do valor total do contrato, dizendo que havia me dado todo o valor, sendo que ele só havia me dado a metade. Me chamava de ladrão, e gritava para que eu devolvesse o valor total do contrato. O público que já se encontrava no clube assistiu isso tudo. Vale dizer que, a festa foi patrocinada por políticos, que também se encontravam no local.
Diante
de tudo isso, ele não me deixava falar. Suponho até que, diante desta situação,
o contratante já planejava nos dar golpe. Além dele, várias pessoas da
organização apontavam o dedo para mim como se eu fosse um bandido, ladrão e
golpista. Olha, foi muito humilhante. Como pode um ser humano expressar tanto
ódio apenas porque eu não estava no palco quando me procurou? Acredito que isso
não era motivo para tamanho circo, que foi montado em plena praça pública! Como
uma pessoa pública (como é o caso dele) chegar a esse ponto? Existem outras
formas de se chegar a um acordo, com dialogo, mas não, ele fez todo esse teatro
e, o que é pior, ele me usou como o vilão da história, colocando o público
contra mim. Ressalto que, com receio de mais humilhação, pois ele parecia
descontrolado, devolvi todo o dinheiro que ele havia me dado.
Informo
também que, após certa calmaria, algumas pessoas da organização, que
intermediaram a negociação, nos pediram para fazermos o show, afirmando que o
valor do contrato seria pago, mas com um valor de desconto. Aceitei para
cumprimento do contrato, e por necessidade de pagar as despesas que tive com
aluguel do som e do transportes.
Desconcertados,
humilhados e desmotivados, nossos músicos subiram ao palco, e apesar de tudo
deram um show, em respeito ao público presente, e demostrando muito
profissionalismo. Foram 04 horas de show, conforme estabelecido no contrato.
Enfim, cumprimos nosso contrato! Porém, o contratante não cumpriu parte dele,
pois no final de tudo, nenhum valor nos foi pago.
Isso
foi ou não humilhante? Fui vítima de violência física, verbal, difamação,
ameaça e constrangimento.
Diante
disso tudo, acionei a justiça, e irei buscar os meus direitos. Aliás, o direito
da banda, que prestou serviço, cumpriu o contrato, mesmo depois de tamanho
constrangimento público provocado por uma pessoa descontrolada, sem ética e sem
palavra.
Ainda
me recupero da humilhação, aliás a banda toda tenta se recuperar. Todos os
integrantes se sentem mal com o ocorrido.
Nunca
havíamos passado por uma situação como essa. Somos profissionais, e tenho
certeza que um pequeno atraso de 30 minutos não era motivo para tamanho teatro
em praça pública. Isso parece que tinha outra intenção por trás disso tudo.
Somos
artistas, músicos, não somos vagabundos não. Fazemos música por amor, mas
também para sobrevivermos. Merecemos respeito, assim como respeitamos o nosso
público. Queremos apenas o que nosso é de direito. Trabalhamos e merecemos
receber. Queremos justiça, e acreditamos que ela será feita.
Esse
ocorrido foi um fato isolado, pois a cidade de Duque Bacelar sempre nos recebe
bem. É uma cidade acolhedora, que abraça a banda “Chibata Quente” e nos dar
sempre a oportunidade de mostrar nosso trabalho. Amamos essa cidade, e
lamentamos que em meio a tantas pessoas boas e honestas existam pessoas
mal-intencionadas e maldosas. Mas isso me serviu de lição, aprender a confiar
menos nas pessoas. Queremos apenas o que nosso é de direito. Trabalhamos e
merecemos receber. Queremos justiça, e acreditamos que ela será feita. Chibata
Quente continuará fazendo a alegria da galera!
Agradecemos
o apoio de todos!
Fernando
Barros”.
Esperamos que o caso seja devidamente
apurado e os responsáveis punidos com o rigor da lei, para que situações como
essa não voltem a se repetir.