quarta-feira, 25 de maio de 2016

Em conversa gravada, Renan defende mudar lei da delação premiada.

Renan Calheiros preside sessão do Senado para decidir sobre a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse em conversa gravada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que apoia uma mudança na lei que trata da delação premiada de forma a impedir que um preso se torne delator -procedimento central utilizado pela Operação Lava Jato.
Renan sugeriu que, após enfrentar esse assunto, também poderia "negociar" com membros do STF (Supremo Tribunal Federal) "a transição" de Dilma Rousseff, presidente hoje afastada.
Machado e Renan são alvos da Lava Jato. Desde março, temendo ser preso, Machado gravou pelo menos duas conversas entre ambos. A reportagem obteve os áudios. Machado negocia um acordo de delação premiada.
Ele também gravou o senador Romero Jucá (PMDB-RR), empossado ministro do Planejamento no governo Michel Temer. A revelação das conversas pela Folha na segunda (23) levou à exoneração de Jucá.
Em um dos diálogos com Renan, Machado sugeriu "um pacto", que seria "passar uma borracha no Brasil". Renan responde: "antes de passar a borracha, precisa fazer três coisas, que alguns do Supremo [inaudível] fazer. Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa. Porque aí você regulamenta a delação".
A mudança defendida pelo peemedebista, se efetivada, poderia beneficiar Machado. Ele procurou Jucá, Renan e o ex-presidente José Sarney (PMDB) porque temia ser preso e virar réu colaborador.
"Ele está querendo me seduzir, porra. [...] Mandando recado", disse Machado a Renan em referência ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Renan, na conversa, também ataca decisão do STF tomada ano passado, de manter uma pessoa presa após a sua segunda condenação.
O presidente do Senado também fala em negociar a transição com membros do STF, embora o áudio não permita estabelecer com precisão o que ele pretende.
Machado, para quem os ministros "têm que estar juntos", quis saber por que Dilma não "negocia" com os membros do Supremo. Renan respondeu: "Porque todos estão putos com ela".
Para Renan, os políticos todos "estão com medo" da Lava Jato. "Aécio [Neves, presidente do PSDB] está com medo. [me procurou] 'Renan, queria que você visse para mim esse negócio do Delcídio, se tem mais alguma coisa'", contou Renan, em referência à delação de Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), que fazia citação ao tucano.
Renan disse que uma delação da empreiteira Odebrecht "vai mostrar as contas", em provável referência à campanha eleitoral de Dilma. Machado respondeu que "não escapa ninguém de nenhum partido". "Do Congresso, se sobrar cinco ou seis, é muito. Governador, nenhum."
O peemedebista manifestou contrariedade ao saber, pelo senador Jader Barbalho (PMDB-PA), que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), esteve com Michel Temer em março.
Em dois pontos das conversas, Renan e Machado falam sobre contatos do senador e de Dilma com a mídia, citando o diretor de Redação da Folha, Otavio Frias Filho, e o vice-presidente Institucional e Editorial do Grupo Globo, João Roberto Marinho. Renan diz que Frias reconheceu "exageros" na cobertura da Lava Jato e diz que Marinho afirmou a Dilma que havia um "efeito manada" contra seu governo.
OUTRO LADO
Por meio de sua assessoria, o presidente do Senado informou que os "diálogos não revelam, não indicam, nem sugerem qualquer menção ou tentativa de interferir na Lava Jato ou soluções anômalas. E não seria o caso porque nada vai interferir nas investigações."
Segundo a assessoria, "todas as opiniões do senador foram publicamente noticiadas pelos veículos de comunicação, como as críticas ao ex-presidente da Câmara, a possibilidade de alterar a lei de delações para, por exemplo, agravar as penas de delações não confirmadas e as notícias sobre delações de empreiteiras foram fartamente veiculadas".
"Em relação ao senador Aécio Neves, o senador Renan Calheiros de desculpa porque se expressou inadequadamente. Ele se referia a um contato do senador mineiro que expressava indignação –e não medo– com a citação do ex-senador Delcídio do Amaral."
A nota diz ainda que "o senador Renan Calheiros tem por hábito receber todos aqueles que o procuram. Nas conversas que mantem habitualmente defende com frequência pontos de vista e impressões sobre o quadro. Todas os pontos de vista, evidentemente, dentro da Lei e da Constituição".
A assessoria do STF informou que o presidente do tribunal, Ricardo Lewandowski, "jamais manteve conversas sobre supostas 'transição' ou 'mudanças na legislação penal' com as pessoas citadas", isto é, Renan Calheiros e Sérgio Machado.
Segundo a nota, o STF "mantém relacionamento institucional com os demais Poderes" e o ministro Lewandowski "participou de diversos encontros, constantes de agenda pública, com integrantes do Poder Executivo para tratar do Orçamento do Judiciário e do reajuste dos salários de servidores e magistrados".
Também por meio de nota, a Executiva Nacional do PSDB informou que vai "acionar na Justiça" o ex-presidente da Transpetro. A sigla diz ser "inaceitável essa reiterada tentativa de acusar sem provas em busca de conseguir benefícios de uma delação premiada".
"Fica cada vez mais clara a tentativa deliberada e criminosa do senhor Sérgio Machado de envolver em suspeições o PSDB e o nome do senador Aécio Neves, em especial, sem apontar um único fato que as justifique. As gravações se limitam a reproduzir comentários feitos pelo próprio autor, com o objetivo específico de serem gravados e divulgados."
"Sobre a referência ao diálogo entre os senadores Aécio Neves e Renan Calheiros, o senador Aécio manifestou a ele o que já havia manifestado publicamente inúmeras vezes: a sua indignação com as falsas citações feitas ao seu nome."
Sérgio Machado não é localizado desde a semana passada.
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LEIA TRECHOS DOS DIÁLOGOS

Primeira conversa:
SÉRGIO MACHADO - Agora, Renan, a situação tá grave.
RENAN CALHEIROS - Grave e vai complicar. Porque Andrade fazer [delação], Odebrecht, OAS. [falando a outra pessoa, pede para ser feito um telefonema a um jornalista]
MACHADO - Todos vão fazer.
RENAN - Todos vão fazer.
MACHADO - E essa é a preocupação. Porque é o seguinte, ela [Dilma] não se sustenta mais. Ela tem três saídas. A mais simples seria ela pedir licença...
RENAN - Eu tive essa conversa com ela.
MACHADO - Ela continuar presidente, o Michel assumiria e garantiria ela e o Lula, fazia um grande acordo. Ela tem três saídas: licença, renúncia ou impeachment. E vai ser rápido. A mais segura para ela é pedir licença e continuar presidente. Se ela continuar presidente, o Michel não é um sacana...
RENAN - A melhor solução para ela é um acordo que a turma topa. Não com ela. A negociação é botar, é fazer o parlamentarismo e fazer o plebiscito, se o Supremo permitir, daqui a três anos. Aí prepara a eleição, mantém a eleição, presidente com nova...
[atende um telefonema com um jornalista]
RENAN - A perspectiva é daquele nosso amigo.
MACHADO - Meu amigo, então é isso, você tem trinta dias para resolver essa crise, não tem mais do que isso. A economia não se sustenta mais, está explodindo...
RENAN - Queres que eu faça uma avaliação verdadeira? Não acredito em 30 dias, não. Porque se a Odebrecht fala e essa mulher do João Santana fala, que é o que está posto...
[apresenta um secretário de governo de Alagoas]
MACHADO - O Janot é um filho da puta da maior, da maior...
RENAN - O Janot... [inaudível]
MACHADO - O Janot tem certeza que eu sou o caixa de vocês. Então o que que ele quer fazer? Ele não encontrou nada nem vai encontrar nada. Então ele quer me desvincular de vocês, mediante Ricardo e mediante e mediante do Paulo Roberto, dos 500 [mil reais], e me jogar para o Moro. E aí ele acha que o Moro, o Moro vai me mandar prender, aí quebra a resistência e aí fudeu. Então a gente de precisa [inaudível] presidente Sarney ter de encontro... Porque se me jogar lá embaixo, eu estou fodido. E aí fica uma coisa... E isso não é análise, ele está insinuando para pessoas que eu devo fazer [delação], aquela coisa toda... E isso não dá, isso quebra tudo isso que está sendo feito.
RENAN - [inaudível]
MACHADO - Renan, esse cara é mau, é mau, é mau. Agora, tem que administrar isso direito. Inclusive eu estou aqui desde ontem... Tem que ter uma ideia de como vai ser. Porque se esse vagabundo jogar lá embaixo, aí é uma merda. Queria ver se fazia uma conversa, vocês, que alternativa teria, porque aí eu me fodo.
RENAN - Sarney.
MACHADO - Sarney, fazer uma conversa particular. Com Romero, sei lá. E ver o que sai disso. Eu estou aqui para esperar vocês para poder ver, agora, é um vagabundo. Ele não tem nada contra você nem contra mim.
RENAN - Me disse [inaudível] 'ó, se o Renan tiver feito alguma coisa, que não sei, mas esse cara, porra, é um gênio. Porque nós não achamos nada.'
MACHADO - E já procuraram tudo.
RENAN - Tudo.
MACHADO - E não tem. Se tivesse alguma coisa contra você, já tinha jogado... E se tivesse coisa contra mim [inaudível]. A pressão que ele quer usar, que está insinuando, é que...
RENAN - Usou todo mundo.
MACHADO - ...está dando prazos etc é que vai me apartar de vocês. Mesma coisa, já deu sinal com a filha do Eduardo e a mulher... Aquele negócio da filha do Eduardo, a porra da menina não tem nada, Renan, inclusive falsificaram o documento dela. Ela só é usuária de um cartão de crédito. E esse é o caminho [inaudível] das delações. Então precisa ser feito algo no Brasil para poder mudar jogo porque ninguém vai aguentar. Delcídio vai dizer alguma coisa de você?
RENAN - Deus me livre, Delcídio é o mais perigoso do mundo. O acordo [inaudível] era para ele gravar a gente, eu acho, fazer aquele negócio que o J Hawilla fez.
MACHADO - Que filho da puta, rapaz.
RENAN - É um rebotalho de gente.
MACHADO - E vocês trabalhando para poder salvar ele.
RENAN - [Mudando de assunto] Bom, isso aí então tem que conversar com o Sarney, com o teu advogado, que é muito bom. [inaudível] na delação.
MACHADO - Advogado não resolve isso.
RENAN - Traçar estratégia. [inaudível]
MACHADO - [inaudível] quanto a isso aí só tem estratégia política, o que se pode fazer.
RENAN - [inaudível] advogado, conversar, né, para agir judicialmente.
MACHADO - Como é que você sugeriria, daqui eu vou passar na casa do presidente Sarney.
RENAN - [inaudível]
MACHADO - Onde?
RENAN - Lá, ou na casa do Romero.
MACHADO - Na casa do Romero. Tá certo. Que horas mais ou menos?
RENAN - Não, a hora que você quiser eu vou estar por aqui, eu não vou sair não, eu vou só mais tarde vou encontrar o Michel.
MACHADO - Michel, como é que está, como é que está tua relação com o Michel?
RENAN - Michel, eu disse pra ele, tem que sumir, rapaz. Nós estamos apoiando ele, porque não é interessante brigar. Mas ele errou muito, negócio de Eduardo Cunha... O Jader me reclamou aqui, ele foi lá na casa dele e ele estava lá o Eduardo Cunha. Aí o Jader disse, 'porra, também é demais, né'.
MACHADO - Renan, não sei se tu viu, um material que saiu na quinta ou sexta-feira, no UOL, um jornalista aqui, dizendo que quinta-feira tinha viajado às pressas...
RENAN - É, sacanagem.
MACHADO - Tu viu?
RENAN - Vi.
MACHADO - E que estava sendo montada operação no Nordeste com Polícia Federal, o caralho, na quinta-feira.
RENAN - Eu vi.
MACHADO - Então, meu amigo, a gente tem que pensar como é que encontra uma saída para isso aí, porque isso aí...
RENAN - Porque não...
MACHADO - Renan, só se fosse imbecil. Como é que tu vai sentar numa mesa para negociar e diz que está ameaçado de preso, pô? Só quem não te conhece. É um imbecil.
RENAN - Tem que ter um fato contra mim.
MACHADO - Mas mesmo que tivesse, você não ia dizer, porra, não ia se fragilizar, não é imbecil. Agora, a Globo passou de qualquer limite, Renan.
RENAN - Eu marquei para segunda-feira uma conversa inicial com [inaudível] para marcar... Ela me disse que a conversa dela com João Roberto [Marinho] foi desastrosa. Ele disse para ela... Ela reclamou. Ele disse para ela que não tinha como influir. Ela disse que tinha como influir, porque ele influiu em situações semelhantes, o que é verdade. E ele disse que está acontecendo um efeito manada no Brasil contra o governo.
MACHADO - Tá mesmo. Ela acabou. E o Lula, como foi a conversa com o Lula?
RENAN - O Lula está consciente, o Lula disse, acha que a qualquer momento pode ser preso. Acho até que ele sabia desse pedido de prisão lá...
MACHADO - E ele estava, está disposto a assumir o governo?
RENAN - Aí eu defendi, me perguntou, me chamou num canto. Eu acho que essa hipótese, eu disse a ele, tem que ser guardada, não pode falar nisso. Porque se houver um quadro, que é pior que há, de radicalização institucional, e ela resolva ficar, para guerra...
MACHADO - Ela não tem força, Renan.
RENAN - Mas aí, nesse caso, ela tem que se ancorar nele. Que é para ir para lá e montar um governo. Esse aí é o parlamentarismo sem o Lula, é o branco, entendeu?
MACHADO - Mas, Renan, com as informações que você tem, que a Odebrecht vai tacar tiro no peito dela, não tem mais jeito.
RENAN - Tem não, porque vai mostrar as contas. E a mulher é [inaudível].
MACHADO - Acabou, não tem mais jeito. Então a melhor solução para ela, não sei quem podia dizer, é renunciar ou pedir licença.
RENAN - Isso [inaudível]. Ela avaliou esse cenário todo. Não deixei ela falar sobre a renúncia. Primeiro cenário, a coisa da renúncia. Aí ela, aí quando ela foi falar, eu disse, 'não fale não, pelo que conheço, a senhora prefere morrer'. Coisa que é para deixar a pessoa... Aí vai: impeachment. 'Eu sinceramente acho que vai ser traumático. O PT vai ser desaparelhado do poder'.
MACHADO - E o PT, com esse negócio do Lula, a militância reacendeu.
RENAN - Reacendeu. Aí tudo mundo, legalista... Que aí não entra só o petista, entra o legalista. Ontem o Cassio falou.
MACHADO - É o seguinte, o PSDB, eu tenho a informação, se convenceu de que eles é o próximo da vez.
RENAN - [concordando] Não, o Aécio disse isso lá. Que eu sou a esperança única que eles têm de alguém para fazer o...
MACHADO - [Interrompendo] O Cunha, o Cunha. O Supremo. Fazer um pacto de Caxias, vamos passar uma borracha no Brasil e vamos daqui para a frente. Ninguém mexeu com isso. E esses caras do...
RENAN - Antes de passar a borracha, precisa fazer três coisas, que alguns do Supremo [inaudível] fazer. Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa. Porque aí você regulamenta a delação e estabelece isso.
MACHADO - Acaba com esse negócio da segunda instância, que está apavorando todo mundo.
RENAN - A lei diz que não pode prender depois da segunda instância, e ele aí dá uma decisão, interpreta isso e acaba isso.
MACHADO - Acaba isso.
RENAN - E, em segundo lugar, negocia a transição com eles [ministros do STF].
MACHADO - Com eles, eles têm que estar juntos. E eles não negociam com ela.
RENAN - Não negociam porque todos estão putos com ela. Ela me disse e é verdade mesmo, nessa crise toda –estavam dizendo que ela estava abatida, ela não está abatida, ela tem uma bravura pessoal que é uma coisa inacreditável, ela está gripada, muito gripada– aí ela disse: 'Renan, eu recebi aqui o Lewandowski,
querendo conversar um pouco sobre uma saída para o Brasil, sobre as dificuldades, sobre a necessidade de conter o Supremo como guardião da Constituição. O Lewandowski só veio falar de aumento, isso é uma coisa inacreditável'.

MACHADO - Eu nunca vi um Supremo tão merda, e o novo Supremo, com essa mulher, vai ser pior ainda. [...]
MACHADO - [...] Como é que uma presidente não tem um plano B nem C? Ela baixou a guarda. [inaudível]
RENAN - Estamos perdendo a condição política. Todo mundo.
MACHADO - [inaudível] com Aécio. Você está com a bola na mão. O Michel é o elembto número um dessa solução, a meu ver. Com todos os defeitos que ele tem.
RENAN - Primeiro eu disse a ele, 'Michel, você tem que ficar calado, não fala, não fala'.
MACHADO - [inaudível] Negócio do partido.
RENAN - Foi, foi [inaudível] brigar, né.
MACHADO - A bola está no seu colo. Não tem um cara na República mais importante que você hoje. Porque você tem trânsito com todo mundo. Essa tua conversa com o PSDB, tu ganhou uma força que tu não tinha. Então [inaudível] para salvar o Brasil. E esse negócio só salva se botar todo mundo. Porque deixar esse Moro do jeito que ele está, disposto como ele está, com 18% de popularidade de pesquisa, vai dar merda. Isso que você diz, se for ruptura, vai ter conflito social. Vai morrer gente.
RENAN - Vai, vai. E aí tem que botar o Lula. Porque é a intuição dele...
MACHADO - Aí o Lula tem que assumir a Casa Civil e ser o primeiro ministro, esse é o governo. Ela não tem mais condição, Renan, não tem condição de nada. Agora, quem vai botar esse guizo nela?
RENAN - Não, [com] ela eu conversa, quem conversa com ela sou eu, rapaz.
MACHADO - Seguinte, vou fazer o seguinte, vou passar no presidente, peço para ele marcar um horário na casa do Romero.
RENAN - Ou na casa dele. Na casa dele chega muita gente também.
MACHADO - É, no Romero chega menos gente.
RENAN - Menos gente.
MACHADO - Então marco no Romero e encontra nós três. Pronto, acabou. [levanta-se e começam a se despedir] Amigo, não perca essa bola, está no seu colo. Só tem você hoje. [caminhando] Caiu no seu colo e você é um cara predestinado. Aqui não é dedução não, é informação. Ele está querendo me seduzir, porra.
RENAN - Eu sei, eu sei. Ele quem?
MACHADO - O bicho daqui, o Janot.
RENAN - Mandando recado?
MACHADO - Mandando recado.
RENAN - Isso é?
MACHADO - É... Porra. É coisa que tem que conversar com muita habilidade para não chegar lá.
RENAN - É. É.
MACHADO - Falando em prazo... [se despedem]
Segunda conversa:
MACHADO - [...] A meu ver, a grande chance, Renan, que a gente tem, é correr com aquele semi-parlamentarismo...
RENAN - Eu também acho.
MACHADO - ...paralelo, não importa com o impeach... Com o impeachment de um lado e o semi-parlamentarismo do outro.
RENAN - Até se não dá em nada, dá no impeachment.
MACHADO - Dá no impeachment.
RENAN - É plano A e plano B.
MACHADO - Por ser semi-parlamentarismo já gera para a sociedade essa expectativa [inaudível]. E no bojo do semi-parlamentarismo fazer uma ampla negociação para [inaudível].
RENAN - Mas o que precisa fazer, só precisa tres três coisas: reforma política, naqueles dois pontos, o fim da proibição...
MACHADO - [Interrompendo] São cinco pontos:
[...]
RENAN - O voto em lista é importante. [inaudível] Só pode fazer delação... Só pode solto, não pode preso. Isso é uma maneira e toda a sociedade compreende que isso é uma tortura.
MACHADO - Outra coisa, essa cagada que os procuradores fizeram, o jogo virou um pouco em termos de responsabilidade [...]. Qual a importância do PSDB... O PSDB teve uma posição já mais racional. Agora, ela [Dilma] não tem mais solução, Renan, ela é uma doença terminal e não tem capacidade de renunciar a nada. [inaudível]
[...]
MACHADO - Me disseram que vai. Dentro da leniência botaram outras pessoas, executivos para falar. Agora, meu trato com essas empresas, Renan, é com os donos. Quer dizer, se botarem, vai dar uma merda geral, eu nunca falei com executivo.
RENAN - Não vão botar, não. [inaudível] E da leniência, detalhar mais. A leniência não está clara ainda, é uma das coisas que tem que entrar na...
MACHADO - ...No pacote.
RENAN - No pacote.
MACHADO - E tem que encontrar, Renan, como foi feito na Anistia, com os militares, um processo que diz assim: 'Vamos passar o Brasil a limpo, daqui para frente é assim, pra trás...' [bate palmas] Porque senão esse pessoal vão ficar eternamente com uma espada na cabeça, não importa o governo, tudo é igual.
RENAN - [concordando] Não, todo mundo quer apertar. É para me deixar prisioneiro trabalhando. Eu estava reclamando aqui.
MACHADO - Todos os dias.
RENAN - Toda hora, eu não consigo mais cuidar de nada.
[...]
MACHADO - E tá todo mundo sentindo um aperto nos ombros. Está todo mundo sentindo um aperto nos ombros.
RENAN - E tudo com medo.
MACHADO - Renan, não sobra ninguém, Renan!
RENAN - Aécio está com medo. [me procurou] 'Renan, queria que você visse para mim esse negócio do Delcídio, se tem mais alguma coisa.'
MACHADO - Renan, eu fui do PSDB dez anos, Renan. Não sobra ninguém, Renan.
[...]
MACHADO - Não dá pra ficar como está, precisa encontrar uma solução, porque se não vai todo mundo... Moeda de troca é preservar o governo [inaudível].
RENAN - [inaudível] sexta-feira. Conversa muito ruim, a conversa com a menina da Folha... Otavinho [a conversa] foi muito melhor. Otavinho reconheceu que tem exageros, eles próprios tem cometido exageros e o João [provável referência a João Roberto Marinho] com aquela conversa de sempre, que não manda. [...] Ela [Dilma] disse a ele 'João, vocês tratam diferentemente de casos iguais. Nós temos vários indicativos'. E ele dizendo 'isso virou uma manada, uma manada, está todo mundo contra o governo.'
MACHADO - Efeito manada.
RENAN - Efeito manada. Quer dizer, uma maneira sutil de dizer "acabou", né.
[...]
Fonte: Folha de S. Paulo.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Muletas esquecidas.

Dizem que certa figura política do Leste Maranhense, que costuma adoecer em época de eleições, chegou em determinado local para uma reunião política com uma plateia formada basicamente por funcionários contratados e muitos deles detentores de cargos comissionados de certa prefeitura da região.

Quem estava presente diz que a figura chegou ao local usando muletas e precisando ser amparada por alguns “amigos” que demonstravam preocupação com o estado físico da pessoa.

A figura chegou e logo lhe foi disponibilizado um assento em local privilegiado, onde os presentes a podiam ver. Até aí tudo bem. O que deixou todos perplexos foi a tal figura ao ser convidada a fazer uso da palavra simplesmente levantar-se e sem nenhuma dificuldade, sair  andando até o microfone. Hiii, as muletas! (deve ter pensado). Mas aí já era tarde.

Além de mentir muuuuuito, como sempre, a figura protagonizou essa cena pra lá de hilária.

Mas dizem que foi tanta mentira que muitas pessoas deixaram a reunião indignadas, antes mesmo da mesma se encerrar. Além da perna, parece que até o braço foi curado repentinamente, pois o que gesticulava durante seu discurso não era brincadeira. Se empolgou!

Como diz o povo por estas bandas:

Agora bem aí, viu!!! 

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Em gravações, Jucá fala em pacto para deter Lava-Jato.







RIO - Semanas antes da votação do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff na Câmara, em março, o atual ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), sugeriu em conversas com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma “mudança” no governo resultaria em um pacto para “estancar a sangria” atribuída à Operação Lava-Jato. Em entrevista à "Rádio CBN" na manhã desta segunda-feira, após a divulgação do conteúdo das conversas pelo jornal "Folha de S. Paulo", Jucá disse que não tem intenções de se demitir. O GLOBO apurou, no entanto, que o presidente interino, Michel Temer, ainda avalia a situação do aliado. O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), defendeu o afastamento do ministro.

Em coletiva para a imprensa, o ministro reforçou que defende a operação Lava-Jato e disse que a gravação foi divulgada fora de contexto e com “frases soltas”.

O ex-presidente da Transpetro temia que as apurações contra ele na Lava-Jato fossem enviadas do Supremo Tribunal Federal (STF) ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba. “O Janot está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho. Ele acha que eu sou o caixa de vocês”, afirma Machado a Jucá.As conversas foram gravadas de forma oculta, somam 1h15min e estão sob poder da Procuradoria-Geral da República (PGR), diz a "Folha de S. Paulo".

Segundo a “Folha de S. Paulo”, Machado passou a procurar líderes do PMDB. Os diálogos sugerem que, para ele, o envio de seu caso para Curitiba seria uma forma de pressioná-lo a fazer delação premiada. Machado, então, pediu que fosse montada uma “estrutura” para protegê-lo.

“Aí fodeu. Aí fodeu todo mundo. Como montar uma estrutura para evitar que eu ‘desça’? Se eu ‘descer’...”, afirmou.

Machado disse ainda que novas delações não “deixariam pedra sobre pedra”. Jucá, então, concordou que o caso não poderia ficar com Moro e disse que seria necessária uma resposta política. “Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria”, disse Jucá.


LEIA TRECHOS DOS DIÁLOGOS DIVULGADOS PELA “FOLHA DE S. PAULO”
A data das conversas não foi especificada.


SÉRGIO MACHADO - Mas viu, Romero, então eu acho a situação gravíssima.

ROMERO JUCÁ - Eu ontem fui muito claro. [...] Eu só acho o seguinte: com Dilma não dá, com a situação que está. Não adianta esse projeto de mandar o Lula para cá ser ministro, para tocar um gabinete, isso termina por jogar no chão a expectativa da economia. Porque se o Lula entrar, ele vai falar para a CUT, para o MST, é só quem ouve ele mais, quem dá algum crédito, o resto ninguém dá mais crédito a ele para porra nenhuma. Concorda comigo? O Lula vai reunir ali com os setores empresariais?

MACHADO - Agora, ele acordou a militância do PT.

JUCÁ - Sim.

MACHADO - Aquele pessoal que resistiu acordou e vai dar merda.

JUCÁ - Eu acho que...

MACHADO - Tem que ter um impeachment.

JUCÁ - Tem que ter impeachment. Não tem saída.

MACHADO - E quem segurar, segura.

JUCÁ - Foi boa a conversa, mas vamos ter outras pela frente.

MACHADO - Acontece o seguinte, objetivamente falando, com o negócio que o Supremo 

fez [autorizou prisões logo após decisões de segunda instância], vai todo mundo delatar.

JUCÁ - Exatamente, e vai sobrar muito. O Marcelo e a Odebrecht vão fazer.

MACHADO - Odebrecht vai fazer.

JUCÁ - Seletiva, mas vai fazer.

MACHADO - Queiroz [Galvão] não sei se vai fazer ou não. A Camargo [Corrêa] vai fazer ou não. Eu estou muito preocupado porque eu acho que... O Janot [procurador-geral da República] está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho.
[...]

JUCÁ - Você tem que ver com seu advogado como é que a gente pode ajudar. [...] Tem que ser política, advogado não encontra [inaudível]. Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra... Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria.
[...]

MACHADO - Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel [Temer].

JUCÁ - Só o Renan [Calheiros] que está contra essa porra. 'Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha'. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.

MACHADO - É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.


JUCÁ - Com o Supremo, com tudo.


MACHADO - Com tudo, aí parava tudo.

JUCÁ - É. Delimitava onde está, pronto.
[...]

MACHADO - O Renan [Calheiros] é totalmente 'voador'. Ele ainda não compreendeu que a saída dele é o Michel e o Eduardo. Na hora que cassar o Eduardo, que ele tem ódio, o próximo alvo, principal, é ele. Então quanto mais vida, sobrevida, tiver o Eduardo, melhor pra ele. Ele não compreendeu isso não.

JUCÁ - Tem que ser um boi de piranha, pegar um cara, e a gente passar e resolver, chegar do outro lado da margem.

MACHADO - A situação é grave. Porque, Romero, eles querem pegar todos os políticos. É que aquele documento que foi dado...

JUCÁ - Acabar com a classe política para ressurgir, construir uma nova casta, pura, que não tem a ver com...

MACHADO - Isso, e pegar todo mundo. E o PSDB, não sei se caiu a ficha já.

JUCÁ - Caiu. Todos eles. Aloysio [Nunes, senador], [o hoje ministro José] Serra, Aécio [Neves, senador].

MACHADO - Caiu a ficha. Tasso [Jereissati] também caiu?

JUCÁ - Também. Todo mundo na bandeja para ser comido.
[...]

MACHADO - O primeiro a ser comido vai ser o Aécio.

JUCÁ - Todos, porra. E vão pegando e vão...

MACHADO - [Sussurrando] O que que a gente fez junto, Romero, naquela eleição, para eleger os deputados, para ele ser presidente da Câmara? [Mudando de assunto] Amigo, eu preciso da sua inteligência.

JUCÁ - Não, veja, eu estou a disposição, você sabe disso. Veja a hora que você quer falar.

MACHADO - Porque se a gente não tiver saída... Porque não tem muito tempo.


JUCÁ - Não, o tempo é emergencial.

MACHADO - É emergencial, então preciso ter uma conversa emergencial com vocês.

JUCÁ - Vá atrás. Eu acho que a gente não pode juntar todo mundo para conversar, viu? [...] Eu acho que você deve procurar o [ex-senador do PMDB José] Sarney, deve falar com o Renan, depois que você falar com os dois, colhe as coisas todas, e aí vamos falar nós dois do que você achou e o que eles ponderaram pra gente conversar.

MACHADO - Acha que não pode ter reunião a três?

JUCÁ - Não pode. Isso de ficar juntando para combinar coisa que não tem nada a ver. Os caras já enxergam outra coisa que não é... Depois a gente conversa os três sem você.

MACHADO - Eu acho o seguinte: se não houver uma solução a curto prazo, o nosso risco é grande.

MACHADO - É aquilo que você diz, o Aécio não ganha porra nenhuma...

JUCÁ - Não, esquece. Nenhum político desse tradicional ganha eleição, não.

MACHADO - O Aécio, rapaz... O Aécio não tem condição, a gente sabe disso. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB...

JUCÁ - É, a gente viveu tudo.

JUCÁ - [Em voz baixa] Conversei ontem com alguns ministros do Supremo. Os caras dizem 'ó, só tem condições de [inaudível] sem ela [Dilma]. Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra não vai parar nunca'. Entendeu? Então... Estou conversando com os generais, comandantes militares. Está tudo tranquilo, os caras dizem que vão garantir. Estão monitorando o MST, não sei o quê, para não perturbar.

MACHADO - Eu acho o seguinte, a saída [para Dilma] é ou licença ou renúncia. A licença é mais suave. O Michel forma um governo de união nacional, faz um grande acordo, protege o Lula, protege todo mundo. Esse país volta à calma, ninguém aguenta mais. Essa cagada desses procuradores de São Paulo ajudou muito. [referência possível ao pedido de prisão de Lula pelo Ministério Público de SP e à condução coercitiva ele para depor no caso da Lava jato]

JUCÁ - Os caras fizeram para poder inviabilizar ele de ir para um ministério. Agora vira obstrução da Justiça, não está deixando o cara, entendeu? Foi um ato violento...

MACHADO -...E burro [...] Tem que ter uma paz, um...

JUCÁ - Eu acho que tem que ter um pacto.
[...]

MACHADO - Um caminho é buscar alguém que tem ligação com o Teori [Zavascki, relator da Lava Jato], mas parece que não tem ninguém.

JUCÁ - Não tem. É um cara fechado, foi ela [Dilma] que botou, um cara... Burocrata da... Ex-ministro do STJ [Superior Tribunal de Justiça].


Fonte: O Globo


sexta-feira, 20 de maio de 2016

Nota de falecimento.

É com grande pesar de comunicamos o falecimento da companheira Francisca das Chagas Neta, dirigente municipal do Partido dos Trabalhadores de Coelho Neto, a mesma faleceu na manhã desta sexta-feira (20) na cidade de Coelho Neto. Neta ou Chiquinha, como era carinhosamente conhecida, lutava já há algum tempo contra um câncer. Ela residia à Rua Ivete Vargas, bairro Bela Vista, local onde o corpo está sendo velado.

Seus companheiros de partido, familiares e demais amigos lamentam profundamente a perda dessa grande companheira de luta.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Imagem do dia.


                                          Imagem: Blog do Samuel Bastos.

Agentes Comunitários de Saúde e Agentes  de Combate às Endemias de Coelho Neto-MA aderem à paralisação nacional da categoria em defesa de seus direitos.

TJ-MA garante a consignação em folha do desconto das mensalidades de plano de saúde dos associados à APSERV.

Depois de uma contenda judicial que foi parar na capital maranhense, caso que teve início a partir da publicação de um decreto de autoria do governo Soliney Silva que suspendeu os descontos em folha de pagamento da prefeitura das mensalidades dos planos de saúde dos associados à APSERV, finalmente chega ao fim com decisão favorável aos usuários do plano.

Embora os descontos em folha já tivessem sido retomados, a decisão do TJ deve inibir ações futuras do governo municipal no sentido de suspendê-los novamente.

Por fim, a justiça foi feita. Que sirva de lição, mais uma, aliás, àquele que vira e mexe acaba encontrando uma maneira de perseguir os trabalhadores do serviço público municipal de Coelho Neto.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Humilhou!!

O ex-prefeito de Coelho Neto, Dr. Magno Bacelar em sua coluna (COLUNA DO MAGNO), publicada periodicamente no Blog do Samuel Bastos, de forma muito elegante, como sempre, mas ao mesmo tempo enérgica, disse poucas e boas a duas conhecidas figuras políticas do município, chefe e chefiado.

Como algumas pessoas costumam dizer: Esse Dr. Magno não é só não, "mininu"!!

Confira!


Coluna do Magno: A resposta a um agressor…

BOCA_ABERTA
Como Dom Quixote e Sancho Pança, a dupla cria inimigos imaginários e fantasmagóricos. Tudo no faz de conta. Na última encenação inventaram inimigos que desejam fechar a fábrica. Ambiente ideal para o “valente barbeiro”, esgrimindo sua tesoura de ouro, possa exibi-la aos súditos da província. Ocorre que a repetição diária de tanto despudor exauriu a paciência da população. Se realmente houvesse Justiça e respeito às leis, esse arremedo de televisão já teria sido lacrado e os dois farsantes presos.
Com palavreado chulo, próprio dos marginais, o reizinho das Pimentas blasfemou que não permitirá o fechamento de fábrica em seu desgoverno e que obrigará os empresários a pagar os Direitos Trabalhistas. MENTIRA, quem fará acontecer o pagamento será a Justiça do Trabalho que, provocada pelos bravos presidentes dos sindicatos, já está em ação. O irresponsável “imperador das Pimentas” está enquadrado em crime de responsabilidade fiscal por não respeitar os direitos dos professores e demais trabalhadores municipais. Aliás, onde ele estava quando o trabalhador, honesto e injustiçado, passava fome e sofria ao relento?
Esbanjando o dinheiro público, inaugurando barbearias milionárias, comprando grandes fazendas em todo o Maranhão. As que aqui restavam já lhe pertencem. Adquirindo milhares de rezes para povoar o seu latifúndio e carros importados luxuosos para os filhos. Pior, para saciar o complexo de pobreza (da sua origem), ostenta despudoradamente a atual riqueza, espúria e fraudulenta.
Sórdido e pusilânime, me insultou “por haver deixado fechar a fábrica de celulose em 2005”. A história registra que fui um dos fundadores das fábricas e, embora a ignorância seja uma de suas características, sabe que Prefeito não pode interferir na iniciativa privada. Só agora, que a solução jurídica está próxima, mais uma vez, o farsante comparece para colher os louros.  Ainda bem que os sindicalistas repudiaram, exemplarmente, o embuste. A máscara caiu, o povo cansou, os tempos são outros. Comprou as Pimentas, porteira fechada com o Jademil dentro para usá-lo, como fantoche, nas eleições de 2016. Usou e abusou de nossa boa- fé, já não fará mais o carrasco da  Pimenteira prefeito de Coelho Neto. Ambos são farinha do mesmo saco, azedo e fétido.
Em 2008 tive a dignidade de reconhecer a derrota e, de cabeça erguida, comparecer à solenidade de transmissão do cargo, ocasião em que o pusilânime agressor de hoje, teceu-me rasgados elogios, tão falsos quanto o seu caráter. Jamais trabalhei contra sua medíocre administração, no que pese ter sido covardemente perseguido e insultado. Tenho certeza de que o corrupto analfabeto não conhece uma palavra menos grosseira para me agredir: cada um dá o que tem. Não merece resposta. Se eu fosse de sua laia diria quem é frouxo, mas não o farei, mesmo porque, ele sabe quem é frouxo e onde está.
Deus me concedeu a dádiva da longevidade e de viver intensamente a política por 54 anos. Ocupei os mais diversos e elevados cargos da política brasileira, jamais me deparei com alguém tão execrável e desqualificado. Em sua mente doentia só o dinheiro conta, pouco importando os meios utilizados para consegui-lo. Princípios, dignidade, ética e respeito ao próximo, não constaram dos ensinamentos a ele ministrados. Especializou-se nas artes da enganação e do trambique, viveu na escuridão do crime e a sombra da impunidade.
Toda a classe política o conhece e dele se afasta com repugnância. Detém uma esteira de traições mais extensa que a folha corrida do Fernandinho Beira – Mar. A Justiça de Deus e dos homens chegará, estou certo.  As fazendas no sul do Maranhão devem servir de pasto para quando cair de quatro, banido pelo voto popular, nas próximas eleições. Isso se a Justiça não se fizer presente antes.
Antes de mais nada, quero avisar que conheço todas as violências e crimes perpetrados por ele contra as famílias de Coelho Neto, principalmente quando se trata dos mais humildes e desprotegidos. Sou um homem educado e pacato, mas desconheço a palavra medo. Já vivi mais que a média do povo brasileiro, nada tenho a perder. Estarei em Coelho Neto, para, ao lado do povo, expulsar o alcaide, sua quadrilha e os repulsivos capangas (armários) trazidos para atemorizar nossa gente.
A história do malfadado meliante Silva em Coelho Neto, lembra a fábula do escorpião e do sapo. Depois de salvo de uma grande enchente e transportado pelo batráquio até a terra firme, na hora de saltar, o escorpião ferrou o pobre animal que nos estertores da morte pergunta: mas, por que? O escorpião responde – é o meu instinto. Assim foi com o incompetente Silva, aqui chegou para integrar uma gang especializada em superfaturar peças para o Grupo João Santos. Vendia dez peças e entregava uma. O povo lhe deu tudo. Eleito vereador, foi a presidência da Câmara para extorquir o prefeito. Depois tentou a Assembleia e virou deputado por conta e graças aos votos de Coelho Neto.
Mentindo e ludibriando a boa-fé de todos chegou a Prefeitura por duas vezes. Ficou rico, dilapidando o município e ainda quer deixa-lo entregue ao Jademil e à própria sorte. Tal como o escorpião, ferrou o povo e inoculou o seu veneno peçonhento no que existe de mais sublime – A esperança.
*Dr. Magno Bacelar é advogado e exerceu os cargos de deputado estadual, deputado federal, senador da república, vice-prefeito de São Luís e prefeito de Coelho Neto.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

O mito do grande empresário.


É cada vez maior o número de profissionais da iniciativa priva a “tentar a sorte” na administração pública. No entanto, o fracasso tem sido o caminho percorrido por praticamente todos, que mesmo sendo grandes administradores no setor privado não conseguiram repetir o mesmo sucesso no âmbito da administração pública. E o motivo é bem elementar, são coisas bastante diferentes administrar uma empresa privada e uma prefeitura, por exemplo.

De modo que essa história de que o fato de alguém ser um empresário de sucesso, irá repetir esse feito na esfera pública nada mais é do que um grande mito.

Trazendo para a realidade de Coelho Neto, estamos amargando as consequências de uma escolha nesse sentido. No que resultou o governo do grande político e empresário Soliney Silva? Acaso existe algum empresário no município melhor sucedido e com maior patrimônio empresarial que o prefeito atual?? Todavia o sucesso do mandatário enquanto empresário não fez com que ele conseguisse realizar uma gestão pública que pudesse ser considerada sequer como regular. Aliás, seu governo já pode ser considerado como o pior que já tivemos, levando em consideração o prestígio e apoio político que teve durante seus quase oito anos de governo.

Enquanto o município está praticamente quebrado, exemplo disso são as escolas municipais tendo que vender cremosinho para conseguirem suprir algumas demandas financeiras, as empresas do grande empresário Soliney Silva vão de vento em polpa. Isso por si só já joga por terra o mito do grande empresário da iniciativa privada lograr êxito no setor público. Administrar uma prefeitura, como já frisamos, é algo bastante complexo.

Uma coisa é certa: O município de Coelho Neto está acabado administrativamente, de modo que não suportará, mais uma aventura política.

Confira a seguir o que diz uma empresa especializada em marketing político e consultoria sobre este assunto. 

Objetivos distintos.

Muitos empresários de sucesso já se lançaram na vida política e não alcançaram os mesmos resultados positivos conquistados na iniciativa privada. Isso pode ocorrer por uma série de fatores. Em primeiro lugar, porque um órgão público ou uma prefeitura têm finalidades completamente diferentes de uma empresa particular. “Uma das razões principais para a atuação de qualquer empresa  é gerar lucro e acumular dinheiro em caixa.
Já uma prefeitura não existe para gerar lucro, mas sim, entre outros objetivos, para ser propulsora de desenvolvimento social e econômico, através da plena execução de seu orçamento”, explica Patrícia.

Para Werner, essa simples diferença de atribuições já exige perfis diferentes de administrador para cada caso. “O empresário normalmente se surpreende quando se vê a frente de uma prefeitura. Não é a mesma coisa”, diz o especialista, que complementa lembrando que, enquanto as empresas se preocupam em crescer, aumentar sua participação no mercado e bem remunerar seus acionistas, o poder público deve concentrar seus investimentos no fomento do desenvolvimento econômico e social.

Público-alvo e “mercado”.

Enquanto uma empresa tem liberdade para estudar e definir um tipo de público-alvo para seus produtos e serviços, uma prefeitura não pode se dar esse luxo. Precisa lidar com todos os “consumidores”, sem exceção. Pela grande variedade deles, agradar a todos acaba se tornando uma missão impossível. “Sempre existirá alguém insatisfeito”, reforça Patrícia.

Justamente por essa dificuldade de abranger tudo, governos costumam ter políticas direcionadas a setores considerados estratégicos, de acordo com as suas propostas e metas. “Naturalmente, públicos que não estiverem contemplados nessas medidas se sentirão excluídos e vão acusar o governo de favorecer interesses específicos”, acrescenta Werner.

Outra grande diferença está no “mercado” de atuação. Empresas privadas podem limitar sua área de abrangência e priorizar alguns nichos para se tornarem mais rentáveis e eficientes. Já órgãos públicos e prefeituras não podem – pelo menos não deveriam – fazer isso. “Uma prefeitura não pode cuidar só de um bairro”, exemplifica Werner. “A cidade inteira precisa de investimentos”.

Fiscalização mais rígida.

O sistema de controle mais rígido do poder público talvez seja o grande “entrave” de prefeitos, governadores e presidentes. Não há nenhuma dúvida que a fiscalização precisa ser mesmo muito rigorosa para garantir transparência nas ações e evitar fraudes e mau uso de recursos públicos. Essa necessidade indispensável, no entanto, deixa todo o processo muito mais lento e burocrático. “As coisas acabam demorando mais para acontecer, mesmo. Em alguns casos não se trata nem mesmo de incompetência administrativa ou má vontade, mas de pura burocracia”, avalia Werner.

Já a gestão privada costuma ser mais flexível. Um empresário pode fazer tudo aquilo que não é proibido por lei. “Já um administrador público pode fazer apenas aquilo que está previsto e determinado por lei”, complementa Patrícia. “É uma gestão mais engessada”.

Seleção de profissionais.

Com exceção de cargos eletivos, comissionados ou de confiança, gestores públicos não podem selecionar a dedo os profissionais com que querem trabalhar, já que servidores precisam, por lei, ser contratados através de concurso. Werner acredita que esta é a alternativa mais correta e justa, mas critica o atual formato das provas. “O concurso público exige apenas conhecimento técnico. As competências humanas, que são tão fundamentais quanto, não são consideradas”, diz.

Nas empresas, recrutadores geralmente são livres para escolher o candidato mais adequado para determinado cargo estratégico. Em órgãos públicos é diferente. Um secretário ou um ministro nem sempre são indicados por sua qualificação técnica, mas por influência política, o que faz parte do jogo entre partidos – no final das contas, são fatores como esses que garantem a governabilidade.

Decisões compartilhadas
Os gestores de uma empresa quase sempre são soberanos e tem o poder de tomar a decisão que julgarem mais convenientes para o rumo dos negócios. Já os administradores públicos não podem agir por conta própria, até porque eventuais fracassos terão reflexos em um universo muito mais amplo. “O gestor público precisa consultar órgãos envolvidos, entidades representativas, empresários. E, o mais importante, receber o aval da sociedade organizada”, comenta Patrícia. “Não depende apenas dele, o que impacta na velocidade das ações governamentais”.

“A burocracia faz parte do dia a dia do gestor público, mas não são pode ser usada como justificativa pras coisas não acontecerem. A ação empreendedora tem de superá-la”.

Fonte: Véli Soluções em RH


domingo, 15 de maio de 2016

Prefeito Soliney perde mais um aliado político.


O prefeito de Coelho Neto, Soliney Silva definitivamente não vive seus melhores dias na política. Desgastado e sem perspectiva de, no pouco tempo de mandato que lhe resta, melhorar sua imagem perante a população, o prefeito tem perdidos aliados importantes.

As primeiras baixas ocorreram em sua base de sustentação política no Parlamento Municipal. Depois dos vereadores Lú, Luiz Ramos e Antônio Pires deixarem a nau governista, quem disse adeus ao já combalido grupo político de Soliney foi o blogueiro Samuel Bastos (Portal Gaditas), o que deve causar grande avaria no setor de comunicação do “Governo de Todos”.

E a coisa não deve parar por aí. Informações exclusivas às quais este Blog teve acesso, dão conta de que pelo menos mais dois vereadores governistas devem reforçar as fileiras da Frente de Oposição de Coelho Neto nos próximos dias.

Aí o leitor curioso pergunta: Quem são os outros dois parlamentares que irão deixar o governo?

Vamos aguardar o desenrolar dos fatos, o tempo se encarregará disso.

Mas, voltando à última baixa governista. Samuel foi muito bem recebido pelas lideranças oposicionistas e demais integrantes do grupo. Isso ficou comprovado nas inúmeras mensagens enviadas no grupo Oposição Forte, no WhatsApp, parabenizando o blogueiro pela decisão tomada.

Só resta agora saber se haverá alguma alteração em sua linha editorial, além da que já é perceptível. É provável que os problemas decorrentes da má gestão do governo atual passem a ganhar destaque em suas publicações.

Este Blog aproveita, então a oportunidade para dar boas vindas ao mais novo integrante da oposição coelhonetense. Não temos vaidades pessoais. Quem vier para somar, será bem vindo!