segunda-feira, 16 de março de 2015

Juca Kfouri: O panelaço da barriga cheia e do ódio contra um governo que revelou preferência pelos trabalhadores e os pobres.

Vale apena ler de novo.

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O panelaço da barriga cheia e do ódio.

Nós, brasileiros, somos capazes de sonegar meio trilhão de reais de Imposto de Renda só no ano passado.

Como somos capazes de vender e comprar DVDs piratas, cuspir no chão, desrespeitar o sinal vermelho, andar pelo acostamento e, ainda por cima, votar no Collor, no Maluf, no Newtão Cardoso, na Roseana, no Marconi Perillo ou no Palocci.

O panelaço nas varandas gourmet de ontem não foi contra a corrupção.

Foi contra o incômodo que a elite branca sente ao disputar espaço com esta gente diferenciada que anda frequentando aeroportos, congestionando o trânsito e disputando vaga na universidade.

Elite branca que não se assume como tal, embora seja elite e branca.
Como eu sou.

Elite branca, termo criado pelo conservador Cláudio Lembo, que dela faz parte, não nega, mas enxerga.

Como Luís Carlos Bresser Pereira, fundador do PSDB e ex-ministro de FHC, que disse:

“Um fenômeno novo na realidade brasileira é o ódio político, o espírito golpista dos ricos contra os pobres.
O pacto nacional popular articulado pelo PT desmoronou no governo Dilma e a burguesia voltou a se unificar.
Surgiu um fenômeno nunca visto antes no Brasil, um ódio coletivo da classe alta, dos ricos, a um partido e a um presidente.
Não é preocupação ou medo. É ódio.
Decorre do fato de se ter, pela primeira vez, um governo de centro-esquerda que se conservou de esquerda, que fez compromissos, mas não se entregou.
Continuou defendendo os pobres contra os ricos.
O governo revelou uma preferência forte e clara pelos trabalhadores e pelos pobres.
Nos dois últimos anos da Dilma, a luta de classes voltou com força.
Não por parte dos trabalhadores, mas por parte da burguesia insatisfeita.
Quando os liberais e os ricos perderam a eleição não aceitaram isso e, antidemocraticamente, continuaram de armas em punho.
E de repente, voltávamos ao udenismo e ao golpismo”.

Nada diferente do que pensa o empresário também tucano Ricardo Semler, que ri quando lhe dizem que os escândalos do mensalão e da Petrobras demonstram que jamais se roubou tanto no país.

“Santa hipocrisia”, disse ele. “Já se roubou muito mais, apenas não era publicado, não ia parar nas redes sociais”.

Sejamos francos: tão legítimo como protestar contra o governo é a falta de senso do ridículo de quem bate panelas de barriga cheia, mesmo sob o risco de riscar as de teflon, como bem observou o jornalista Leonardo Sakamoto.

Ou a falta de educação, ao chamar uma mulher de “vaca” em quaisquer dias do ano ou no Dia Internacional da Mulher, repetindo a cafajestagem do jogo de abertura da Copa do Mundo.

Aliás, como bem lembrou o artista plástico Fábio Tremonte: “Nem todo mundo que mora em bairro rico participou do panelaço. Muitos não sabiam onde ficava a cozinha”.

Já na zona leste, em São Paulo, não houve panelaço, nem se ouviu o pronunciamento da presidenta, porque faltava luz na região, como tem faltado água, graças aos bom serviços da Eletropaulo e da Sabesp.
 
Dilma Rousseff, gostemos ou não, foi democraticamente eleita em outubro passado.
Que as vozes de Bresser Pereira e Semler prevaleçam sobre as dos Bolsonaros é o mínimo que se pode esperar de quem queira, verdadeiramente, um país mais justo e fraterno.

E sem corrupção, é claro

segunda-feira, 9 de março de 2015

FHC organiza a tocaia.


Fonte:Carta Capital

Os tucanos estão por trás da manifestação do próximo dia 15, mas cuidam, ardilosos, de não mostrar a cara

Fernando Henrique Cardoso foi o anfitrião de uma das reuniões mais reveladoras e constrangedoras dos últimos dias. Exatamente a 27 de fevereiro, durante almoço no Instituto FHC, o ex-presidente enrolou-se mais uma vez numa proposta de ação política a respeito da passeata pelo impeachment de Dilma Rousseff.
Estavam presentes os mais influentes tucanos, como o senador Aécio Neves (MG), presidente da legenda, os senadores Tasso Jereissati (CE), Aloysio Nunes Ferreira (SP) e José Serra (SP), além do senador Cássio Cunha Lima (PB).
“Tem de ficar claro que nós apoiamos, mas não somos promotores”, orientou FHC.
Por outro lado, Aécio Neves, já sem a brandura mineira nos olhos, usou o mesmo disfarce: “Temos de estabelecer esse limite, ter esse cuidado. Não será iniciativa partidária”.
Os tucanos vão para a tocaia. Empoleirados numa árvore seca, sem folhas e sem frutos, torcendo, porém, pelo sucesso das manifestações de 15 de março, batizadas de “Impeachment Já”.
A passeata visa a desestabilização do governo. Para os tucanos, Dilma não pode superar a crise conjuntural nem sobreviver no poder até a eleição presidencial de 2018, que poderá ter Lula na disputa.
O senador Aloysio Nunes Ferreira ofereceu-se para representar o PSDB. Estará nas ruas de olho grande no contingente antipetista da capital paulista, na tentativa de se habilitar eleitoralmente para a disputa da prefeitura no próximo ano. Ele mostra-se disposto a sombrear a própria biografia. Golpeado em 1964, o tucano agora, contrariamente, ensaia os primeiros passos do andante golpista.
Não há uma linha tênue entre o sentimento traiçoeiro do PSDB e a democracia. Surgiu, entretanto, uma dissidência importante. O governador paulista, Geraldo Alckmin, não vê “razões para o impeachment”. Por que ele não terá ido ao almoço de FHC? Faltou convite ou terá recusado para cuidar de coisas mais importantes da administração, como, por exemplo, a crise hídrica?
O ex-presidente FHC é recalcitrante.  Recentemente saiu do escritório dele uma consulta ao advogado Ives Gandra Martins sobre a possibilidade de propor o impeachment de Dilma.
Em 2005, com o episódio do caixa 2, denominado pela mídia de “mensalão do PT”, ele foi o primeiro a reagir com oportunismo. Propôs publicamente a Lula que desistisse do segundo mandato.  Cara de pau! Lembra o senador Aécio Neves, agora apoiando oimpeachment após ser derrotado nas urnas por Dilma Rousseff.
Proposta ainda mais indecorosa FHC fez, em 1988, ao então presidente José Sarney, em torno dos debates da Constituinte sobre a duração do mandato presidencial. Quem conta é o advogado Saulo Ramos (1929-2013), consultor-geral da República e ministro da Justiça do governo Sarney, no livro Código da Vida.
O então senador FHC levou ao presidente a proposta, aprovada na Comissão de Sistematização, pela implantação do sistema parlamentarista.
Sarney objetou e Saulo Ramos deu uma aula de direito constitucional ao senador, e ouviu dele o que chama de “a espantosa frase textual”: “Eu não entendo nada de direito constitucional, mas entendo de política”.
Com a bola na marca do pênalti, Sarney fez o gol: “Eu entendo dos dois (...) o que vocês querem é desestabilizar o atual governo, sem pensar no Brasil e nas consequências desse gesto”.
Sarney saiu da tocaia. FHC não mudou.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Coelho Neto: Vereador Osmar Aguiar-PT divulga balanço de seus dois anos de mandato.



O vereador oposicionista Osmar Aguiar divulgou neste final de semana um balanço de seus dois anos de atuação parlamentar.

Como sabemos, a vida de um vereador de oposição de uma cidade pequena não é fácil. Ainda mais quando se trata de fazer oposição a um prefeito como Soliney Silva, onde os vereadores sequer têm acesso à prestação de conta do município, o que dificulta o trabalho do parlamentar que de fato tenha interesse em exercer o seu papel enquanto representante do povo.

A pesar das dificuldades, Osmar Aguiar tem atuado de forma a honrar os votos recebidos da população coelhonetense.


Confira a seguir o balanço das ações do parlamenta:


AÇÕES DO MANDATO DO VEREADOR OSMAR AGUIAR (PT)

No ano de 2013 comecei uma nova jornada na minha vida e tenho me dedicado ao máximo no intuito de fazer o melhor possível dentro da quilo que me propus a fazer. E agora chegando ao final do primeiro ano de mandato estou com a consciência tranquila por ter pautado nosso mandato na defesa dos trabalhadores e causa social, sei que falta muito para termos uma cidade melhor e com esse gestor a coisa fica mais difícil ainda. Porém sei que com a participação de toda sociedade isso pode mudar e vai mudar. Veja um resumo daquilo que foi defendido por nosso mandato noS anos de 2013/2014.
NA AGRICULTURA Solicitamos mais investimento na compra de maquinas, na contração de técnicos e projetos que potencialize a produção agrícola priorizando Agricultura Familiar.
NA GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA Solicitamos a valorização da juventude, Concurso Público, Fortalecimento da Agricultura Familiar, que a prefeitura valorize as empresas locais comprando e pagando em dia.

No URBANISMO E HABITAÇÃO solicitamos melhoria na coleta do lixo nas ruas com o intuito de ver nossa cidade limpa, melhoria da Infraestrutura de todos os bairros e priorizando o Bairro olho D” Aguinha, Santana Quiabos, Sarney e Anil, como raspagem das ruas, calçamento, asfaltamento, posteamento e Iluminação Pública.
Ainda nesse tema pautamos a falta de Infraestrutura nos Cimenteiro do Itapema e do São Judas Tadeu, dos estádios e quadras de esporte abandonados pela a atual gestão, recuperação da ponte do povoado São Pedro e do povoado Taboca dos Bois, a construção das casas prometidas em campanha pelo prefeito e a substituição das palhas por telhas nas casas aonde ainda existe nessas condições.


NA EDUCAÇÃO solicitamos a construção de mais escolas principalmente no Bairro Sarney, quiabos e Sustação para atender os alunos do ensino Fundamental II e Ensino Médio pois é inadmissível que os alunos desses bairros se deslocarem a pé até o centro, por isso solicitamos também um ônibus para transportar os aluno, com rota passando na AV. Santana, AV. Coelho Neto, Av. Antônio Guimarães, denunciamos também o projeto Ciranda pedagógica que ao nosso ver é uma enganação e piora ainda mais a qualidade da educação e nossas crianças e adolescentes. Denunciamos também a falta da conclusão das creches, pois o Governo Municipal já recebeu mais de 4 milhões de reais e as obras não foram terminadas. solicitamos da secretaria que comprasse o fardamento escolar dos alunos de família de baixa renda.

NO TRANSITO solicitamos que a prefeitura colocasse redutores de velocidade nas e avenidas com grande circulação de veículos, Devemos a municipalização do transito e que fosse Sinalizado com placas e faixas as ruas de nossa cidade.
NA SEGURANÇA solicitamos a maior presença da polícia militar fazendo ronda nas ruas.
Solicito a criação da quadra municipal e mais rigor na fiscalização e proteção da sociedade e no combate as drogas.


NA FISCALIZAÇÃO denunciamos o Governo Municipal na tribuna da Câmara onde o mesmo recebeu os recursos de construção de 43 casa e nenhuma foi construída, recebeu também mais de R$ 1.600.000,00 para concluir o sistema de capitação e distribuição de água e não o fez, a não prestação conta dos recurso recebidos dos anos de 2009 a 2014, denunciamos o escândalo de corrupção na folha de pagamento, com base nas vistas em loco e através do relatório da CGU pautamos má gestão na construção das Creches e escolas.

NA SAÚDE denunciamos as péssimas condições de atendimento recebida pela população de nossa cidade, a falta de medicamentos, o envolvimento dos gestores municipais no esquema de corrupção do glaucoma, entre outras.

NA ATUAÇÃO GERAL DO GOVERNO Pautamos a falta de investimento no esporte na cultura, a criação do plano de carreira para os demais servidores municipais.

PROJETOS E INDICAÇÕES

Ações desenvolvida pelo o vereador do PT Osmar Aguiar no períodos de 2013 a 2014.

Indicações legislativa: nº 002/2013: 17.01.2013
• Melhoria da infra- estrutura da referida das Ruas 
• Ruas Deusadete Barros.
• Rua Rui Barbosa .

Indicação Legislativa: nº 010: 31.01.2013
• Referente criação da lei de acesso à informação,
Indicações legislativa: nº19: 28.02.2013
• Melhores das seguintes Ruas:
• Rua da Diplomacia (B. Mutirão)
• Rua da Cortesia (B. Mutirão)
Indicação legislativa nº 025: 18.03.2013
• Melhorias no Cemitério do Itapirema: limpeza e iluminação pública.

Indicação Legislativa nº 026: 18.03.2013.
• Serviços de terraplanagem e instalação de postes oficiais da CEMAR, nas Ruas da Autonomia e Cortesia, no Bairro Olho D’ Aguinha.
Indicação legislativa nº 010/03.04.2014.
• Recuperação da Iluminação da pública da Travessa Leonildo com a Rua Santa Maria no B. Anil.

Indicação legislativa: nº/ 30.06.2014.
• Providências para a Rua Raimundo Sérvulo de Lima, conforme abaixo assinado anexo dos moradores :
• Melhoria da iluminação pública;
• Solução do problema do sistema de distribuição de água;
• Fortalecimento da segurança pública.

Indicação legislativa nº 046, de 26.06.2014.
• Que encaminhado a esta casa projeto de lei, que disciplina a nomeação para cargos em comissão no âmbito dos órgãos do poder executivo e legislativo do municipal e dá outras providências.
Indicação nº012,/04.02.2013.
• Agentes de endemias:
• Que a prefeitura pague os 40% do salário base a título de gratificação de função, de acordo com artigo 8º da lei municipal 611/2012;

• AGENTES DE SAÚDE :

• Que seja paga a gratificação de insalubridade de 20% do salário base, de acordo com o parágrafo0 único do artigo 1º da lei municipal 559, de 03 de novembro de 2008; regularização toda do pagamento do terço de férias aos demais servidores da saúde.

Projeto de lei nº001/25.01.2013
• Disciplina a nomeação para cargos em comissão no âmbito dos órgãos do poder Executivo e legislativo Municipal e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 001/ 28.01.2013.
• Dispões sobre o acesso á informação previsto no inciso XXXIII, DO CAPUT, DO ART.5, no 5º, no inciso II, dos 3º do art. 37 e no s 2º, do art. 216, da constituição federa. 
Requerimento nº 004/02.06.2014
• Que seja disponibilizado a gravação da sessão Ordinária do dia 26 de maio 2014.
Requerimento: nº 005/02/06/2014
Autor: Vereador Osmar Aguiar Ferreiro.
• Que seja solicitado ao prefeito municipal de coelho neto, senhor Soliney de Sousa e Silva, as seguintes providências:
• Que o prefeito municipal de Coelho Neto, envie prestação de contas da prefeitura Municipal à Câmara Municipal de coelho neto, referente ao exercício 2013, devidamente acompanhadas de todos os documentos que as instruem, tais como: folhas de pagamentos, empenhos, processos licitatórios, notas ficais, recibos etc., tudo na forma da legislação em vigor.
Requerimento: nº 002/03.04.2014.
• Que seja solicitado a senhora Maria do Rosário de Fatima Nunes Leal secretaria de educação do municipal de Coelho Neto, as seguintes providência:
• O critério utilizado para a seleção dos monitores do projeto ciranda pedagógica ;
• Relação nominal de todos os monitores do projeto acima citado, com suas respectivas formações;
• Cópia integral do referido projeto aplicado no ano de 2014;

Oficio nº032/03.04.2014:
• As indicações apresentadas na sessão.
• Recuperação da ponte do povoado santa Maria, tendo em vista a intrafegabilidade do trecho ;
• A situação de abastecimento de agua dos moradores do povoado Baixa Fria, cujo poço não tem atendido as necessidades.
• Iluminação pública com postes de cimento para a Rua próximo à Escola Moacir Bacelar, que vai até o Olho D’Aguinha.
• Que seja feito patrolamento das ruas próximas à Ecologia, Bairro Mutirão.
Oficio nº 040/14.04.2014.
• Iluminação pública e melhoria da infraestrutura da Rua Justino da Silva Bastos, no trecho próximo á feirinha, Bairro Quiabos, tendo em vista grandes transtornos quais os moradores estão enfrentando.
Oficio nº 042/06.02.2014.
• Que sejam esforços do governo enviados do governo municipal para custear o aluguel de uma residência em São Luís- MA, destinado aos estudantes de Coelho neto que fazer o curso superior na referida capital.

Oficio: nº 051/14.02.2013
• Que seja criada a guarda municipal em coelho neto, conforme determina a lei orgânica municipal. 
Oficio: nº 057/19.02.2013.
• Que seja encaminhado a esta casa.
• O valor do saldo bancário do instituto municipal de previdência:
• O número de servidores aposentados e pensionistas:
• O valor do gasto do instituto com essas pessoas.
Oficio: nº 055/18.02.2013.
• Que sejam tomada as providência de melhoria de infraestrutura na Ruas:
• Rua São Silvestre:
• Ruas Jose Alves de Sousa.
• Rua Maranhão.

Oficio: nº 069/11.03.2013.
• Que sejam enviado esforços para a instalação de um posto policial próximo a quadra de esportes no B. Sarney.
Ofício: nº 072/21.03.2013.
• Recuperação das pontes que dão acesso ao povoado Taboca dos Bois, que estão muito danificada. 
Oficio: nº 111/23.05.2013.
• Que seja analisada a situação do abastecimento de água da Rua X.B. Sarney.
Oficio: nº126/06.06.2013.
• Construção de um galeria passado pelos Ruas C,E,G, no B. Sarney, até chegar a Av. coelho neto, para escoamento da Agua.
• Regulamentação do abastecimento da Agua nas Ruas C e G
• Regulamentação da iluminação pública das Ruas padre Alfredo Bacelar e Dr. Luís Raimundo;
• Que seja averiguado a constante queima de detritos no lixão, pois a fumaça tem incomodado bastante os moradores.
Oficio: 129.10.06.2013.
• Que o Sr. Perfeito providencie a circulação de transporte coletivo para os alunos do Ensino Médio e Fundamental II, que mora nos Bairros distantes do centro da cidade. 
Oficio: nº 147/02.07.2013.
• Regulamentação do abastecimento de Água na rua Maranhão (Bairro Quiabos) e B. mutirão.
Oficio: nº 148/02.07.2013.
• Limpeza de galeria , principalmente as do centro da cidade.
Oficio nº236/13.11.2013.
• Iluminação adequada para a quadra de esporte localizada no Estádio Tancredo Neves;
• Melhoria das condições da passarela do Estádio Tancredo neves e também a gramado.
• Que seja avaliado a melhorada as condições de escoamento da agua da valeta que foi construído ao redor do Estádio Tancredo Neves.
• Conclusão dos serviços das creches, tendo em vista a aproximação do ano vindouro;
• Valorização da mão de obra local nos serviço de construção das creches, pois foi observado que os trabalhadores são de Chapadinha;
• Que seja enviado a esta o contrato de serviço com a empresa responsável pela construção das creches;
• Que sela colocada placa de identificação nas obras das creches, especificando, dentre outros detalhes, a empresa responsável pela obra. 
Oficio: nº 014 13.03.2014.
• Revisão nos telhados das escolas da rede municipal de ensino, principalmente na escolas José Barreto, que precisa de um retelhamento para a retirada de muitas goteiras.
Oficio: nº 015/18.03.2014.
• Iluminação pública para as Ruas Maria Lima couto, Estevão de Moraes.
• Limpeza das margens das estradas vicinais, com utilização dos próprio povoados.
Oficio: nº 017 /20.03.2014.
• Recuperação das Humberto Aranha, Rua da Amizade e José Ângelo Couto (Bairro Santana ), tendo em vista a intrafegabilidade das referidas Ruas, que tem causado muito transtornos aos moradores.
Oficio: nº 026 31.03.2014.
• Que seja efetuado o pagamento dos caçambeiros referente ao mês de julho/2013. 
Oficio nº036/10/04.2014.
• Que seja informado a esta casa, através de oficio, a forma de contrato dos trabalhadores que estão construindo a upa de coelho neto.
Oficio: nº031/02.04.2014.
• Que seja encaminhado expediente a esta casa com informação sabre o funcionamento da coordenação da mulher em coelho neto, ou seja onde e como funciona.
Oficio nº 035/09/04/2014.
• Indicação nº010 –Recuperação da iluminação pública da travessa Leonildes com a Rua santa Maria, B. Anil.
Oficio nº 115/ 29.08.2014.
• Iluminação pública de qualidade na subida do Bairro Mutirão, pois há muitos postes sem lâmpadas.
Oficio nº 097/14.08.2014.
• Que sejam envidados esforço para a realização de uma campanha de sensibilização sabre a hanseníase em nosso município, tendo em vista os vários casa detectados e a necessidade de amplo esclarecimento á população sobre o referido problema de saúde pública. Sabe-se ainda que a maioria dos nossos munícipes não tem conhecimento efetivo sobre a doença e por isso, os diagnósticos são tardios. 
Oficio nº 063/ 04.04.2013.
• Referente pedido de melhorias para as Ruas da Diplomacia e Cortesia, B. mutirão.
Oficio nº 048/ 14.02.2013.
Solicita reposição dos gelos baianos da avenida Marechal cordeiros de Farias, após a realização das festividades, como carnaval festa junina, festa de nossa senhora Santana, para melhor trafegabilidade dos alunos.
Oficio nº054/ 15.05.2014.
• Que a senhora secretaria tome providências no sentido de encontrar urgente solução para o abastecimento de combustível nos ônibus escolares, pois há informações de que não está havendo fornecimento no posto Santana, onde os ônibus são abastecidos.
Oficio nº 155/06.08/2013.



sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Os salários dos deputados, senadores, ministros do STF e da presidente.

Fonte: Pragmatismo

Saiba quanto ganham deputados, senadores, ministros de governo, ministros do STF e Presidente da República, além dos benefícios adicionais específicos de cada cargo


salário deputado presidente senador ministro
Deputados federais no Brasil ganham R$ 33,7 mil por mês, além de R$ 92 mil mensais de verba de gabinete, entre outros benefícios (divulgação)

PRESIDENTE DA REPÚBLICA. 

Salário mensal: R$ 30,9 mil.
Moradia: Duas residências oficiais em Brasília – o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto.
Plano de Saúde: Todas as despesas são pagas, incluindo as de familiares diretos.
Cotas: Não tem. A Presidência tem cartões corporativos, cujo limite varia de acordo com o orçamento.
Passagens: Viaja em aviões da FAB tanto em missões oficiais quanto em viagens de âmbito particular.
Cargos de confiança: Não há limites. Depende da criação de cargos autorizada pela Presidência.


MINISTROS DE GOVERNO.
Salário mensal: R$ 30,9 mil.
Moradia: Residência oficial ou auxílio moradia de R$ 6,6 mil.
Plano de Saúde: Não têm assistência específica, exceto se tiverem sido servidores públicos.
Cotas: Não têm. Têm acesso a cartão corporativo com limite que varia de acordo com o orçamento de cada ministério.
Passagens: Em missões oficiais, podem usar aviões da FAB ou voos de carreira.
Cargos de confiança: Não há limites. Depende da criação de cargos autorizada pela Presidência.


MINISTROS DO STF
Salário mensal: R$ 33,7 mil.
Moradia: Residência oficial ou auxílio-moradia de R$ 4,3 mil.
Plano de Saúde: Pagam plano de saúde específico do STF. Dependentes e cônjuges podem ser incluídos na cobertura.
Cotas: Não têm direito a cotas ou verbas de gabinete e nem acesso a cartões corporativos. Cada ministro tem direito a um carro oficial e motorista. Gastos com combustível são ilimitados.
Passagens: Cota anual de R$ 42,8 mil para gastos com passagens. O presidente do STF também pode viajar em aviões oficiais.
Cargos de confiança: Cada ministro pode nomear até 8 funcionários de confiança. Metade deles deve ser concursado. O salário bruto de cada assessor é de R$ 10,3 mil.


SENADORES
Salário mensal: R$ 33,7 mil.
Moradia: Apartamento funcional ou auxílio-moradia de R$ 4,2 mil.
Plano de Saúde: Senadores, cônjuges ou dependentes de até 21 anos (ou 24, quando universitários), têm despesas médicas reembolsáveis. Limite para despesas odontológicas e psicoterápicas é de R$ 25,9 mil.
Cotas: Cota parlamentar: R$ 15 mil (paga despesas com funcionários, aluguel de escritório de apoio, material de consumo, combustíveis, consultoria, entre outras). Despesas extras: R$ 9 mil (custos com gráficas e telefonia fixa). Despesas com telefone celular são ilimitadas.
Passagens: Cinco trechos de passagens aéreas entre a capital do Estado do senador e Brasília por mês.
Cargos de confiança: Podem nomear funcionários em Brasília ou em seus escritórios regionais desde que dentro do limite imposto pela cota parlamentar que é de R$ 15 mil por mês.


DEPUTADOS FEDERAIS
Salário mensal: R$ 33,7 mil.
Moradia: Apartamento funcional ou auxílio-moradia de R$ 4,2 mil.
Plano de Saúde: Deputados e familiares têm atendimento médico gratuito no departamento médico da Câmara. Deputados também podem ter despesas médicas e odontológicas realizadas na rede privada reembolsadas. A medida não se aplica a familiares.
Cotas: Cota de R$ 30,2 mil a R$ 44,9 mil (pode ser usada para pagar passagens, telefone, Correios, fretamento de aeronaves entre outras despesas. Varia de acordo com o Estado do parlamentar). Verba de gabinete: R$ 92 mil (destinada ao pagamento de cargos de confiança).
Passagens: Podem comprar passagens com a verba de gabinete. A partir de 2015, as mulheres dos deputados também poderão ter passagens pagas pela Câmara.
Cargos de confiança: Têm direito a nomear até 25 funcionários cujos salários somados não podem ultrapassar R$ 92 mil.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Reajuste de 4,5% prejudica contribuinte e eleva defasagem da tabela para mais de 64%, segundo cálculo do Sindifisco.

Com o veto da presidente Dilma Rousseff à correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda Pessoa Físicas anunciado na segunda-feira (19), volta a discussão sobre a defasagem na tabela acumulada desde 1996, que chegaria a 64,28%, segundo estudo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional).
Com a decisão presidencial, a tabela será corrigida em 4,5%, o que causa perdas ao contribuinte porque a inflação em 2014 ficou em 6,41%. Para o Sindifisco, ao decidir vetar a correção de 6,5% à tabela de Imposto de Renda, o governo optou por dar continuidade à arrecadação com menor esforço, colocando mais contribuintes para pagar impostos. 
Desde 2007, uma medida provisória reajusta a tabela do IR pelo centro da meta de inflação (4,5%), mas o índice tem superado esse percentual, ficando próximo a 6%, em média. 
Na análise do Sindifisco, caso a presidente Dilma Rousseff tivesse sancionado a correção de 6,5%, os trabalhadores com ganhos até R$ 1.903,38 ficariam isentos do pagamento do Imposto de Renda. Atualmente, quem tem rendimento acima de R$ 1.787 já é contribuinte. Hoje, a defasagem real da tabela é de 64,28%, percentual registrado até dezembro de 2014. Se esse índice fosse aplicado, o limite de isenção subiria para R$ 2. 935. 
Veja como fica a tabela do IR 2015
A pedido do iG, Sebastião Luiz Gonçalves, vice-presidente do Conselho Consultivo do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo, fez uma simulação do cálculo de como fica a tabela do IR para Pessoa Física, com o reajuste de 4,5%.
Trabalhador que recebe até R$ 1.868,22 – isento
Salário de R$ 1.868,22 até R$ 2.799,86 –  cobrança de alíquota de 7,5%, com parcela a deduzir de R$ 140,11
R$ 2.799,86 até R$ 3.733,19 – alíquota de 15%, com parcela a deduzir de R$ 350,11
Salário de R$ 3.733,19 até R$ 4.664,68 – alíquota 22,5%, com parcela a deduzir de R$ 630,09
Salário acima de R$ 4.664,68 – alíquota 27,5%, com parcela a deduzir de R$ 863,33

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Vereadores do prefeito Soliney Silva dão com os burros n’água, Tribunal de Justiça do Maranhão mantém resultado da Eleição da Mesa Diretora da Câmara.

                       Da esquerda para a direita: Márcio Ameida ( presidente), Lú e Luís Ramos

Fracassou mais uma tentativa dos vereadores da base governista de anular a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Coelho Neto, dessa vez, junto ao Tribunal de Justiça do Maranhão, ao que se pode afirmar que os edis de fato deram com os burros n’água e pelo visto vão ter que engolir a vitória do grupo liderado pelo vereador Márcio Almeida, atual presidente daquela casa. Uma derrota dos vereadores da base aliada do prefeito, mas que também pode ser contabilizada como mais uma derrota do mandatário, uma vez que o mesmo deve ter orientado-os a ingressarem na justiça objetivando tornar  nula a referida eleição, que segundo o entendimento da  justiça, tanto a nível local quanto estadual, seguiu os trâmites legais.


Tirando a desistência de dois parlamentares que desistiram da luta,  os demais seguem firmes e saem desse episódio ainda mais fortalecidos e com moral elevado junto à  população.

Quanto àqueles que recorreram ao tapetão numa tentativa desesperada de destronar a Nova Mesa Diretora porque não foram capazes de ganhar no voto, só lhes resta enxugar as lágrimas.


Fim de governo não é fácil pra ninguém, né gente!  

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Coelho Neto: Vereador Joaquim Filho renuncia cargo na Mesa Diretora da Câmara.


O vereador Joaquim Filho renunciou ao cargo de Segundo Vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara para o qual havia sido eleito no final de 2014 alegando motivos de fórum íntimo. O pedido de renúncia foi protocolado na Câmara na manhã desta terça-feira (20).

O vereador é o segundo a abrir mão do cargo depois que o prefeito Soliney passou a exigir a renúncia como condição para que os vereadores chamados "rebeldes" voltassem a pertencer ao seu grupo político.

O primeiro a renunciar foi o vereador Júnior Santos. Com a renúncia do vereador Joaquim, restam apenas três dos cinco que resolveram dizer não à vontade do prefeito no que se refere à escolha da Mesa da casa.

Vai ficar difícil para o vereador explicar para a população essa sua atitude de abandonar seus companheiros vereadores.

Acho que aqui cabe o velho dito popular: "Quem não pode com o pote que não pegue na rodia". 

Veja a seguir o pedido de renúncia do vereador e tire suas conclusões.







segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Quem era Marco Archer, o brasileiro executado na Indonésia.

Fonte: Pragmatismo

Jornalista que entrevistou Marco Archer durante 4 dias na prisão na Indonésia traça o perfil do brasileiro que foi fuzilado no último sábado por sentença judicial
marco archer
Marco Archer
O repórter Renan Antunes de Oliveira entrevistou Marco Archer em 2005, numa prisão na Indonésia. Abaixo, seu relato:
O carioca Marco Archer Cardoso Moreira viveu 17 anos em Ipanema, 25 traficando drogas pelo mundo e 11 em cadeias da Indonésia, até morrer fuzilado, aos 53, neste sábado (17), por sentença da Justiça deste país muçulmano.
Durante quatro dias de entrevista em Tangerang, em 2005, ele se abriu para mim: “Sou traficante, traficante e traficante, só traficante”.
Demonstrou até uma ponta de orgulho: “Nunca tive um emprego diferente na vida”. Contou que tomou “todo tipo de droga que existe”.
Naquela hora estava desafiante, parecia acreditar que conseguiria reverter a sentença de morte.
Marco sabia as regras do país quando foi preso no aeroporto da capital Jakarta, em 2003, com 13,4 quilos de cocaína escondidos dentro dos tubos de sua asa delta. Ele morou na ilha indonésia de Bali por 15 anos, falava bem a língua bahasa e sentiu que a parada seria dura.
Tanto sabia que fugiu do flagrante. Mas acabou recapturado 15 dias depois, quando tentava escapar para o Timor do Leste. Foi processado, condenado, se disse arrependido. Pediu clemência através de Lula, Dilma, Anistia Internacional e até do papa Francisco, sem sucesso. O fuzilamento como punição para crimes é apoiado por quase 70% do povo de lá.
Na mídia brasileira, Marco foi alternadamente apresentado como “um garoto carioca” (apesar dos 42 anos no momento da prisão), ou “instrutor de asa delta”, neste caso um hobby transformado na profissão que ele nunca exerceu.
Para Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42, o outro brasileiro condenado por tráfico, que espera fuzilamento para fevereiro, companheiro de cela dele em Tangerang, “Marco teve uma vida que merece ser filmada”.
Rodrigo até ofereceu um roteiro sobre o amigo à cineasta curitibana Laurinha Dalcanale, exaltando: “Ele fez coisas extraordinárias, incríveis.”
O repórter pediu um exemplo: “Viajou pelo mundo todo, teve um monte de mulheres, foi nos lugares mais finos, comeu nos melhores restaurantes, tudo só no glamour, nunca usou uma arma, o cara é demais.”
Para amigos em liberdade que trabalharam para soltá-lo, o que aconteceu teria sido “apenas um erro” do qual ele estaria arrependido.
marco archer
Marco Archer, nos tempos de voo livre
Na versão mais nobre, seria a tentativa desesperada de obter dinheiro para pagar uma conta de hospital pendurada em Cingapura – Marco estaria preocupado em não deixar o nome sujo naquele país. A conta derivou de uma longa temporada no hospital depois de um acidente de asa delta. Ter sobrevivido deu a ele, segundo os amigos, um incrível sentimento de invulnerabilidade.
Ele jamais se livrou das sequelas. Cheio de pinos nas pernas, andava com dificuldade, o que não o impediu de fugir espetacularmente no aeroporto quando os policiais descobriram cocaína em sua asa delta.
Arriscou tudo ali. Um alerta de bomba reforçara a vigilância no aeroporto. Ele chegou a pensar em largar no aeroporto a cocaína que transportava e ir embora, mas decidiu correr o risco.
Com sua ficha corrida, a campanha pela sua liberdade nunca decolou das redes sociais. A mãe dele, dona Carolina, conseguiu o apoio inicial de Fernando Gabeira, na Câmara Federal, com voto contra de Jair Bolsonaro.
O Itamaraty e a presidência se mexeram cada vez que alguma câmera de TV foi ligada, mesmo sabendo da inutilidade do esforço.
Mesmo aparentemente confiante, ele deixava transparecer que tudo seria inútil, porque falava sempre no passado, em tom resignado: “Não posso me queixar da vida que levei”.
Marco me contou que começou no tráfico ainda na adolescência, diretamente com os cartéis colombianos, levando coca de Medellín para o Rio de Janeiro. Adulto, era um dos capos de Bali, onde conquistou fama de um sujeito carismático e bem humorado.
A paradisíaca Bali é um dos principais mercados de cocaína do mundo graças a turistas ocidentais ricos que vão lá em busca de uma vida hedonista: praias deslumbrantes, droga fácil, farta — e cara.
O quilo da coca nos países produtores, como Peru e Bolívia, custa 1 000 dólares. No Brasil, cerca de 5 000. Em Bali, a mesma coca é negociada a preços que variam entre 20 000 e 90 000 dólares, dependendo da oferta. Numa temporada de escassez, por conta da prisão de vários traficantes, o quilo chegou a 300 000 dólares.
Por ser um dos destinos prediletos de surfistas e praticantes de asa delta, e pela possibilidade de lucros fabulosos, Bali atrai traficantes como Marco. Eles se passam por pessoas em busca de grandes ondas, e costumam carregar o contrabando no interior das pranchas de surf e das asas deltas. Archer foi pego assim. Tinha à mão, sempre que desembarcava nos aeroportos, um álbum de fotos que o mostrava voando, o que de fato fazia.
O homem preso por narcotráfico passou a maior parte da entrevista comigo chapado. O consumo de drogas em Tangerang era uma banalidade.
Pirado, Marco fazia planos mirabolantes – como encomendar de um amigo carioca uma nova asa, para quando saísse da cadeia.
Nos momentos de consciência, mostrava que estava focado na grande batalha: “Vou fazer de tudo para sair vivo desta”.
Marco era um traficante tarimbado: “Nunca fiz nada na vida, exceto viver do tráfico.” Gabava-se de não ter servido ao Exército, nem pagar imposto de renda. Nunca teve talão de cheques e ironizava da única vez numa urna: “Minha mãe me pediu para votar no Fernando Collor”.
A cocaína que ele levava na asa tinha sido comprada em Iquitos, no Peru, por 8 mil dólares o quilo, bancada por um traficante norte-americano, com quem dividiria os lucros se a operação tivesse dado certo: a cotação da época da mercadoria em Bali era de 3,5 milhões de dólares.
Marco me contou, às gargalhadas, sua “épica jornada” com a asa cheia de drogas pelos rios da Amazônia, misturado com inocentes turistas americanos. “Nenhum suspeitou”. Enfim chegou a Manaus, de onde embarcou para Jakarta: “Sair do Brasil foi moleza, nossa fiscalização era uma piada”.
Na chegada, com certeza ele viu no aeroporto indonésio um enorme cartaz avisando: “Hukuman berta bagi pembana narkotik’’, a política nacional de punir severamente o narcotráfico.
“Ora, em todo lugar do mundo existem leis para serem quebradas”, me disse, mostrando sua peculiar maneira de ver as coisas: “Se eu fosse respeitar leis nunca teria vivido o que vivi”.
Ele desafiou o repórter: “Você não faria a mesma coisa pelos 3,5 milhões de dólares”?
Para ele, o dinheiro valia o risco: “A venda em Bali iria me deixar bem de vida para sempre” – na ocasião, ele não falou em contas hospitalares penduradas.
Marco parecia exagerar no número de vezes que cruzou fronteiras pelo mundo como mula de drogas: “Fiz mais de mil gols”. Com o dinheiro fácil manteve apartamentos em Bali, Hawai e Holanda, sempre abertos aos amigos: “Nunca me perguntaram de onde vinha o dinheiro pras nossas baladas”.
marco archer
Uma das últimas imagens de Marco Archer. O brasileiro está acompanhado de seu advogado na prisão na Indonésia
Marco guardava na cadeia uma pasta preta com fotos de lindas mulheres, carrões e dos apartamentos luxuosos, que seriam aqueles onde ele supostamente teria vivido no auge da carreira de traficante.
Num de seus giros pelo mundo ele fez um cursinho de chef na Suíça, o que foi de utilidade em Tangerang. Às vezes, cozinhava para o comandante da cadeia, em troca de regalias.
Eu o vi servindo salmão, arroz à piemontesa e leite achocolatado com castanhas para sobremesa. O fornecedor dos alimentos era Dênis, um ex-preso tornado amigão, que trazia os suprimentos fresquinhos do supermercado Hypermart.
Marco queria contar como era esta vida “fantástica” e se preparou para botar um diário na internet. Queria contratar um videomaker para acompanhar seus dias. Negociava exclusividade na cobertura jornalística, queria escrever um livro com sua experiência – o que mais tarde aconteceu, pela pena de um jornalista de São Paulo. Um amigo prepara um documentário em vídeo para eternizá-lo.
Foi um dos personagens de destaque de um bestseller da jornalista australiana Kathryn Bonella sobre a vida glamurosa dos traficantes em Bali — orgias, modelos ávidas por festas e drogas depois de sessões de fotos, mansões cinematográficas.
Diplomatas se mexeram nos bastidores para tentar comprar uma saída honrosa para Marco. Usaram desde a ajuda brasileira às vítimas do tsunami até oferta de incremento no comércio, sem sucesso. Os indonésios fecharam o balcão de negócios.
O assessor internacional de Dilma, Marco Aurélio Garcia, disse que o fuzilamento deixa “uma sombra” nas relações bilaterais, mas na lateral deles o pessoal não tá nem aí.
A mãe dele, dona Carolina, funcionária pública estadual no Rio, se empenhou enquanto deu para livrar o ‘garotão’ da enrascada, até morrer de câncer, em 2010.
As visitas dela em Tangerang eram uma festa para o staff da prisão, pra quem dava dinheiro e presentes, na tentativa de aliviar a barra para o filhão.
Com este empurrão da mamãe Marco reinou em Tangerang, nos primeiros anos – até ser transferido para outras cadeias, à espera da execução.
Eu o vi sendo atendido por presos pobres que lhe serviam de garçons, pedicures, faxineiros. Sua cela tinha TV, vídeo, som, ventilador, bonsais e, melhor ainda, portas abertas para um jardim onde ele mantinha peixes num laguinho. Quando ia lá, dona Carola dormia na cama do filho.
Marco bebia cerveja geladinha fornecida por chefões locais que estavam noutro pavilhão. Namorava uma bonita presa conhecida por Dragão de Komodo. Como ela vinha da ala feminina, os dois usavam a sala do comandante para se encontrar.
A malandragem carioca ajudou enquanto ele teve dinheiro. Ele fazia sua parte esbanjando bom humor. Por todos os relatos de diplomatas, familiares e jornalistas que o viram na cadeia de tempos em tempos, Marco, apelidado Curumim em Ipanema, sempre se mostrou para cima. E mantinha a forma malhando muito.
Para ele, a balada era permanente. Nos últimos anos teve várias mordomias, como celular e até acesso à internet, onde postou algumas cenas.
Um clip dele circulou nos últimos dias – sempre sereno, dizendo-se arrependido, pedindo a segunda chance: “Acho que não mereço ser fuzilado”.
Marco chegou ao último dia de vida com boa aparência, pelo menos conforme as imagens exibidas no Jornal Hoje, da Globo. Mas tinha perdido quase todos os dentes em sua temporada na prisão, como relatou a jornalista e escritora australiana. No Facebook, ela disse guardar boas recordações de Archer, e criticou a “barbárie” do fuzilamento.
Numa gravação por telefone, ele ainda dava conselhos aos mais jovens, avisando que drogas só podem levar à morte ou à prisão.
Sua voz estava firme, parecia esperar um milagre, mesmo faltando apenas 120 minutos pra enfrentar o pelotão de fuzilamento – a se confirmar, deixou esta vida com o bom humor intacto, resignado.
Sabe-se que ele pediu uma garrafa de uísque Chivas Regal na última refeição e que uma tia teria lhe levado um pote de doce-de-leite.
O arrependimento manifestado nas últimas horas pode ser o reflexo de 11 anos encarcerado. Afinal, as pessoas mudam. Ou pode ter sido encenação. Só ele poderia responder.
Para mim, o homem só disse que estava arrependido de uma única coisa: de ter embalado mal a droga, permitindo a descoberta pela polícia no aeroporto.
“Tava tudo pronto pra ser a viagem da minha vida”, começou, ao relatar seu infortúnio.
Foi assim: no desembarque em Jakarta, meteu o equipamento no raio x. A asa dele tinha cinco tubos, três de alumínio e dois de carbono. Este é mais rijo e impermeável aos raios: “Meu mundo caiu por causa de um guardinha desgraçado”, reclamou.
“O cara perguntou ‘por que a foto do tubo saía preta’? Eu respondi que era da natureza do carbono. Aí ele puxou um canivete, bateu no alumínio, fez tim tim, bateu no carbono, fez tom tom”.
O som revelou que o tubo estava carregado, encerrando a bem-sucedida carreira de 25 anos no narcotráfico.
Marco ainda conseguiu dar um drible nos guardas. Enquanto eles buscavam as ferramentas, ele se esgueirou para fora do aeroporto, pegou um prosaico táxi e sumiu. Depois de 15 dias pulando de ilha em ilha no arquipélago indonésio passou sua última noite em liberdade num barraco de pescador, em Lombok, a poucas braçadas de mar da liberdade.
Acordou cercado por vários policiais, de armas apontadas. Suplicou em bahasa que tivessem misericórdia dele.
No sábado, enfrentou pela última vez a mesma polícia, mas desta vez o pessoal estava cumprindo ordens de atirar para matar.
Foi o fim do Curumim.