Faleceu na manhã deste sábado (15)
aos 86 anos vítima de infarto no Rio de Janeiro o ex-deputado Raimundo
Bacelar. Ainda não foi divulgado informações sobre velório e local de
sepultamento.
As atuais gerações de fato não conhecem,
mas é praticamente impossível falar da história de Coelho Neto e de uma
parte da história do Maranhão sem falar do papel de destaque
desempenhado por Raimundo Bacelar.
Raimundo Emerson Machado Bacelar era
filho de Raimundo de Melo Bacelar (Duque Bacelar) e dona Maria Machado
Bacelar, nasceu na Vila de Curralinho, hoje Coelho Neto.
Casou-se em primeiras núpcias com Edine
Nunes Bacelar e tiveram os seguintes filhos: Maria Rita, Maria Ariadne e
Ana Luiza. Em segundas núpcias, casou-se com Marília Lopes Gonçalves
Bacelar e tiveram um filho, Raimundo Júnior, todos formados,
constituíram famílias e deram netos a Raimundo.
Cedo passou a ajudar o pai Duque Bacelar
nos negócios e administração das terras e fazendas, após exercer os
cargos de Promotor Adjunto de Coelho Neto e de se habilitar na Ordem dos
Advogados para o exercício dessa profissão através de provisão.
Elegeu-se deputado estadual em 1950,
substituindo aliás, sua irmã deputada Dalva Bacelar e na Assembléia
Legislativa do Maranhão gozou de prestígio, chegando ao posto mais alto
ao se eleger Presidente. Reelegeu-se nas legislaturas seguintes em 1954 e
1958.
Foi Secretário do então governador
Eugênio Barros, fundador da rádio Difusora do Maranhão, da rádio
Difusora de Floriano, da TV Difusora Canal 4 e foi ex-diretor da rádio
Timbira.
Com os irmãos fundou em Coelho Neto o
Complexo Industrial Cepalma inaugurada em 20 de janeiro de 1973,
empreendimento que garantiu à sua cidade uma posição de destaque na
economia do Maranhão.
Morando no Rio de Janeiro foi diretor do
Banco do Estado de São Paulo – BANESPA, Superintendente da Mineração
Rio do Norte. Em 1984 trabalhou na campanha de Tancredo Neves a convite
do senador Sarney então candidato a vice-presidente e no ano seguinte
foi nomeado membro do Conselho de Administração do BNDES. Em 1988 foi
nomeado Presidente da Mineração Rio do Norte.
Entre as homenagens foram várias dentre
as quais a Medalha de La Ravardiere (a maior comenda de São Luís) e
Personalidade de Comunicação do Ano dado pelo 2º Congresso de
Jornalistas e Radialistas do Maranhão realizado em 2005, além de
emprestar seu nome para escolas e ruas em várias cidades do Maranhão.
Em 2007, lançou em São Luís seu primeiro
livro com título Duque: Um predestinado em que faz uma homenagem ao pai
e conta um pouco da saga da família Bacelar.
Como bem pontuou o jornalista e
professor Coelho Neto durante encerramento do 2º Congresso de
Jornalistas e Radialistas do Maranhão realizado em 2005 “hoje,
seguramente, Raimundo Bacelar é um dos poucos maranhenses que possui um
talento multivocacionado, com atuações em diversos campos da atividade
humana como o da comunicação, política, economia, empresarial, cultural e
social. Raimundo Bacelar possui uma biografia pessoal, profissional e
política exemplar, cuja experiência merece ser reconhecida pelas atuais e
futuras gerações. Sua trajetória é uma grande lição de vida”.