A se confirmar as
graves denúncias publicadas nesta terça-feira (02), em diversos blogues e
portais de noticias envolvendo a ex-secretária da Saúde dos municípios
de Imperatriz e Coelho Neto, e ex-candidata a prefeita de
Imperatriz, Rosângela Curado, e muito delicada a situação da pedetista
que almejava ocupar a vaga de vice na chapa de Flavio Dino.
Publicamos abaixo alguns
documentos divulgados pelo Departamento Nacional de Auditorias do
Sistema Único de Saúde, SUS sobre as denuncias do desvio de R$
8.278.517,20 milhões num esquema que simulava tratamento de glaucoma em
pacientes de quatro municípios do Leste maranhense,
envolvendo Rosângela Curado.
Reproduzo abaixo publicação do Blog do Itevado com detalhes sobre o caso envolvendo Rosângela Curado:
Uma das ‘vices’ de Flávio Dino desviou R$ 8,2 milhões do SUS
A pedetista Rosângela
Curado, ex-secretária da Saúde dos municípios de Imperatriz e de Coelho
Neto e ex-candidata a prefeita de Imperatriz, cotada para integrar a
chapa de Flávio Dino (PCdoB) na disputa pelo governo estadual foi
flagrada pelo Departamento Nacional de Auditorias do Sistema Único de
Saúde, SUS, no desvio de R$ 8.278.517,20 milhões num esquema que
simulava tratamento de glaucoma em pacientes de quatro municípios do
Leste maranhense. A fraude incluía a participação de médicos sem
especialização em oftalmologia que cometiam o mesmo crime em outro
estado.
A pedetista Rosângela
Curado pagou 193.291 mil procedimentos médicos com recursos do SUS
destinados à Prefeitura de Coelho Neto, e o que mais chama a atenção é
que aquele município tem apenas 46.792 habitantes que, se somados aos
moradores das cidades vizinhas de Duque Bacelar, Buriti e Afonso Cunha,
que poderiam ser assistidos com os recursos enviados para Coelho Neto,
totalizariam 88 mil pessoas, menos da metade das mais de 193 mil que
teriam sido tratadas de glaucoma, com o detalhe de que apenas as pessoas
da terceira idade, cerca de 12% dos 88 mil potenciais clientes do SUS,
poderiam ter a doença.
A fraude, de tão
elementar, faz pensar que Rosângela Curado nunca imaginou que um dia
seria auditada pelo SUS. Tem médico que colocou no bolso R$ 655.853,69
num mês, como se nos 19 dias úteis de abril de 2011 um único
profissional teria atendido 13.490 pacientes, ou feito procedimentos em
26.980 olhos, 25 segundos para cada olho sem intervalo para a saída e
entrada de pacientes, isso considerando que o médico ficava até 10 horas
em pé num centro cirúrgico ou no ambulatório.
O que mais faz pesar a
mão dos auditores contra Rosângela Curado é o fato de apenas um dos
quatro médicos pagos por ela, para “curar” 193 mil pacientes de
glaucoma, ter especialidade em oftalmologia. Os outros três são clínicos
gerais, o que, para o SUS, se constituiu em ato de extremo risco para
os doentes tê-los submetidos a essa situação, se, de fato, essas
multidão toda tivesse sido “tratada”. E mais: Curado declarou que esses
procedimentos eram feitos em ambientes improvisados, em casas arranjadas
pelas prefeituras, em regime de mutirão.
A auditoria também
condena o fato dela ter alegado, em defesa, que teria atendido gente em
outras regiões, o que não se justifica, e determina que seria técnica e
humanamente impossível atender tanta gente no espaço de tempo declarado
nas faturas pagas. Um único médico, sem especialidade para tratar
doenças dos olhos, faturou R$ 3.382.792,89 em cima de 74.424
procedimentos, ou seja, 148.848 olhos tratados.
“Especialistas” - Os
mesmos médicos e diretores da clínica contratada por Rosângela Curado
suspeitos de malversação de mais de R$ 8,2 milhões das contas da
Prefeitura de Coelho Neto respondem por crimes idênticos cometidos com
uma clínica de razão social diferente no município piauiense de Água
Branca. Lá o rombo foi de R$ 2,5 milhões e incluiu ousadias como o mesmo
profissional atendendo em 15 cidades no mesmo dia, pessoas mortas há
mais de dois anos sendo operadas até duas vezes e declarações falsas de
porte de especialidade em oftalmologia.
No caso do Maranhão,
Rosângela Curado está sendo chamada pelo SUS para devolver os R$
8.278.517,20. Internamente, outros pedetistas aspirantes ao posto de
vice de Flávio Dino, acompanham com expectativa a repercussão do caso
que tende a aumentar com a exposição do relatório da auditoria feita
pelo Ministério da Saúde na Internet. Curado seria o “tempero”
imperatrizense que o comunista tanto deseja na sua chapa, mas o
desfalque agora descoberto pode dificultar essa engenharia.