quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Morre Nelson Mandela, líder sul-africano que derrotou o apartheid

Fonte: Folha de S. Paulo

Ícone da queda do apartheid e figura adorada pelos sul-africanos, Nelson Mandela morreu hoje aos 95 anos em sua casa em Johannesburgo.


"Faleceu em paz, ao lado de sua família por volta das 20h50, no dia 5 de dezembro. Ele agora está em paz. Nosso país perdeu seu maior filho", disse o presidente sul-africano, Jacob Zuma, ao anunciar a morte do líder em cadeia de TV.

"Nossos pensamentos e orações estão com a família Mandela. Temos uma dívida de gratidão com eles. Eles sacrificaram muito para que nosso povo fosse livre", continuou. "O que fez Nelson Mandela grande foi justamente o que o fazia humano. Nós víamos nele o que perseguíamos em nós mesmos."

Primeiro presidente negro da África do Sul (1994-99), Mandela não era visto em público desde a final da Copa do Mundo da África do Sul, em julho de 2010.

Sua última aparição ocorreu em abril passado, quando ele recebeu um grupo de políticos encabeçado pelo presidente sul-africano. As cenas transmitidas pela TV estatal, em que aparece distante e alheio ao que se passa a seu redor, causaram comoção no país.

Em junho, ele enfrentou a sua quarta internação desde dezembro de 2012, o Medi-Clinic Heart Hospital, em Pretória. Ele sofria de complicações decorrentes de uma infecção respiratória.

Respeitado internacionalmente pelos gestos de reconciliação, Mandela passou 27 anos preso por se opor ao sistema segregacionista branco. Após intensa pressão internacional, foi libertado em 1990. Saiu da prisão para negociar com a minoria branca o fim do regime e de lá para ser presidente eleito sob uma nova Constituição.

Em seu governo, adotou como prioridade o discurso de unidade nacional e desencorajou atos de vingança e violência. Analistas apontam que, em razão disso, não conseguiu dar atenção suficiente a programas sociais, à geração de empregos e à epidemia de Aids, que se alastrou durante seu governo.

Em 1999, declinou da possibilidade de concorrer a um novo mandato para se dedicar a causas sociais e a ser uma espécie de consciência moral da nação. Pouco a pouco, no entanto, foi reduzindo sua visibilidade à medida em que a idade avançava.

Ainda não está claro quando e onde será o enterro. Há duas possibilidades: na vila onde nasceu, Mvezo, ou na pequena localidade em que passou a infância, Qunu. Ambas ficam na na província de Cabo Oriental, na costa do oceano Atlântico.

Nelson Mandela


Acervo Fundação Nelson Mandela






O jovem Mandela (último à direita) em cerimônia de passagem para a idade adulta
TRAJETÓRIA

O sul-africano nasceu na vila de Qunu (Transkei), em 18 de julho de 1918. Filho de Henry Gadla, chefe da tribo Thembu da etnia xhosa, sua vocação para a liderança é atribuída à formação familiar, já que ele foi criado para seguir os passos do pai.

Ao contrário do que previa a tradição, decidiu estudar. Abandonou sua província e foi viver em Alexandra, bairro negro no subúrbio de Johannesburgo.

Casou-se com Evelyn Mandela em 1944, com quem teve dois filhos e duas filhas.
Formou-se advogado pela Universidade de Witwaterrand em 1952 e montou um escritório de advocacia para negros. É nesta época que entra para o Congresso Nacional Africano --movimento nacionalista de luta contra o apartheid.

Em 1960, aumenta a repressão contra o CNA, que nos últimos anos vira crescer sua importância política. O movimento liderava greves e manifestações de desobediência civil. Naquele ano, Mandela consegue autorização do líder do movimento, Albert Luthuli, para montar o que seria o braço armado do CNA, o Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação"). Ainda em 60, o CNA seria banido e passaria à clandestinidade.

Apesar de ter autorizado a criação do grupo, Luthuli, prêmio Nobel da Paz de 1960 e presidente do CNA de 1952 a 1967, nunca defendeu o uso das armas.

Mandela acreditava na luta armada e dizia lutar pela liberdade dos negros sul-africanos. Dentro do movimento, era acusado de ter atitudes contraditórias. Costumava se reunir com seus amigos brancos e asiáticos. Ele dizia: "Não sou inimigo dos brancos, mas de suas leis injustas".

PRISÃO PERPÉTUA

Mandela foi preso em 5 de agosto de 1962 e condenado à prisão perpétua por sabotagem contra o governo, em 12 de junho de 1964.

Quando foi preso, em 1962, Mandela estava casado pela segunda vez com a militante Winnie Madikizela, que conheceu nas reuniões do CNA, em 1956, quando ainda vivia com Evelyn. Casaram-se em 1958 e tiveram duas filhas.

Incomunicável durante 27 anos, Mandela deve a Winnie o início do movimento de luta por sua libertação. Não assistiu ao processo de mitificação de seu nome.

Winnie Mandela sofreu inúmeras represálias. Foi presa e ameaçada, além de processada por envolvimento em atos radicais.
No final da década de 80, Nelson Mandela era o preso político mais famoso do mundo.

FIM DO APARTHEID

O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) exigia, por meio de sanções econômicas, o fim do apartheid. A sociedade branca sul-africana parecia cansada do banimento imposto pela comunidade internacional.
Em 14 de setembro de 1989, assume a Presidência Frederik W. de Klerk. Herdeiro de fundadores do Partido Nacional, ele inicia reformas no regime político. No dia 2 de fevereiro de 1990, legaliza o CNA e, no dia 11, anuncia a libertação de Mandela.
Livre, ele inicia negociações por reformas políticas. Separa-se de Winnie em abril de 1992, após 33 anos de casamento.

Recebeu o prêmio Nobel da Paz, juntamente com o presidente Frederik de Klerk, no dia 15 de outubro de 1993.

Em maio de 1994, ele tornou-se o primeiro presidente negro na história da África do Sul, encerrando o mandato em 1999, sem tentar uma reeleição, como já havia se comprometido ainda antes de tomar posse. Em 2004, ele anunciou que se retirava da vida pública.

Em 2009, as Nações Unidas declararam o dia 18 de julho como o Dia Internacional de Mandela, em que organizações e indivíduos são encorajados a tomar parte em ações humanitárias.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Franco Filho vai embora de Coelho Neto?


                      Veja a mensagem que gerou todo esse equívoco   

Uma mensagem publicada no mural de seu facebook levou várias pessoas a se questionarem a respeito de uma suposta mudança do locutor e apresentador  da Rádio Comunitária Cidade Livre Fm, 87,9 do município de Coelho Neto para a Cidade de Recife-PE
.
Durante todo o dia de hoje (4) o titular deste blog (Blog do João de Sousa) recebeu ligações e mensagens de pessoas querendo saber mais sobre o assunto.

Ao longo de sua permanência em Coelho Neto, Franco Filho fez muitas amizades, de modo que a mensagem dando conta de uma suposta partida do locutor causou tristeza em muitos amigos e fãs do radialista.

Tentamos contato por telefone, mas não conseguimos completar as ligações. Diante disso, entramos em contato com Lima Júnior, presidente da emissora na qual Franco Filho trabalha  e o mesmo nos informou que tudo não passou de um grande equívoco.

Ele nos esclareceu que a mensagem postada no mural do apresentador é de autoria do Senhor Jairo, gerente da Itapagé.

Acontece que no intuito de querer divulgar a mensagem que se encontrava no mural do gerente da empresa em seu fecebook, o apresentador ficou sem internet antes que terminasse de completar a postagem e a mensagem ficou como se fosse de sua autoria.


Feito os devidos esclarecimentos, para a tranquilidade de nossos leitores e amigos do apresentador, o mesmo permanecerá em Coelho Neto e continuará desenvolvendo o seu trabalho na única emissora de rádio que tem autorização da ANATEL para operar no município.

Trabalhador de Coelho Neto venceu o 5º Festival Sesi Música

Trabalhador de Coelho Neto venceu o 5º Festival Sesi Música
A 5ª edição maranhense do Festival Sesi Música, realizada na última sexta-feira (29),  foi marcado por muita emoção. O grande vencedor foi o  técnico em segurança do trabalho Leonardo Jefferson, da cidade de Coelho Neto.
Após uma maratona de oficinas e ensaios, Leonardo Jefferson  foi o escolhido pelo corpo de jurados do festival pela interpretação da música “Anjo”, de autoria de Claúdio Rabello e Renato Corrêa, e que ficou famosa na interpretação do conjunto Roupa Nova. Ele concorreu na Categoria Industriário e ganhou troféu e o prêmio de R$ 2 mil pelo 1º lugar.
Muito emocionado,  grande vencedor da noite, Leonardo Jefferson, disse que se esforçou muito para vencer o Festival e agradeceu a família, que estava na plateia, torcendo por ele. “Fiz uma preparação boa para esta ocasião. Esta foi uma grande oportunidade para mim”, disse ao receber o prêmio.
A segunda colocação foi de Lamuel Kesley Sá Gomes, da empresa de Imperatriz Franco Engenharia. Ele ganhou troféu e R$ 1,5 mil pela interpretação da música “O tempo”, da Oficina G3. Esta é a segunda vez que Gomes leva o segundo lugar do Festival Sesi Música para casa: em 2012, ele também ganhou o 2º lugar, interpretando a música gospel Naves Imperiais.
Já em terceiro ficou o trabalhador da indústria Francisco Glaydson, da empresa de engenharia Granville e Bazan Ltda., de Bacabal que interpretou o sucesso maranhense, “Ilha Magnética”, composta pelo cantor e compositor César Nascimento. Ele recebeu troféu e o prêmio de R$1 mil.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Imagens do dia

Mais de dois anos assim e piorando a cada dia que passa sem que o inerte "Governo de Todos" do prefeito Soliney Silva resolva a situação. É muita incompetência administrativa, gente!







segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Click: Parabéns Anna Leide!!


Quem está comemorando mais um ano de vida e recebendo as felicitações de amigos e familiares neste 2 de dezembro é a jovem senhora, Anna Leide. Neste dia mais que especial o blog deseja-lhe toda felicidade do mundo.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Dilma cresce e oposição encolhe, aponta Datafolha


Folha de S. Paulo


De junho para cá, os pré-candidatos a presidente fizeram o possível para recuperar a popularidade perdida por causa do abalo provocado pelas manifestações de rua em todo país. Por enquanto, só a presidente Dilma Rousseff segue em trajetória ascendente. A oposição oscila entre bons e maus momentos, e agora encolheu um pouco mais, segundo o Datafolha.


Dilma ou seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, ambos do PT, lideram a corrida presidencial em todos os cenários mais prováveis para 2014 --o Datafolha testou nove combinações de nomes.

A presidente pontua de 41% a 47%, dependendo de quem são seus adversários. Lula oscila de 52% a 56%.

O Datafolha entrevistou 4.557 pessoas em 194 municípios na quinta e na sexta-feira. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Apesar do conforto momentâneo que oferecem a Dilma, os eleitores emitem um sinal contraditório para a petista. Dois terços dizem preferir que "a maior parte das ações do próximo presidente seja diferente" das adotadas por ela.

Entre todas as simulações com os nomes dos pré-candidatos, o cenário que parece mais provável hoje é também aquele em que Dilma está mais bem colocada. Ela tem 47% contra 19% de Aécio Neves (PSDB) e 11% de Eduardo Campos (PSB). Em outubro, ela pontuava 42%. O tucano tinha 21% e o socialista, 15%.

Nesse cenário, o percentual de eleitores que vota em branco, nulo ou que se diz indeciso ficou inalterado em 23%, de outubro até agora. Ou seja, a petista cresceu extraindo votos dos dois adversários diretos nesse período. Ganharia no primeiro turno.

A presidente só não venceria hoje a eleição na primeira votação nos cenários em que Marina Silva aparece como candidata. Ocorre que a ex-senadora se filiou ao PSB e não é certo que vá concorrer como cabeça de chapa nas eleições do ano que vem.

Numa das simulações, a petista fica com 41% contra 43% dos outros dois adversários somados (Marina registra 24% e José Serra 19%). Mas Dilma está se recuperando. Em outubro, tinha 37%, contra 28% de Marina e 20% de Serra.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, testado num dos cenários, aparece com 15%, numericamente em segundo lugar. Dilma, com 44%, venceria no primeiro turno. Aécio teria 14%. Campos, 9%.

Diferentemente de Dilma, o ex-presidente Lula venceria a disputa no primeiro turno nos quatro cenários em que seu nome aparece --inclusive contra Marina e Serra.
Editoria de arte/Folhapress 





'Esperança eu não tenho, meu pai não vai durar na prisão', diz filha de Genoino


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MARINA DIAS
DE SÃO PAULO
MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA
Ouvir o texto

Miruna Kayano Genoino se lembra com detalhes da tarde em que seu pai reuniu a família e comunicou: "Lula pediu para eu ser presidente do PT e vou fazer isso porque esse projeto precisa funcionar". O ano era 2002 e Luiz Inácio Lula da Silva tinha sido eleito presidente da República.

Filha do deputado federal licenciado José Genoino, a professora de 32 anos diz que o pai não tem arrependimentos. O petista foi condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha no mensalão e, segundo Miruna, acredita que, "se esse é o preço que tem que pagar para que o projeto do governo Lula e Dilma funcione, ele paga".

Genoino foi preso em 15 de novembro e levado ao Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, para cumprir pena em regime semiaberto. Após uma semana, teve uma crise de pressão alta, foi levado ao hospital e de lá seguiu para a casa da filha Mariana, onde espera o Supremo Tribunal Federal analisar seu pedido de prisão domiciliar.

"Meu pai não tem esperanças de que isso aconteça", disse Miruna à Folha. Leia a seguir trechos da entrevista.
Adriano Vizoni/Folhapress
Retrato de Miruna Genoino, filha de Jose Genoino, preso no processo do mensalão, durante a primeira entrevista exclusiva que ela concede
Miruna Genoino, filha de Jose Genoino, preso no processo do mensalão, durante a primeira entrevista exclusiva que ela concede
*
Julgamento e prisão

O momento mais difícil para o meu pai foi quando ele foi condenado. Durante o julgamento ele tinha esperança de ser absolvido. [Os elogios de alguns ministros antes de condená-lo] só o deixavam mais irritado. Era como se fosse um afago para depois meter a faca. Isso, hipócrita.


A prisão não teve o elemento surpresa. Por um lado, quando chegou a notícia, conseguimos respirar. Estávamos vivendo uma situação insustentável com o cerco da imprensa, os repórteres e fotógrafos querendo tirar fotos de tudo. O que vivi como mãe não desejo a ninguém. Posso entender que queiram tirar foto dele se entregando, mas não entendo o desejo de tirar fotos de dois menores de idade indo visitar o avô [os filhos de Miruna têm 5 e 7 anos]. Quando chegou a notícia, foi quase "vamos começar com essa porcaria de uma vez".

Preso político

Meu pai está proibido de emitir opinião, de dar entrevistas, e dizem que ele não é preso político. Então por que ele não pode falar? É preso político, sim. Meu pai foi condenado porque era presidente do PT.


Lembro da vez em que ele se sentou na sala com a gente e falou: "Olha, o Lula pediu para eu ser presidente do PT e vou fazer isso porque esse projeto precisa funcionar".

Às vezes, eu penso que se a gente tivesse falado alguma coisa... Mas não, ele não tem arrependimentos. Nenhum. Ele fala que, se esse é o preço que tem que pagar para que o projeto do governo Lula e Dilma funcione, ele paga.

Saudade

Estou sentindo muita saudade dele, muita mesmo. Na semana passada foi a apresentação de dança da minha filha e só estava eu para assisti-la [chora]. E isso nunca mais vai voltar. Ele nunca mais vai ver essa apresentação.


É difícil porque tenho uma ligação muito forte com meu pai, e o que acontece com ele é como se estivesse acontecendo aqui [coloca a mão em cima do coração e chora ainda mais], como se ele estivesse dentro de mim. Aí a minha mãe vai tentando ajudar a gente. Ela fala: "Você não é ele". Quando tive meus problemas pessoais este ano, ela também falava para o meu pai: "Você não é ela, calma"
.
Doença

Em julho deste ano meu pai estava com minha mãe e meus filhos em Ubatuba [litoral de São Paulo] e passou mal [foi submetido à cirurgia para corrigir uma dissecção na aorta]. Eu estava viajando. Faço mestrado na Argentina, e passei a noite no avião sem saber se meu pai estava vivo ou morto.


O que mais dói é que foi tão difícil o que nos aconteceu naqueles dias, meu pai tinha só 10% de chance de sobreviver e, graças a Deus, ele venceu. Agora questionam se a gente está usando a doença dele como estratégia. Isso é muito duro porque, se eu pudesse escolher, mesmo com meu pai preso e a gente longe dele, se ele estivesse bem de saúde, eu escolheria isso.

'Querem nos destruir'

Só não larguei o mestrado por causa dele. Soube da aprovação dias depois da condenação [novembro de 2012]. Ele me disse: "Querem nos destruir e você não pode permitir. Você vai continuar lutando e fazendo as suas coisas porque não podem nos apagar".


Se você me perguntar quem é o sujeito do "querem", de cara vou falar que a mídia teve muito a ver com isso. Meu pai teve muitas decepções. Mas com a mídia ela foi devastadora, o coração dele começou a rasgar ali. Ele tem uma mágoa profunda, uma dor com tudo o que é publicado. Quando os jornalistas ficam lá fora de casa, essas manchetes, essa agressividade, esse recorte da realidade é um punhal para ele.

Vontade de morrer

Depois da cirurgia, meu pai se perguntou: "Por que a vida não me levou?" Ele não tinha medo de morrer, mas se questionou muito. Na época da ditadura, ele não tinha nada a perder, mas hoje ele tem os filhos, os netos e minha mãe.


Solidariedade

Lula, Dilma e o PT sempre tiveram solidariedade com o meu pai. E eu só estou falando isso aqui porque se tiver uma pessoa --e só uma-- que ache que ele esteja fingindo e, depois de ler essas minhas declarações, mude de ideia e se convença que ele está mesmo doente e precisa de cuidados, para mim já vai ser suficiente.


Laudo médico

Meu pai passou mal na Papuda e precisou ir para o hospital em Brasília. Ele teve uma alteração de pressão que durou dois dias. Nós tínhamos quatro laudos dizendo que a situação era grave. Quando chegou a junta médica do STF já era o final de dois dias no hospital. É claro que a pressão tinha baixado. Ali ele estava medicado e com a família.

Minha pergunta é: esses médicos foram na Papuda? Foram ver a alimentação do meu pai na prisão? Viram que na Papuda não tem plantão médico noturno? Foram ver? Não foram. E eles se sentiram autorizados a dizer que meu pai não precisa ficar em casa.

Companheiros de cela

Já falei que se eu tivesse mil vidas e durante todas elas eu ficasse dizendo "obrigada" não seria suficiente para agradecer ao José Dirceu e ao Delúbio [Soares] por tudo o que eles estão fazendo pelo meu pai. Porque se teve alguém que cuidou do meu pai foram o Zé Dirceu e o Delúbio.


Eles foram atrás de água mineral para o meu pai parar de beber água da torneira. Insistiram e a polícia levou. É por isso que meu pai deve querer ficar na Papuda caso o STF não dê a domiciliar. Eles não querem se separar.

Próximos dias

Esperança eu não tenho. O único dia em que minha mãe perdeu a cabeça foi quando ele passou mal e o médico disse que ele precisava ir ao hospital, mas o juiz não autorizou. Ela gritou, chorou, ficou nervosa, se descontrolou.


Quando as pessoas falam que ele vai ficar alguns meses no semiaberto e depois já pode pedir progressão da pena, penso que não sei como ele vai chegar. Em uma semana eu vi como ele piorou, como eu vou pensar em meses? Oito meses? Ele não vai durar isso na prisão. Não vai.

Click: Feira do Conhecimento do 6° ao 9° ano das escolas municipais de Coelho Neto 2013
















Paul Walker morre aos 40 anos de idade em acidente de carro

FAMOSOS


O ator Paul Walker morreu no sábado à tarde (30) após um acidente de carro na região norte de Los Angeles, nos EUA, como informou em primeira mão o site TMZ.
O astro de “Velozes e Furiosos” estava em um Porsche quando o motorista perdeu o controle e bateu o carro. A colisão fez com que o veículo pegasse fogo.
A outra pessoa que estava no carro com Paul Walker também faleceu. O TMZ também informa que os policiais de Los Angeles estão indo ao local para avaliar o ocorrido.
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A foto acima foi postada no Twitter por pessoas que presenciaram o acidente.
Paul Walker estava em Santa Clarita para uma exposição de carros em um evento beneficente para arrecadar fundos para a tragédia nas Filipinas. O ator estava levando amigos para passear no Porsche GT durante os dias pela cidade.
[Atualização]: assessor de Paul Walker confirma a morte
Na atualização do Facebook oficial do ator, a assessoria confirmou:
“É com o coração cheio de pesar que temos que confirmar que Paul Walker faleceu hoje em um trágico acidente de carro enquanto participava de um evento de caridade para a sua organização Reach Out Worldwide. Ele era o passageiro no carro de um amigo e ambos perderam suas vidas.”
No Twitter oficial do ator a morte também foi lamentada:
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[Atualização]: as fotos da tragédia
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[Atualização]: Foto de Paul Walker antes do acidente
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No Facebook do empresário Bill Townsend, ele mostra a foto com Paul Walker antes do acidente. “Eu estava com ele 2 ou 3 horas atrás. Falamos de carros e ele estava feliz por ver todos os seus amigos reunidos e falando de carros.”
POR PHELIPE CRUZ EM 01/12/2013 0:30

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Dilma, Lula e PMDB tentam resolver crises em sete estados

O Globo


BRASÍLIA e SÃO PAULO— A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, além do presidente do PT, Rui Falcão, vão se reunir com a cúpula do PMDB, amanhã, em Brasília, para tentar resolver problemas entre os dois partidos em sete estados: Rio de Janeiro, Maranhão, Minas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná e Paraíba. Essas divergências afetam o projeto de reeleição da presidente e, em alguns casos, asseguram palanques para dois adversários: o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o senador Aécio Neves (MG).

A situação mais complicada é no Rio: o governador Sérgio Cabral (PMDB) não aceita que a presidente tenha quatro palanques — Luiz Fernando Pezão (PMDB), Lindbergh Farias (PT), Anthony Garotinho (PR) e Marcelo Crivella (PRB). Para apoiar a reeleição de Dilma, Cabral quer a retirada da candidatura de Lindbergh e um palanque único para Dilma no estado, o de Pezão. Cabral ameaça apoiar Aécio.
O diretório do Rio é o que tem mais peso (15% dos votos) na convenção nacional do PMDB, instância que decidirá se o partido apoiará a reeleição de Dilma. A cúpula nacional do PMDB, que não tem boa relação com Cabral, minimiza a ameaça do governador, dizendo que seu apoio mais atrapalha do que ajuda, devido a seu alto índice de rejeição. Para esses dirigentes do PMDB, Cabral não tem como impor condições para a aliança nacional.
No Maranhão, a direção nacional do PT deve forçar a aliança com o PMDB da família Sarney, embora o PCdoB cobre apoio à candidatura do presidente da Embratur, Flávio Dino, que também tem conversado com Eduardo Campos.
Na quinta-feira, o senador José Sarney (PMDB-AP) teve audiência com Dilma. Ele afirmou que a conversa foi sobre obras no Amapá, sem relação com as eleições, até porque, segundo ele, o apoio do PT ao PMDB no Maranhão estaria assegurado:
— O grupo que nos apoia (no PT) ganhou (o comando do diretório regional), então não há problema mais — disse.
Mas o resultado da eleição do PT no Maranhão está em litígio. O atual presidente, Raimundo Monteiro, pró-Sarney, proclamou sua reeleição. Mas seus adversários não reconheceram o resultado e fizeram um segundo turno à revelia da direção nacional, que não autorizou nova votação. O tema será discutido pela Executiva Nacional do PT na próxima terça-feira.
Em Minas Gerais, peemedebistas não aceitam vaga para o Senado
Na reunião de amanhã, provavelmente na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República em Brasília, também será discutida a situação política em Minas. O PMDB ensaia candidatura própria porque não se contenta com a vaga de senador na chapa de Fernando Pimentel (PT), que disputará o governo. Em 2014, só haverá uma vaga para o Senado em disputa, e é dada como certa a eleição do atual governador Antonio Anastasia (PSDB).
No Ceará, o quebra-cabeça envolve o governador Cid Gomes (PROS), que deixou o PSB para apoiar a reeleição de Dilma. O PT apoiará o candidato que ele lançar à sua sucessão, mas também tenta compor com o líder do PMDB, senador Eunício Oliveira, que disputará o governo estadual. Eunício ameaça fechar aliança com o PSDB, se não tiver apoio do PT.
No Paraná a tendência do PMDB é apoiar a reeleição do governador Beto Richa (PSDB), que ofereceu a vaga de vice para o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR). Já a ministra Gleisi Hoffman (Casa Civil), que disputará o governo pelo PT, quer que o PMDB lance a candidatura do senador Roberto Requião ao governo e, assim, tentar levar a eleição para o segundo turno.
No Mato Grosso do Sul já está claro que não haverá aliança entre os dois partidos, mas há restrição, tanto no PT quanto no PMDB, às negociações do senador Delcídio Amaral (PT). Candidato ao governo, ele quer uma aliança com o PSDB.
Raupp admite dificuldades
Na Paraíba, o PMDB deseja o apoio do PT à candidatura de Veneziano Vital do Rêgo, ex-prefeito de Campina Grande. Ele é irmão do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que deve assumir o Ministério da Integração Nacional, em janeiro.
Representantes dos dois partidos têm feito rodadas de conversas, mas é a primeira vez que Lula participa diretamente com Dilma. Ele tem feito conversas isoladas, assim como Dilma. As reuniões para tratar de palanques estavam centralizadas no vice-presidente do PMDB, Valdir Raupp, e no presidente do PT, Rui Falcão.
— Essa reunião é continuidade das primeiras que tivemos. Avançamos em alguns locais, como no Pará. Em outros, não tem como estarmos juntos, como no Rio Grande do Sul e na Bahia. Vamos continuar conversando. Essas coisas não são fáceis — disse Raupp.
No Pará, apesar do desejo de candidatura própria, o PT apoiará Helder Barbalho (PMDB), filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), ao governo. Lula enquadrou o PT no estado.
Para Campos, acordos locais devem ajudar projeto nacional
Em um cenário de dificuldades entre PSB e Rede na definição de palanques estaduais, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pré-candidato socialista à Presidência, afirmou ontem que a prioridade da sigla é o projeto nacional. Segundo Campos, as decisões regionais serão tomadas em benefício da candidatura presidencial.
As duas siglas enfrentam indefinições em estados como São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais, nos quais o PSB defende alianças com palanques fortes, e a Rede prega candidaturas próprias.
Ontem, dirigentes da Rede e do PSB participaram de lançamento do portal Mudando o Brasil, para formulação do programa de governo.
— O debate regional virá depois do debate nacional. Não vamos atropelar direção regional nenhuma. Vamos respeitar o diálogo dentro do partido em cada estado. Agora, está muito claro que a prioridade é o projeto nacional. Em torno disso, vamos descer para fazer em cada estado posicionamentos que mais ajudem o projeto nacional — disse.
Se não houver consenso entre os grupos, as siglas já admitem tomar rumos distintos nas disputas estaduais, mas a direção do PSB tem atuado para evitar rupturas regionais com a Rede. As duas legendas, que já se reuniram em outubro para traçar um mapa eleitoral, terão novo encontro este ano para evitar confrontos estaduais.
Márcio França, dirigente do PSB de São Paulo, defendeu uma aliança no estado com o PSDB. Marina Silva, por sua vez, pregou candidatura própria no estado.