quinta-feira, 10 de maio de 2012

Vice-prefeito de Coelho Neto mencionado pela Polícia Federal no esquema do bicheiro Cachoeira

Agência de Notícias da PF

      Demóstenes Torres                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            Vice-prefeito de Coelho Neto  

Demóstenes Torres e Marconi Perillo participaram em 2007 da articulação política no Congresso para acelerar a outorga de funcionamento a uma empresa do grupo do bicheiro

JOSIE JERONIMO

Em parceria combinada, Marconi assumiu a relatoria da proposta e, em seguida, deu lugar a Demóstenes, como relator ad hoc, para reforçar a pressão da bancada de Goiás na agilidade da tramitação da matéria. Por meio de sua assessoria, Perillo respondeu que na época em que era parlamentar, apoiou a legalização de várias emissoras de rádio. “O governador Marconi Perillo não se recorda, em detalhes, deste assunto. Precisaria de tempo para fazer as verificações. De qualquer maneira, ele afirma que apoiou a legalização de várias emissoras de rádio, interessado que sempre foi em dinamizar e qualificar a rede de comunicações no país, em gerar empregos e no crescimento empresarial da área”, afirma a nota. A assessoria de Demóstenes foi procurada, mas não deu retorno até o fechamento desta edição.

A rádio Fundação Nelson Castilho é citada no inquérito da Operação Monte Carlo como o braço de Cachoeira na área de comunicações, dentre o emaranhado de empresas constituídas para dar suporte às atividades criminosas do contraventor. De acordo com as investigações, a Fundação Nelson Castilho, a Rádio Mega FM e a Rede Brasiltur de Televisão são de responsabilidade do cunhado de Cachoeira, Adriano Aprígio de Souza, considerado o principal laranja do bicheiro.

Pendências

Apesar de não constar nos registros da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Rádio Mega FM, do grupo de Cachoeira, está em funcionamento no município de Goiatuba, distante 170km de Goiânia. Fazem parte da sociedade da Mega FM o cunhado de Cachoeira e André Teixeira Jorge, o Deco, apontado nas investigações da Polícia Federal como o motorista de Cláudio Abreu, ex-diretor da construtora Delta.

O Correio procurou o diretor da Mega FM, Luiz Okamoto, para questionar a legalidade da rádio do grupo Cachoeira, mas ele não se pronunciou. Okamoto também foi flagrado nos grampos da Operação Monte Carlo, relatando ao contraventor reunião que teve com o deputado Sandes Júnior (PP-GO). Na conversa, os dois mencionam suposto pedido de Demóstenes e acertam encontro para discutir a pendência. A sociedade da Rede Brasiltur de Televisão, empresa que também opera apesar de não ter conquistado outorga junto a Anatel, é composta pelo cunhado de Cachoeira, o motorista do ex-diretor da Delta e Sérgio Ricardo Viana Bastos, que é vice-prefeito do município de Coelho Neto (MA).

A legalidade das empresas de comunicação de Cachoeira já foi questionada em instâncias como o Ministério Público Federal e o próprio Ministério das Comunicações. A 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF apura a constituição de cartel, prejudicando processos licitatórios e a Secretaria de Serviços de Comunicação registrou que a Fundação Nelson Castilho “não foi localizada no endereço de correspondência constante no ministério.”


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Delta Construções quer receber quase R$ 1 bilhão de governos


O Globo


Carlos Alberto Verdini, novo presidente do Conselho de Administração da Delta Construções
Foto: O Globo / Fabio Rossi

Carlos Alberto Verdini, novo presidente do Conselho de Administração da Delta Construções O Globo / Fabio Rossi
RIO - Presidente-tampão da Delta, o engenheiro Carlos Alberto Verdini afirmou nesta quarta-feira que a construtora, envolvida no escândalo Cachoeira, tem “direito adquirido” sobre os contratos já assinados com o poder público. Ocupando o lugar de Fernando Cavendish, que se retirou do comando para negociar a transição, Verdini diz que, caso a Delta seja considerada inidônea pelo Tribunal de Contas da União, seria “legítimo” ajuizar uma ação judicial. Ele disse, no entanto, não acreditar que isso acontecerá. Segundo ele, a empresa, que tem hoje R$ 4,5 bilhões em 200 contratos com União, estados e municípios, é credora de R$ 900 milhões nesses contratos. Verdini relutou em falar sobre a operação de venda da Delta para a J&F Holding.

O GLOBO: Como os governos federal, estadual e municipais, que são clientes da Delta, estão se comportando diante das denúncias que pesam sobre a empreiteira?

CARLOS ALBERTO VERDINI: Alguns deram uma parada para fazer auditagem e já estão começando a pagar. Não temos medo de auditagem. Todos os contratos são fiscalizados. O cliente é obrigado a fiscalizar. E as concorrências foram feitas. Uma questão é que, como fizeram um estardalhaço, cria um certo receio na conjuntura atual; quem está com a caneta, na hora de dar a canetada final, fica com medo.

A CGU pode declarar a empresa inidônea. Como o senhor vê isso?

VERDINI: Estamos fazendo um trabalho para levar à Casa Civil, mostrando nossa defesa. Uma coisa é: uma estrada depois de feita ficou com um buraco. É preciso saber se foi mal executado ou se foi erro de projeto: 99% são erro de projeto. Porque tudo é feito em cima de projeto básico. Agora é que o Dnit, em função da troca de diretoria, declarou que todos os projetos serão feitos em cima de projetos executivos. O projeto executivo leva um ano, no mínimo, para ser feito. E a responsabilidade é do gestor. Quando a gente entra na concorrência, executa o projeto que é oferecido ali.

O senhor teme que a CGU decida pela inidoneidade da Delta?

VERDINI: Essa hipótese não passa na minha cabeça. Primeiro, porque somos muito grandes. Você não pode tirar da Delta e dar a qualquer um. É direito adquirido. Primeiro, tem de gerar um momento para rescisão. Tem de fazer o encontro de contas. E depois vai ter de licitar. Esse processo é demorado. Tenho certeza de que, ao licitar, você vai contratar por um preço mais alto do que é praticado hoje. E as obras vão ficar paradas. Vai atrasar todos os cronogramas. Não é uma coisa fácil de ser executada. É direito adquirido da Delta. Nós ganhamos as licitações. Você vai ter de provar que estou errado para rescindir meu contrato. Eu posso ir para a Justiça e dizer: “eu não concordo”. E vai ficar uma discussão até chegar a um determinado fim, para então licitar aquela licitação específica.

Estamos falando de que universo de contratos? E de que valores?

VERDINI: Estamos tocando hoje 200 contratos, em 25 estados. O saldo desses contratos hoje é de R$ 4,7 bilhões. Temos a receber hoje R$ 900 milhões, sendo R$ 450 milhões já no caixa. E R$ 450 milhões em tramitação de medição e faturamento. Isso em todas as esferas de governo.

Como o senhor viu o envolvimento do seu nome com o dos homens do contraventor Carlinhos Cachoeira?

VERDINI: Dizer que tenho relacionamento com uma pessoa que tenta falar comigo e não fala, e que diz que tenho uma amizadezinha... Isso é perder tempo. Eu o conheci (o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Araujo, o Dadá, flagrado em escuta da PF citando o empresário) quando fui ao escritório de Brasília. Estava cuidando do projeto do trem- bala e precisei ir a Brasília. No escritório, o Claudio Abreu estava com ele e me apresentou. Morreu o assunto. Naturalmente, devia estar querendo, como diz lá (na escuta da PF), queria contratar uma empresa e me procurou para ver se eu ajudava. Ele não falou comigo. E eu não retornei a ligação.

O senhor conhecia o Claudio Abreu? Foi surpreendido com a série de denúncias contra ele?

VERDINI: Ele trabalhava na empresa. Todo mundo ficou surpreso. Foi surpresa geral porque ele era uma pessoa trabalhadora e idolatrava a empresa. A Delta em primeiro lugar. Ele colava nas paredes o slogan “ame-a ou deixe-a”.

E se o senhor for convocado à CPI?

VERDINI: Parece que já fizeram um requerimento, mas não tenho medo.

A empreiteira deixou de fazer aportes em obras como a do Maracanã, uma das quais deixou?

VERDINI: Precisávamos preservar o caixa. Nós vinhamos aportando e discutindo, mas chegou o momento em que resolvemos de vez o assunto. Tanto que ainda temos dinheiro a receber pelo serviço executado. Em torno de R$ 40 milhões. Executamos os serviços juntos e cada um tem a sua parcela. E a nossa parcela era 30%.

E qual é a participação do dono, Fernando Cavendish, na empresa? Não no processo de venda, já que o senhor prefere não falar deste assunto. Mas qual o papel dele no cotidiano da empresa? Ele está afastado?

VERDINI: Totalmente afastado. Foi uma decisão que se tomou para que não houvesse interferência na auditoria que está sendo feita. Isso mostra, ao mesmo tempo, que nós atuamos na própria carne de pronto. Afastamos outros diretores envolvidos.

Mas acontece um afastamento do próprio dono da empresa?

VERDINI: Mostramos que seria melhor para ele e para nós que ele se afastasse. Porque hoje, infelizmente, coitado, ele está sendo tratado como persona non grata, com vários adjetivos. Como é que ele vai chegar a dizer: minha empresa não é assim, não fiz isso, não fiz aquilo. Foi fruto de muita discussão. E infelizmente me escolheram.

Há quanto tempo o senhor está na empresa?

VERDINI: Estou há nove anos na Delta. Trabalhei 14 anos na Queiroz Galvão e 13 na Camargo Corrêa. Trabalhei ainda um ano na Embratel, no início da carreira. Mas, é como se diz, tem que assumir. Não devo nada a ninguém. Não tenho medo de assumir desafios. E, modéstia à parte, acho que tenho competência para poder tocar a empresa. Tenho certeza de que vamos sair dessa, até para melhor.

O resultado dessa auditoria no Centro-Oeste...

VERDINI: Olha, estamos fazendo auditoria no Centro-Oeste e no país inteiro. Estamos fazendo dois tipos de auditoria. Uma para apurar o fato e outra interna, financeira. Isso vai ser encaminhado para a CPI porque é o que vai dizer de fato o que aconteceu. Até agora, todo mundo só fala, fala, fala, fala, mas não tem nada de concreto.

Mas mesmo se a empresa for vendida? Muda alguma coisa nas decisões?

VERDINI: Não sei te dizer. Não sou eu que estou participando. Se eu tivesse participando, diria com o maior prazer. Até para explicar para dentro, pois está todo mundo me perguntando. Mas essa é uma decisão do acionista que tem que ser respeitada.

O senhor falou de direitos adquiridos de qualquer empreiteira com contratos com o poder público, e que a declaração de idoneidade não é uma coisa simples...

VERDINI: É. Tem que ter um processo, ele é demorado. E outra coisa: não é simplesmente dizer que você está inidôneo. Você pode pode afirmar isso pelo fato x, mas eu tenho direito de me defender, de provar que eu estou certo.

O senhor está dizendo que, em tese, isso pode resultar em uma ação judicial?

VERDINI: Claro. Porque é legítimo. Isso é normal. Você tem o direito de defesa em qualquer circunstância.

O Maranhão e o Brasil perdem Neiva Moreira

Blog do Robert Lobato



Neiva Moreira

O ex-deputado federal e jornalista Neiva Moreira, 95 anos, um dos grandes nomes do cenário politico do país, morreu nesta madrugada de quinta-feira (10/05) por vota de 1h em São Luis. Neiva estava internado no Hospital UDI, após complicações respiratórias.
O corpo do velho combatente trabalhista será veleado na sede estadual do PDT a partir das 10h. O sepultamento está previsto para às 16h no cemitério do Gaveão.
Com o seu falecimento, Neiva Moreia sobe para o andar de cima para encontrar-se com amigos pedetistas de longas datas como Leonel Brizola, Darcy Ribeiro e Jackson Lago.
À família, amigos e à militância pedetista maranhenses os mais sinceros sentimentos de pesar do blog.
Abaixo, homenagem da companheira de Neiva Moreira “por quase três décadas de caminhada”, Beatriz Bissio.

NEIVA MOREIRA POR BEATRIZ BISSIO


Beatriz Bissio

Acabo de saber por minha filha Micaela que o Neiva Moreira – seu pai, meu companheiro de caminhada por quase três décadas – está internado no Hospital São Domingos, em São Luis, e que o seu estado inspira muitos cuidados.
Escrevo para aliviar o meu sentimento de dor diante do quadro, diante de um desenlace que sabemos que um dia chegará, mas diante do qual todos sentimos a mesma impotência e perplexidade.

Um deselace que nos abre tantos interrogantes sobre o sentido da vida e da morte, e nos coloca a necessidade de fazer balanços e retrospectivas…
Nestos momentos a pergunta que mais martela na miha cabeça é: qual deveria ser a punição por matar um sonho? Que pena merece quem nos tira o sonho que nos alimenta a vida?
Pode parecer a primeira vista uma pergunta pouco pertinente, mas não é. Quem conhece o Neiva sabe de seu amor ao Maranhão; sabe que o Maranhão foi o eixo em torno do qual ele teceu a sua vida pública e sua militância política.

Quando eu o conheci, no exilio do Uruguai, entre as primeiras coisas que fez questão de me apresentar do Brasil estavam o doce de buriti e o guaraná Jesus – que ele recebia através das visitas anuais de sua irmã Gel, do filho Antonio Luis e da sobrinha Memélia – e a “Canção do Exílio”, do poeta maranhense Gonçalves Dias, que ele recitava como se fosse de sua autoria, tal a identificação que sentia com aqueles versos, principalmennte com os que enfatizava sempre:

“Não permitaDeus que eu morra, sem que eu volte para lá”… Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.(…) Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu’inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.
Quando finalmente o Neiva voltou do exílio, após a anistia, fez questão de optar por uma conexão aérea no mínimo exótica, com uma escala no Amazonas, para viajar diretamente do México ao Maranhão, sem passar primeiro pelo Rio nem por São Paulo…

Essa devoção ao Maranhão, que sonhava democrático e livre!, livre da pesada carga que lhe tinham imposto gerações de políticos elitistas e corruptos, contra os quais ele sempre se insurgira, primeiro como jornalista e, depois, como político que representava uma renovação na atrasada geografia política local, teve um desfecho feliz quando Neiva Moreira entrou ao Palácio dos Leões, em janeiro de 2007. Pelo braço do amigo, irmão, companheiro de lutas, Jackson Lago e das forças políticas que o tinham conduzido à vitória, Neiva Moreira recebia a mais clara demonstração de que a sua vida de luta – a prisão, o exílio – tinham valido a pena. As sementes de rebeldia que ele tinha ajudado a plantar estavam dado frutos…

Jackson Lago nomeou Neiva Moreira o seu assessor especial e o colocou perto dele, no Palácio dos Leões, numa sala por onde passavam prefeitos, deputados, amigos, correligionários, e até adversários políticos, que ele sempre atendia prontamente e ouvia com extrema paciência, buscando encaminhar da melhor forma possível as suas reivindicações, sugestões ou mesmo críticas.

Vieram depois dias tenebrosos e inesquecíveis: a canalhice e a mesquinharia, a corrupção e a mentira tomaram conta dos destinos do Maranhão. Mais uma vez, o Neiva acompahou a resistênci. Mesmo com a saúde já debilitada, esteve no Palácio dos Leões, resistindo junto ao amigo e irmão Jackson Lago, até o desfecho.
Quando saímos do Palácio dos Leões, acompanhando Jackson Lago, naquele dia que ficará para sempre gravado na nossa memória e que s historiadores do futuro chamarão DIA DA VERGONHA – porque um governador dignamente eleito foi tirado do cargo em nome da lisura eleitoral pelo grupo político que mais pisoteou na história deste país todo o que pode ser lisura!!!! – eu tive a nítida sensação de que aquilo que para qualquer um de nós era um dia profundamente doloroso, para o Neiva era como uma sentença de morte! Senti que muitos de nós talvez teriamos tempo, ainda, de ver germiar as sementes da rebeldia e de ver o povo do Maranhão dando a sua resposta a esse ato covarde que teve a chancela da Justiça.

Mas, senti que para o Neiva o tempo não era o mesmo e que ele percebia isso nitidamete. Do alto de seus mais de 90 anos, ele sabia que dificilmente chegaria a ver o dia em que novamente o povo do Maranhão tomaria o destino nas suas mãos.
De lá para cá, o Neiva mergulhou nas lembranças do passado, buscando nelas o alivio para o peso do presente. Voltou a viver com intensidade os anos de juventude, as lutas que ele protagonizou junto a homens e mulheres que tanta falta nos fazem hoje – Brizola, Dona Neuza, Darcy Ribeiro, João Goulart, Edmundo Moniz, Luiz Carlos Prestes, Maria Aragão, Brandão Monteiro, Doutel de Andrade, Lysaneas Maciel, e tantos outros que já não estão mais entre nós e que semearam este pais de sonhos de futuro.

Ao tirar o mandato do Jackson Lago, o grupo de forças políticas do Maranhão que representa o atraso estava tirando do Neiva o sentido de sua vida! Tinham apunhalado o seu maior sonho: o de viver para ver o novo Maranhão germinar!! E, sem alimento para a sua alma inquieta, ele começou a definhar…
Diante da notícia de seu estado de saúde, esta foi a forma que encontrei de prestar-lhe homenagem!
Querido Neiva: seu sonho não morrerá!Nós não vamos esquecer as suas lições de vida e continuaremos a lutar por seus ideais.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Portal Coelho Neto.com de novo visual



Os leitores do Portal Coelho Neto.com  serão agraciados nos próximos dias com novo visual. O site está passando por mudanças com objetivo de melhorar cada vez mais. O resultado poderá ser conferido pelos leitores logo mais. Tive o privilégio de ser um dos primeiros a conhecer as mudanças efetuadas e  o resultado me agradou bastante. Entre as novidades está um menu suspenso onde os leitores poderão de forma rápida e prática acessar às várias  categorias de notícias.
Em conversa com o proprietário do site, Daniel,fui informado de que já no próximo sábado(12) os leitores poderão conferir o novo visual do Portal.
O site é o mais acessado no município de Coelho Neto e trabalha em parceria com alguns blogs de Coelho Neto e região.

Parabéns a todos que fazem o Portal Coelho Neto.com

Advogado diz que Google retirou imagens e Dieckmann retomou rotina


G1 

Carolina Dieckmann (Foto: Guto Maia/Brazil Photo Press/AE) 
Carolina Dieckmann na manhã de segunda (7)
(Foto: Guto Maia/Brazil Photo Press/AE)

A defesa da atriz Carolina Dieckmann informou, na manhã desta quarta-feira (9), que não vai entrar com ação inibitória na Justiça contra a empresa Google pela exibição das fotos em que a atriz aparece nua. Segundo o advogado de Dieckmann, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, técnicos que trabalham no seu escritório constataram, nesta manhã, que o site de buscas retirou as imagens do ar.

“A informação técnica que eu tenho é que houve sim uma ação do Google no sentido de atender esse pleito de não expor a intimidade da atriz. Evidentemente, com essa atitude fica demonstrada a boa vontade e a postura responsável da empresa. Em função disso, não vou entrar com a ação, que já estava pronta. Isso é bom para evitar a sobrecarga do Judiciário com esse tipo de questão”, ressalta Kakay.
Procurada pelo G1, a assessoria do Google Brasil mantém a posição de não se pronunciar sobre casos específicos.

Reunião com o Google

O G1 fez uma busca às 9h50 no nome da atriz e algumas imagens permaneciam na web. O advogado de Dieckmann explicou que a maior parte das imagens foi retirada do ar . "O acesso imediato já foi retirado, mas as chamadas mídias sem rosto, que são aquelas que muitas vezes você não consegue identificar, ainda continuam". Kakay disse ainda que vai se reunir com o advogado do Google nesta tarde para tratar do assunto.
De acordo com o advogado, a atriz já retomou a rotina de trabalho. “A Carolina já voltou a trabalhar e está tentando voltar com a vida ao normal. Carolina se expôs muito, mas é uma pessoa muito forte.”

Ainda segundo Kakay, o delegado Gilson Perdigão, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que está à frente do caso, teria informado, na noite de terça-feira (8), que as investigações estão bem avançadas. “Tenho certeza que numa rapidez bastante razoável chegaremos ao culpado pela veiculação dessas fotos”, afirmou o advogado.

Kakay aproveitou para fazer um apelo aos internautas para que sigam o exemplo das empresas e não divulguem mais as imagens. “Isso pode refletir até mesmo na atitude individual das pessoas, já que continuam colocando as fotos em redes sociais. Não é possível acionar todas em virtude da capilaridade das redes sociais hoje em dia”, diz Kakay, que agora pretende aguardar o término das investigações criminais para acionar os responsáveis também na esfera cível.

Extorsão, difamação e furto
Na segunda-feira (7), a polícia informou que abriu inquérito por extorsão qualificada pelo concurso de agentes, difamação e furto. Isso porque a atriz recebeu e-mails exigindo R$ 10 mil para que as imagens não fossem divulgadas, mas preferiu procurar a polícia.
Dois representantes da empresa onde foi feita a manutenção do computador da atriz foram ouvidos pela polícia na noite desta segunda-feira (7). Eles foram ouvidos como testemunhas e o teor dos depoimentos não foi divulgado.

Já Carolina Dieckmann prestou depoimento mais cedo. Ela chegou à delegacia às 9h15 e deixou o local às 16h30, sete horas depois, sem falar com a imprensa. De acordo com a Polícia Civil, também foram ouvidos o empresário e um secretário dela. Os nomes das testemunhas não foram revelados.