Parte da população de Coelho
Neto começa a ver os primeiros estragos em suas famílias causados pelas drogas.
A maior ameaça do momento chama-se crack, uma droga que vicia rapidamente
deixando o usuário de si e causando dor e desespero em seus familiares que
ficam sem saber exatamente o que fazer diante do problema, pois o viciado faz
de tudo para conseguir a droga. Vender seus pertences e bens da família é uma
questão de tempo.
Esta semana presenciei o
caso de um jovem do Bairro Anil que de uma hora para outra entrou no mundo das
drogas. Primeiro foi a maconha e hoje o mesmo encontra-se totalmente dominado
pelo crack. Neste momento a família está providenciando um transporte para
levá-lo a São Luís, onde pretende interná-lo, mas pelo visto terão dificuldade
para fazê-lo, visto que o mesmo não quer ir. O pior é que segundo informações
de parentes o rapaz nem sabe que será levado à capital maranhense. Pelo jeito
terão que amarrá-lo para isso. Lembrando que ele já esteve internado, mas fugiu do local onde se encontrava.
Que coração de mãe agüenta ver
seu próprio filho sair de sua casa nessas condições? O município de Coelho Neto,
assim como os demais municípios brasileiros, está diante de um problema que
parece sem solução. Aliás, esse é um problema que preocupa e faz vítimas no
mundo inteiro. O pior de tudo é saber que enquanto isso tem uma minoria fazendo
fortunas em cima da destruição de jovens e adultos, muitos já irrecuperáveis.
Conheça um pouco mais sobre essa droga que vem causando tanta dor e sofrimento para as famílias.
Crack é uma droga, geralmente fumada, feita a partir da mistura de pasta de cocaína com bicarbonato de sódio.[1] É uma forma impura de cocaína e não um sub-produto. O nome deriva do verbo "to crack", que, em inglês, significa quebrar, devido aos pequenos estalidos produzidos pelos cristais (as pedras) ao serem queimados, como se quebrassem.
A fumaça produzida pela queima da pedra de crack chega ao sistema nervoso central em dez segundos, devido ao fato de a área de absorção pulmonar ser grande e seu efeito dura de 3 a 10 minutos, com efeito de euforia mais forte do que o da cocaína, após o que produz muita depressão, o que leva o usuário a usar novamente para compensar o mal-estar, provocando intensa dependência. Não raro o usuário tem alucinações e paranoia (ilusões de perseguição).
Em relação ao seu preço, é uma droga mais barata que a cocaína.[2]
O uso de cocaína por via intravenosa foi quase extinto no Brasil, pois foi substituído pelo crack, que provoca efeito semelhante, sendo tão potente quanto a cocaína injetada. A forma de uso do crack também favoreceu sua disseminação, já que não necessita de seringa — basta um cachimbo, na maioria das vezes improvisado, como, por exemplo, uma lata de alumínio furada.
Por João de Sousa.
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