Não me recordo ter vivido tantas e tão gratas emoções quanto nos últimos sessenta dias que culminaram com as comemorações dos 122 anos de Duque Bacelar e o retorno do seu busto à praça. Neste período estive constantemente em Coelho Neto preparando a nossa modesta casa para receber os irmãos e amigos. Minha mãe dizia que “o bom da festa é esperar por ela”. Por questões de saúde e da idade (juventude) apenas cinco dos oito ainda vivos puderam estar presentes. Em cada movimento, mexida em um móvel, poda de uma planta estava a angústia da espera e a delícia da expectativa. Imagino as confabulações de carinho e amor com que Duque, D. Maria, Dalva, Raimundo e Wanda, além dos dois sobrinhos, preparavam-se para nos receber em suas últimas moradas.
Chegou o dia 5, aniversário de Duque, e com ele a felicidade do reencontro, reminiscências da infância vivida há mais de 70 anos, quando todos os 11 irmãos brincavam, colhiam frutos, pescavam e comungavam ensinamentos que nos balizaram a vida e conduziram unidos até aqui. O mais novo já ultrapassou os 75 anos. Não pretendemos esquecer o passado, sonhamos com um futuro grandioso e igualitário para nossos conterrâneos. Posso afirmar categoricamente que nenhum tem pretensões político-eleitorais. Acreditamos e temos fé nos desígnios de Deus. Umbilicalmente estamos presos a Coelho Neto por força de um ideal bem maior e pelo sangue que corre em nossas veias. O encantamento ficou por conta da restauração da Capela do Itapirema, coroada pela soberba apresentação do “Coral Cantus Mandala”, a cujos integrantes na pessoa do Maestro Geraldo, trago o penhor da nossa gratidão. Voltarei a escrever sobre o Coral que inova a nossa história através da cultura e do primor de suas vozes. Muito, ainda haveremos de ouvir sobre o pioneirismo cultural destes jovens.
Domingo assistimos a santa Missa em ação de graças e comunhão dos sentimentos de Fé e fraternidade. Aqui, em orações, os primeiros agradecimentos ao celebrante, aos fiéis, ao pároco e, genuflexos, a Deus.
Após a Missa a solenidade histórica do retorno do busto de Duque à praça por ele construída como primeiro Prefeito sufragado pelo eleitor coelhonetense. Agradecimentos ao Prefeito pelo apoio e por se fazer representar, às demais autoridades presentes ao ato, sobretudo ao povo coautor da história.
À dedicação dos verdadeiros obreiros responsáveis pelos atos e fatos de toda esta imorredoura festa: Socorro Santana, Marcos, Nelson Gaspar e Celino, o aplauso silencioso das ruas, do nobre povo coelhonetense sabedor de que “não há borracha que apague o passado, mas haverá sempre um lápis para escrever o futuro”.
Teríamos, ainda, tanto a agradecer: parentes amigos, jornalistas, operários que, para não cometer injustiças tudo se resume na palavra OBRIGADO !
(Dr. Magno Bacelar)
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