segunda-feira, 21 de maio de 2018

Proprietário da Banda Chibata Quente desabafa sobre agressões sofridas em Duque Bacelar-MA



Fernando Barros, proprietário da Banda coelhonetense Chibata Quente, usou as redes sociais para relatar as agressões sofridas na cidade de Duque Bacelar, por parte de uma pessoa que contratou a banda para a realização de um show.

Os relatos tiveram repercussão imediata, causando revolta nos fãs e demais pessoas que curtem e acompanham o trabalho da banda, uma das melhores da região, diga-se de passagem.

Sem citar nomes, ele faz um relato da situação humilhante a que, juntamente com os demais integrantes da banda, foi submetido.

Veja o que disse o jovem Fernando Barros:

“Eu, Fernando Barros, proprietário e tecladista da banda Chibata Quente, venho tornar público a revolta sobre uma situação que nós “família Chibata Quente” vivenciamos no último sábado (19/05) em um evento na cidade de Duque Bacelar-Ma. Fomos contratados como uma das atrações de uma festa tradicional daquela cidade, organizada por um sindicato e apadrinhada por alguns políticos. Fui procurado pelo Presidente dessa instituição, que em acordo comigo fechamos o contrato.

A banda chegou ao local no horário determinado pelo contratante, mas não teve início como ele havia acordado. Por motivos superiores, tive que me retirar do local, o que ocasionou o atraso do show em 30 min. Ao retornar ao clube, fui covardemente agredido com palavras e até fisicamente pelo contratante e por outros membros da organização.

Para melhor esclarecer: antes de toda a confusão, fui muito bem recebido por ele, que me adiantou o pagamento da metade do valor do contrato. Ciente de que o valor acordado não era aquele, imaginei que, no final do show seria pago a outra parte(metade). Pois é assim que está descrito em uma das cláusulas do contrato: metade antes do show e metade após o show. Portanto, não questionei o valor que me foi dado naquele momento. Um erro meu, pois deveria ter perguntado sobre a outra parte, mas confiei na honestidade do contratante.

Retornando as agressões, digo que foi a pior humilhação que já passei em minha vida. Em público, em cima do palco, o contratante tentou me agredir fisicamente, agarrando-me me gola da camisa e quase me jogando do palco. Fui vítima de difamação, fui chamado de ladrão, vagabundo, moleque e outras palavras de baixo calão. O Contratante exigia de mim a devolução do valor total do contrato, dizendo que havia me dado todo o valor, sendo que ele só havia me dado a metade. Me chamava de ladrão, e gritava para que eu devolvesse o valor total do contrato. O público que já se encontrava no clube assistiu isso tudo. Vale dizer que, a festa foi patrocinada por políticos, que também se encontravam no local.

Diante de tudo isso, ele não me deixava falar. Suponho até que, diante desta situação, o contratante já planejava nos dar golpe. Além dele, várias pessoas da organização apontavam o dedo para mim como se eu fosse um bandido, ladrão e golpista. Olha, foi muito humilhante. Como pode um ser humano expressar tanto ódio apenas porque eu não estava no palco quando me procurou? Acredito que isso não era motivo para tamanho circo, que foi montado em plena praça pública! Como uma pessoa pública (como é o caso dele) chegar a esse ponto? Existem outras formas de se chegar a um acordo, com dialogo, mas não, ele fez todo esse teatro e, o que é pior, ele me usou como o vilão da história, colocando o público contra mim. Ressalto que, com receio de mais humilhação, pois ele parecia descontrolado, devolvi todo o dinheiro que ele havia me dado.

Informo também que, após certa calmaria, algumas pessoas da organização, que intermediaram a negociação, nos pediram para fazermos o show, afirmando que o valor do contrato seria pago, mas com um valor de desconto. Aceitei para cumprimento do contrato, e por necessidade de pagar as despesas que tive com aluguel do som e do transportes.

Desconcertados, humilhados e desmotivados, nossos músicos subiram ao palco, e apesar de tudo deram um show, em respeito ao público presente, e demostrando muito profissionalismo. Foram 04 horas de show, conforme estabelecido no contrato. Enfim, cumprimos nosso contrato! Porém, o contratante não cumpriu parte dele, pois no final de tudo, nenhum valor nos foi pago.

Isso foi ou não humilhante? Fui vítima de violência física, verbal, difamação, ameaça e constrangimento.

Diante disso tudo, acionei a justiça, e irei buscar os meus direitos. Aliás, o direito da banda, que prestou serviço, cumpriu o contrato, mesmo depois de tamanho constrangimento público provocado por uma pessoa descontrolada, sem ética e sem palavra.

Ainda me recupero da humilhação, aliás a banda toda tenta se recuperar. Todos os integrantes se sentem mal com o ocorrido.

Nunca havíamos passado por uma situação como essa. Somos profissionais, e tenho certeza que um pequeno atraso de 30 minutos não era motivo para tamanho teatro em praça pública. Isso parece que tinha outra intenção por trás disso tudo.

Somos artistas, músicos, não somos vagabundos não. Fazemos música por amor, mas também para sobrevivermos. Merecemos respeito, assim como respeitamos o nosso público. Queremos apenas o que nosso é de direito. Trabalhamos e merecemos receber. Queremos justiça, e acreditamos que ela será feita.

Esse ocorrido foi um fato isolado, pois a cidade de Duque Bacelar sempre nos recebe bem. É uma cidade acolhedora, que abraça a banda “Chibata Quente” e nos dar sempre a oportunidade de mostrar nosso trabalho. Amamos essa cidade, e lamentamos que em meio a tantas pessoas boas e honestas existam pessoas mal-intencionadas e maldosas. Mas isso me serviu de lição, aprender a confiar menos nas pessoas. Queremos apenas o que nosso é de direito. Trabalhamos e merecemos receber. Queremos justiça, e acreditamos que ela será feita. Chibata Quente continuará fazendo a alegria da galera!

Agradecemos o apoio de todos!

Fernando Barros”.

Esperamos que o caso seja devidamente apurado e os responsáveis punidos com o rigor da lei, para que situações como essa não voltem a se repetir.

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