Dando sequência às visitas de cortesia,
após deixar a Procuradoria nos dirigimos ao prédio do SAAE, órgão municipal
responsável pela maior parte do fornecimento de água no município de Coelho
Neto.
Ao chegarmos ao local tivemos
que aguardar um pouco, visto que o Senhor Duruteu, responsável pelo setor,
encontrava-se em diligência no sentido de restabelecer o fornecimento de água
no bairro Subestação.
Já em seu gabinete, Duruteu
nos colocou a par da situação em que recebeu o SAAE. Oito bombas queimadas,
espaço físico do prédio em estado lastimável, mobiliário caindo aos pedaços e uma
montanha de débitos lhe deram as boas-vindas. Se é que isso pode ser chamado de boas- vindas.
Duruteu disse que já esperava receber o órgão com problemas a serem resolvidos, mas a dimensão dos mesmos e o
estado de abandono encontrado lhe deixou impressionado.
Quanto às oito bombas queimadas, essas eram apenas as que estavam em operação, pois abandonadas num canto do prédio existiam mais algumas. Isso sem falar em mais algumas que se encontravam em Teresina que foram levadas para conserto ainda na gestão passada, mas que o técnico responsável pela manutenção se recusava a efetuar o serviço por conta de pendências financeiras da prefeitura com a Assistência Técnica.
O novo prefeito municipal teve
que intervir e renegociar a dívida para tentar amenizar o problema no
fornecimento de água para a população do município.
Quanto à situação de abandono
do prédio, as imagens falam por si.
Mas embora envolto em tantos
problemas nesses primeiros dias no comando do órgão, Duruteu se mostra
confiante e diz que logo as coisas irão melhorar. Mas deixou claro, o SAAE é um
órgão que gera despesas e não recebe recursos para satisfazer essas demandas
financeiras.
Aí alguém pode perguntar: E
como faz para pagar funcionários, pagar contas de energia e realizar a
manutenção de equipamentos?
Dizem que o governo anterior
cobrava água das escolas municipais, segundo informações extraoficiais, cada
escola desembolsava aproximadamente R$ 1.000,00 por mês de conta de água, mas
isso poucas pessoas sabem e essa informação não é oficial nem foi repassada
pelo secretário atual.
A outra pergunta bem parecida
com a primeira é: O que fazer para manter um órgão dessa importância visto que o
mesmo não recebe nenhum tipo de recurso para se manter?
Boa pergunta, essa.
Boa pergunta, essa.
Não passou despercebido aos nossos olhos o "cemitério" de veículo danificados, oriundos de outras secretárias, que se transformou o pátio do órgão.
Essas imagens são apenas uma pequena amostra do descaso da gestão anterior com o patrimônio público.
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