sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Dilma, Lula e PMDB tentam resolver crises em sete estados

O Globo


BRASÍLIA e SÃO PAULO— A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, além do presidente do PT, Rui Falcão, vão se reunir com a cúpula do PMDB, amanhã, em Brasília, para tentar resolver problemas entre os dois partidos em sete estados: Rio de Janeiro, Maranhão, Minas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná e Paraíba. Essas divergências afetam o projeto de reeleição da presidente e, em alguns casos, asseguram palanques para dois adversários: o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o senador Aécio Neves (MG).

A situação mais complicada é no Rio: o governador Sérgio Cabral (PMDB) não aceita que a presidente tenha quatro palanques — Luiz Fernando Pezão (PMDB), Lindbergh Farias (PT), Anthony Garotinho (PR) e Marcelo Crivella (PRB). Para apoiar a reeleição de Dilma, Cabral quer a retirada da candidatura de Lindbergh e um palanque único para Dilma no estado, o de Pezão. Cabral ameaça apoiar Aécio.
O diretório do Rio é o que tem mais peso (15% dos votos) na convenção nacional do PMDB, instância que decidirá se o partido apoiará a reeleição de Dilma. A cúpula nacional do PMDB, que não tem boa relação com Cabral, minimiza a ameaça do governador, dizendo que seu apoio mais atrapalha do que ajuda, devido a seu alto índice de rejeição. Para esses dirigentes do PMDB, Cabral não tem como impor condições para a aliança nacional.
No Maranhão, a direção nacional do PT deve forçar a aliança com o PMDB da família Sarney, embora o PCdoB cobre apoio à candidatura do presidente da Embratur, Flávio Dino, que também tem conversado com Eduardo Campos.
Na quinta-feira, o senador José Sarney (PMDB-AP) teve audiência com Dilma. Ele afirmou que a conversa foi sobre obras no Amapá, sem relação com as eleições, até porque, segundo ele, o apoio do PT ao PMDB no Maranhão estaria assegurado:
— O grupo que nos apoia (no PT) ganhou (o comando do diretório regional), então não há problema mais — disse.
Mas o resultado da eleição do PT no Maranhão está em litígio. O atual presidente, Raimundo Monteiro, pró-Sarney, proclamou sua reeleição. Mas seus adversários não reconheceram o resultado e fizeram um segundo turno à revelia da direção nacional, que não autorizou nova votação. O tema será discutido pela Executiva Nacional do PT na próxima terça-feira.
Em Minas Gerais, peemedebistas não aceitam vaga para o Senado
Na reunião de amanhã, provavelmente na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República em Brasília, também será discutida a situação política em Minas. O PMDB ensaia candidatura própria porque não se contenta com a vaga de senador na chapa de Fernando Pimentel (PT), que disputará o governo. Em 2014, só haverá uma vaga para o Senado em disputa, e é dada como certa a eleição do atual governador Antonio Anastasia (PSDB).
No Ceará, o quebra-cabeça envolve o governador Cid Gomes (PROS), que deixou o PSB para apoiar a reeleição de Dilma. O PT apoiará o candidato que ele lançar à sua sucessão, mas também tenta compor com o líder do PMDB, senador Eunício Oliveira, que disputará o governo estadual. Eunício ameaça fechar aliança com o PSDB, se não tiver apoio do PT.
No Paraná a tendência do PMDB é apoiar a reeleição do governador Beto Richa (PSDB), que ofereceu a vaga de vice para o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR). Já a ministra Gleisi Hoffman (Casa Civil), que disputará o governo pelo PT, quer que o PMDB lance a candidatura do senador Roberto Requião ao governo e, assim, tentar levar a eleição para o segundo turno.
No Mato Grosso do Sul já está claro que não haverá aliança entre os dois partidos, mas há restrição, tanto no PT quanto no PMDB, às negociações do senador Delcídio Amaral (PT). Candidato ao governo, ele quer uma aliança com o PSDB.
Raupp admite dificuldades
Na Paraíba, o PMDB deseja o apoio do PT à candidatura de Veneziano Vital do Rêgo, ex-prefeito de Campina Grande. Ele é irmão do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que deve assumir o Ministério da Integração Nacional, em janeiro.
Representantes dos dois partidos têm feito rodadas de conversas, mas é a primeira vez que Lula participa diretamente com Dilma. Ele tem feito conversas isoladas, assim como Dilma. As reuniões para tratar de palanques estavam centralizadas no vice-presidente do PMDB, Valdir Raupp, e no presidente do PT, Rui Falcão.
— Essa reunião é continuidade das primeiras que tivemos. Avançamos em alguns locais, como no Pará. Em outros, não tem como estarmos juntos, como no Rio Grande do Sul e na Bahia. Vamos continuar conversando. Essas coisas não são fáceis — disse Raupp.
No Pará, apesar do desejo de candidatura própria, o PT apoiará Helder Barbalho (PMDB), filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), ao governo. Lula enquadrou o PT no estado.
Para Campos, acordos locais devem ajudar projeto nacional
Em um cenário de dificuldades entre PSB e Rede na definição de palanques estaduais, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pré-candidato socialista à Presidência, afirmou ontem que a prioridade da sigla é o projeto nacional. Segundo Campos, as decisões regionais serão tomadas em benefício da candidatura presidencial.
As duas siglas enfrentam indefinições em estados como São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais, nos quais o PSB defende alianças com palanques fortes, e a Rede prega candidaturas próprias.
Ontem, dirigentes da Rede e do PSB participaram de lançamento do portal Mudando o Brasil, para formulação do programa de governo.
— O debate regional virá depois do debate nacional. Não vamos atropelar direção regional nenhuma. Vamos respeitar o diálogo dentro do partido em cada estado. Agora, está muito claro que a prioridade é o projeto nacional. Em torno disso, vamos descer para fazer em cada estado posicionamentos que mais ajudem o projeto nacional — disse.
Se não houver consenso entre os grupos, as siglas já admitem tomar rumos distintos nas disputas estaduais, mas a direção do PSB tem atuado para evitar rupturas regionais com a Rede. As duas legendas, que já se reuniram em outubro para traçar um mapa eleitoral, terão novo encontro este ano para evitar confrontos estaduais.
Márcio França, dirigente do PSB de São Paulo, defendeu uma aliança no estado com o PSDB. Marina Silva, por sua vez, pregou candidatura própria no estado.




quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Rompimento político do vice de Soliney é visto com desconfiança

                          Soliney concedendo entrevista                                          Sérgio Guanabara

O prefeito de Coelho Neto, Soliney Silva, agora no PRTB resolveu dar mais uma de suas longas entrevistas para RTV Difusora de Coelho Neto que está indo ao ar no decorrer da semana. Na pauta, entre outros assuntos, o suposto rompimento político do seu vice, Sérgio Guanabara com o governo municipal.

O titular deste blog assistiu atentamente à entrevista do prefeito, para poder comentar com conhecimento de causa a respeito do assunto.

Soliney, ao ser questionado a respeito do rompimento, afirmou ter sido pego de surpresa e que teria ficado sabendo da saída de Sérgio Guanabara do seu grupo político por intermédio das redes sociais e que o mesmo não teria lhe comunicado sequer os motivos que o teria levado a abandonar seu governo.

Após essas breves considerações, Soliney disse acreditar que o provável motivo poderia ser o fato de que ele teve que demití-lo, após perceber seu fraco desempenho no comando da saúde do município, segundo o prefeito, ele foi responsável por uma drástica queda na qualidade dos serviços de saúde no município, o que teria causado prejuízo para seu governo, culminando inclusive na perda de verbas, que deixaram de vir por conta dos baixos índices alcançados durante os pouco mais de seis meses da gestão de seu vice.

O prefeito falou que Sérgio foi muito prestigiado por ele, assumindo cargos importantes em seu governo, assumindo por vários dias o governo quando ele teve que se ausentar por problemas de saúde.

Por fim, Soliney fez duras críticas a seu vice, taxando-o de incompetente, chegando a dizer que se não o tivesse demitido da pasta da saúde sua administração chegaria ao mesmo patamar da desastrosa da gestão de Lúcia Guanabara, mãe de Sérgio, que literalmente deixou a prefeitura de portas fechadas.

Soliney disse ainda que Sérgio não atendia como secretário e que pouco aparecia para trabalhar, que era tão ausente que nem mesmo os funcionários da saúde conseguiam falar com ele.

A bem da verdade, muita gente ver com desconfiança essa história de rompimento.
No que se refere a ausência e não atender às pessoas, será que Sérgio aprendeu isso com o próprio prefeito, que tem se mostrado extremamente ausente e inacessível à população??

Por que será que o prefeito demorou mais de cinco anos para perceber a inaptidão administrativa de seu vice??

O que parece é que de repente os principais aliados do prefeito resolveram “abandoná-lo”. E o mais curioso ainda é que todos vão logo declarando apoio à candidatura de Flávio Dino, sem falar nas críticas que passam a fazer ao governo de Roseana Sarney, a quem até pouco tempo eram só elogios.

Primeiro foi Rosângela Curado, fiel escudeira de Soliney, a mesma passou todo o primeiro mandato dele no comando da saúde do município. O mesmo se deu com o agora vereador em Chapadinha, Nonato Baleco.

E agora quem bateu pernas até Brasília para declarar apoio a Flávio Dino?? Sérgio Guanabara e seu pai, Raimundo Guanabara.

Dizem que até um dos blogueiros aliados do prefeito que de repente teria mudado de ideia a respeito do grupo político da governadora, anda buscando apoio de outros blogueiros para a causa comunista no estado.

Toda essa gente abandonando o governo de Soliney, mas ninguém até agora “desceu a lenha” em sua administração, que há muito anda ruim das pernas, o que só faz aumentar a desconfiança de muitos.

Para quem já viu um irmão cair no outro só de ladrão durante uma disputa eleitoral e depois andarem aos beijos e abraços, isso aí é café pequeno e precisa ser melhor ensaiado para convencer. E parece que coube ao prefeito o papel de atirar a primeira pedra, já que ninguém teve coragem para isso.

Muitos acham que o prefeito estaria “depenando” seu grupo politico que deveria apoiar em peso o candidato do Palácio dos Leões, ficando apenas ele mesmo dizendo que apoia o sucessor de Roseana, por outro lado, fortalecendo a candidatura de Flávio Dino. Será???

Mas pelo visto o governo estadual já está atento a suposta manobra do prefeito.


É só aguardar !! 

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Erros do STF se voltarão politicamente contra a direita

Enviado por  on 15/11/2013 – 5:58 pm50 comentários
Vendo as primeiras reações de José Dirceu e José Genoíno, a repercussão que recebem, na própria grande mídia, percebe-se que já houve uma virada na opinião pública. Criou-se um núcleo forte, duro, sagaz, de pessoas dotadas de uma consciência ética, jurídica e política muito avançada.
Entre os que estudaram o processo do mensalão, acompanharam as votações dos ministros do STF, e participaram dos embates de informação, criou-se o entendimento de que houve um golpe contra a justiça. Um golpe contra o próprio supremo, que ficou sequestrado por uma lógica construída fora do âmbito das provas, uma lógica eminemente política ou ainda pior, midiática. Até o último dia do julgamento, vimos que os ministros aliados de forma mais ostensiva com os meios de comunicação e os partidos de oposição, como Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, apelaram quase que para a força física, falando muito alto em plenário, gritando mesmo, em tom sempre ameaçador, lançando todo o tipo de insinuações sobre os colegas, sobre tudo.
Eles conseguiram transformar Dirceu numa espécie de mártir pós-moderno. Em seu afã de vingança, entregaram uma poderosa ferramenta simbólica em mãos do ex-ministro.
O erro da mídia, como sempre, deriva de sua arrogância. Em outros tempos, a mídia conseguiria silenciar Dirceu. Não pode mais fazê-lo. Há um hiato crescente entre o poder de influência da grande mídia sobre setores sociais, como o próprio STF, cujos ministros são altamente vulneráveis à imagem de si que os jornais podem construir ou desconstruir, e o poder desta mesma mídia de silenciar e censurar quem pensa diferente. Antigamente, eles se aliaram à ditadura e efetivamente conseguiram amordaçar os críticos. Hoje não.
A verdade possui o tempo a seu lado. A mentira, não.
Uma das maiores mentiras, por exemplo, é falar na “demora” no julgamento do mensalão. Eram 39 réus! Desde que efetivamente o julgamento começou, ele veio à jato, com tempo curtíssimo para os réus apresentarem suas defesas. Foi um julgamento televisionado em que a acusação tinha 99% do tempo e a defesa menos de 1%. Isso nas instituições públicas. Nos meios de comunicação, a relação era ainda mais desequilibrada, com a acusação com 99,99% e a defesa com menos de 0,001%.
Mas o tempo não pára. Por quanto tempo eles vão conseguir bloquear as contradições e inépcias da Ação Penal 470? A pessoa que aprova a condenação, por uma razão e outra, apenas se apega superficialmente à convicção de que a Justiça trabalhou com normalidade. Mas se ela se aprofundar um pouco sobre o tema, e se lhe forem mostrados as inconsistências das acusações, e a maneira viciada como o processo foi construído, poderá mudar de parecer. E vai ficar aborrecida com as fontes de informação deficientes.
Os resultados das eleições de 2012 já indicavam uma tendência neste sentido. O golpe já foi assimilado para uma boa parcela do eleitorado. A relação matemática entre a quantidade de cidadãos com uma consciência “midiática” crítica e os submissos às armadilhas teóricas armadas pelos barões da imprensa, entre um e outro, já alcançou um ponto de não-retorno e de mudança qualitativa.
Os erros do STF e o mau caratismo da mídia voltar-se-ão contra a direita. Ironicamente, portanto, o julgamento do mensalão pode ser o elemento político necessário para revigorar a esquerda organizada e prepará-la para permanecer mais algumas décadas no poder.
Leia abaixo, a entrevista de Dirceu dada hoje à Monica Bergamo.
‘Nenhuma prisão vai prender minha consciência, diz Dirceu
MÔNICA BERGAMO


O ex-ministro José Dirceu afirmou nesta sexta-feira (15) à Folha que a prisão não vai abatê-lo nem tirá-lo da vida política. “Eu não vou me dobrar. Eu vou continuar lutando. Nenhuma prisão vai prender a minha consciência.”
Dirceu deu a afirmação por telefone de sua casa, em Vinhedo (a 100 km de São Paulo). Ele está na cidade esperando as definições do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre como serão efetivadas as prisões dos réus do mensalão.
Com ele estão as três ex-mulheres e os quatro filhos –Zeca Dirceu, Joana, Camila e Antonia. O ex-ministro não quis dar entrevista. Mas fez um rápido desabafo.
“O que eu não posso aceitar é essa coisa medieval, de inquisição. Não basta as pessoas serem condenadas, elas têm que ser linchadas? Como é que publicam a foto da minha filha de 3 anos nos jornais? Isso é proibido em qualquer lugar do mundo, é o direito de uma menor”, disse ele, referindo-se a uma fotografia divulgada por jornais e sites em que ele aparece na praia ao lado de sua filha, Antonia, na Bahia.
“Eu faço a disputa de peito aberto, mas esse tipo de linchamento eu não aceito.” “Estão plantando o ovo da serpente. E a primeira vítima será a própria imprensa, os jornalistas. Foi assim em 1937 [ditadura do Estado Novo], em 1964 [ditadura militar]. Os que apoiaram [os golpes] foram os primeiros a sofrer depois.”
Monica-Bergamo
Monica Bergamo

José Dirceu divulga "carta aberta ao povo brasileiro".

Abimael Costa



José Dirceu divulga "carta aberta ao povo brasileiro".
O texto foi divulgado na tarde desta sexta-feira (15), logo após sair a ordem de prisão contra o ex-ministro.


Veja aqui a carta na integra: 


"O julgamento da AP 470 caminha para o fim como começou: inovando - e violando - garantias individuais asseguradas pela Constituição e pela Convenção Americana dos Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário.


A Suprema Corte do meu país mandou fatiar o cumprimento das penas. O julgamento começou sob o signo da exceção e assim permanece. No início, não desmembraram o processo para a primeira instância, violando o direito ao duplo grau de jurisdição, garantia expressa no artigo 8 do Pacto de San Jose. Ficamos nós, os réus, com um suposto foro privilegiado, direito que eu não tinha, o que fez do caso um julgamento de exceção e político.


Como sempre, vou cumprir o que manda a Constituição e a lei, mas não sem protestar e denunciar o caráter injusto da condenação que recebi. A pior das injustiças é aquela cometida pela própria Justiça.


É público e consta dos autos que fui condenado sem provas. Sou inocente e fui apenado a 10 anos e 10 meses por corrupção ativa e formação de quadrilha - contra a qual ainda cabe recurso - com base na teoria do domínio do fato, aplicada erroneamente pelo STF.


Fui condenado sem ato de oficio ou provas, num julgamento transmitido dia e noite pela TV, sob pressão da grande imprensa, que durante esses oito anos me submeteu a um pré-julgamento e linchamento.


Ignoraram-se provas categóricas de que não houve qualquer desvio de dinheiro público. Provas que ratificavam que os pagamentos realizados pela Visanet, via Banco do Brasil, tiveram a devida contrapartida em serviços prestados por agência de publicidade contratada.


Chancelou-se a acusação de que votos foram comprados em votações parlamentares sem quaisquer evidências concretas, estabelecendo essa interpretação para atos que guardam relação apenas com o pagamento de despesas ou acordos eleitorais.


Durante o julgamento inédito que paralisou a Suprema Corte por mais de um ano, a cobertura da imprensa foi estimulada e estimulou votos e condenações, acobertou violações dos direitos e garantais individuais, do direito de defesa e das prerrogativas dos advogados - violadas mais uma vez na sessão de quarta-feira, quando lhes foi negado o contraditório ao pedido da Procuradoria-Geral da República.


Não me condenaram pelos meus atos nos quase 50 anos de vida política dedicada integralmente ao Brasil, à democracia e ao povo brasileiro. Nunca fui sequer investigado em minha vida pública, como deputado, como militante social e dirigente político, como profissional e cidadão, como ministro de Estado do governo Lula. Minha condenação foi e é uma tentativa de julgar nossa luta e nossa história, da esquerda e do PT, nossos governos e nosso projeto político.


Esta é a segunda vez em minha vida que pagarei com a prisão por cumprir meu papel no combate por uma sociedade mais justa e fraterna. Fui preso político durante a ditadura militar. Serei preso político de uma democracia sob pressão das elites.


Mesmo nas piores circunstâncias, minha geração sempre demonstrou que não se verga e não se quebra. Peço aos amigos e companheiros que mantenham a serenidade e a firmeza. O povo brasileiro segue apoiando as mudanças iniciadas pelo presidente Lula e incrementadas pela presidente Dilma.


Ainda que preso, permanecerei lutando para provar minha inocência e anular esta sentença espúria, através da revisão criminal e do apelo às cortes internacionais. Não importa que me tenham roubado a liberdade: continuarei a defender por todos os meios ao meu alcance as grandes causas da nossa gente, ao lado do povo brasileiro, combatendo por sua emancipação e soberania.

domingo, 10 de novembro de 2013

Associados da BBom têm R$ 130 milhões a receber, diz presidente da empresa

Valor se refere a saldo de quem não conseguiu reaver investimento inicial; devolução poderá ser parcial e vai depender do futuro da empresa, segundo João Francisco de Paulo


Divulgação
João Francisco de Paulo, dono da BBom: 'Se o nosso caixa conseguir pagar 100%, nós vamos pagar'

Aproximadamente 38% dos associados da BBom , acusada de ser uma pirâmide financeira que atraiu 300 mil pessoas, não conseguiram recuperar os investimentos iniciais. O valor devido a quem está no prejuízo soma entre R$ 120 e R$ 130 milhões, segundo João Francisco de Paulo, presidente da Embrasystem, empresa responsável pelo negócio, em entrevista ao iG .
A BBom teve as atividades e contas bloqueadas em 9 de julho , por decisão da 4ª Vara Federal de Goiás. Na segunda-feira (4), a defesa conseguiu uma liberação parcial e provisória , emitida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede em Brasília.
A Embrasystem e seus sócios, entretanto, ainda são alvos de uma ação que pede a extinção dos negócios , e de outra, que investiga a ocorrência de crime contra o sistema financeiro nacional, desvio de verbas e operação de instituição financeira sem autorização. Seus representantes negam irregularidades.
Quem pôs dinheiro na BBom poderá pedi-lo de volta, diz João Francisco de Paulo. Mas o empresário não garante o ressarcimento integral – os expressivos lucros prometidos estão fora de questão, ao menos por ora – e nem se compromete com prazos.
“Se o nosso caixa conseguir pagar 100%, nós vamos pagar”, diz o empresário. “Vamos supor que tenhamos R$ 13 milhões no caixa. Então é 10% [ que será devolvido aos investidores ].”
Leia abaixo os principais trechos da entrevista concedida ao iG .
iG: Quando as pessoas que têm dinheiro no bank office [ sistema de gestão das contas dos associados ] poderão sacá-lo se assim o quiserem?
João Francisco de Paulo:  Eles vão poder sacar a partir do momento que a gente reforçar o faturamento com as vendas diretas, de acordo com a determinação do Ministério Público [ Justiça ]. [Com ] a nossa parte do faturamento podemos ir liquidando o pagamento das pessoas, mas priorizando sempre a devolução, o capital investido. Essa vai ser a prioridade. 
E a partir de quando isso deve acontecer?
É venda, né? Estamos todos sem trabalhar há quatro meses, está todo mundo louco para trabalhar. Mas acredito que num prazo muito curto isso já comece a acontecer. Já fizemos algumas devoluções, mas essas devoluções foram feitas mas em cima de empréstimos, de algumas coisas, de algumas necessidades mais urgentes que foram provocadas. Agora a gente não tem mais esse fôlego e precisa fazer realmente o reembolso em cima de faturamento. Depois, como nós temos o desejo de respeitar todos os contratos, aí sim com autorização da Justiça a gente começa a respeitar.
O senhor acredita que neste ano ainda as pessoas que quiserem sair da BBom e receber esse dinheiro de volta vão conseguir?
Eu acho que sim, acredito que sim. Eu não tenho certeza, mas acredito que sim. Vamos trabalhar fortemente para isso.

O saque vai ser proporcional, em cima do valor investido, que é o que vamos priorizar. Por que [o negócio] está em xeque, né?"
O saque vai poder ser integral, inclusive de bônus que eles tenham recebido ou apenas do valor que a pessoa investiu?
Não, o saque vai ser proporcional, em cima do valor investido, que é o que nós vamos priorizar. Nós vamos priorizar o valor investido porque está em xeque, né? Enquanto a Justiça não deteminar, enquanto não forem feitas todas as perícias, está em xeque. Então nós vamos priorizar um percentual sobre o valor investido para que as pessoas recuperem. Esperamos que isso tudo aconteça 100% antes de toda a definição, e depois a Justiça vai determinar.
Seria um percentual sobre o valor investido?
Temos de ser honestos e respeitar todo mundo. Eu não posso priozirar uma pessoa. Todo mundo tem o mesmo direito, apesar de mais de 63% das pessoas já terem recuperado o capital investido. A maioria já recuperou.
Essa [ parcela ] que recuperou o capital investido teria direito a algum ressarcimento ou não?
Não, por enquanto não. Por enquanto vamos priorizar realmente a pessoas que têm capital investido ainda, um saldo de capital investido com a gente. Tem muita gente que entrou logo perto do bloqueio. Essas pessoas têm de ser respeitadas.
O senhor falou em um percentual do capital investido. Qual é esse percentual?
Depende do nosso caixa, se o nosso caixa conseguir pagar 100%, nós vamos pagar… Hoje, o saldo de capital investido para zerar é em torno de R$ 120 a 130 milhões. Vamos supor que tenhamos R$ 13 milhões no caixa, de venda direta, e da nossa parte da lucratividade, [ em ] que nós podemos mexer. Então é 10%.
A pessoa pode usar, do dinheiro que tem lá [ no bank office ], 10% para poder pagar os novos cadastros que ela vier a fazer...
Isso é uma forma também. Como ele tem uma parte desse dinheiro, ele é de microfranquia, de capital, dinheiro da empresa, então ele usa 10% do saldo do que ele tem a receber. São pessoas que vão operar. Porque, você sabe, tem muitas pessoas que entram para não operar nada, entram contra o interesse. Então ele vai poder usar para poder liquidar e nós vamos aceitar.
Mas aí a BBom não está pedindo para colocar dinheiro bom sobre dinheiro ruim?
De jeito nenhum. Pelo contrário, é venda direta. Não estou fazendo nada diferente. Estou acompanhando exatametne o que a Justiça achou que é lícito. É o modelo de venda direta. O que ela me proibiu de fazer, eu estou cumprindo. E o que ela me permitiu, eu estou fazendo. Na realidade o que a gente tem é acreditação, porque as milhares das pessoas que entraram na BBom até 9 de julho foram respeitadas sempre e nós acreditamos que essas pessoas vão dar continuidade no trabalho.
Logotipo da BBom, empresa de marketing multinível suspeita de ser pirâmide financeira. Foto: Divulgação
1/7
Na entrevista coletiva [ após a liberação ], o senhor falou de alguém que tem 1 carro e 900 rastreadores. Então ele tem 899 rastreadores aí em mãos. A BBom vai fazer com que esses 899 rastreadores e todos os demais que foram adquiridos mas não chegaram a clientes finais cheguem aos clientes finais antes de começar a vender mais rastreadores?
Já pedimos rastreadores. Nós temos uma demanda interna já pedida de mais de 3,5 milhões de rastreadores. Nós estávamos começando a cumprir quando houve o bloqueio.
Quantos rastreadores ainda falta entregar hoje?
É menos, mas a Justiça fala que é 1 milhão, então nós vamos colocar que é 1 milhão. A Justiça fala que nós entregamos 79 [ mil ] quando nós entregamos 250 mil.
E o sistema novo vai permitir que isso aconteça, que seja vendido um número maior de produtos que a empresa de fato já tenha [ garantido ] chegar ao cliente final?
Isso é opinião pessoal de algumas pessoas, mas nunca alguém foi na empresa ver que nós vendemos mais do que tínhamos capacidade de entregar. Se nós temos dinheiro para comprar 3 milhões de rastreadores, só não foram comprados porque a Justiça determinou e bloqueou o dinheiro. O dinheiro que estava lá era para comprar rastreadores. Ele não foi comprado porque a Justiça bloqueou. Foram pessoas de má fé que passaram informações à Justiça, incoerentes, dizendo que nós vendemos mais do que tínhamos capacidade de entregar. Todas as indústrias têm capacidade de fabricação de acordo com a demanda. E, se faltar capacidade, se adaptam para cumprir aquela demanda.
Mas justamente o que foi questionado na BBom durante esse tempo é: a empresa tem aqueles planos em que as pessoas pegam 900 rastreadores e só têm um cliente final, que são elas próprias, e os outros 899 ficam com a própria empresa…

No momento em que nós começamos a atender o mercado, formalizar contrato grande, aconteceu o que aconteceu"
Não é nada disso. São as manipulações de notícias. Eu fui bem claro: quem não habilitou os rastreadores, não pode receber. Quando a pessoa fala que tem 800 rastreadores, é porque ele comprou 800 pacotes. E ele é obrigado a ter 1 rastreador por pacote. Isso já não é mais permitido. Esse rastreador tem de estar habilitado, se não ele não vai receber. Ele não vai pagar e eu não vou prestar o serviço só porque ele guardou em casa. E eu não vou nem cobrar dele. Por que que eu vou cobrar se ele não está usando? Então ele é obrigado a instalar, se não ele não recebe.
A pessoa precisará ter o rastreador habilitado, precisará ter encontrado o cliente final para receber o dinheiro. Só que isso acabou não acontecendo na primeira fase da BBom, como o senhor disse…
Mas já estava acontecendo. Nós investimos fortemente na expansão de franquias, começamos a homologar milhares de pessoas e lojas para fazer instalação. Nossa empresa começou em fevereiro [de 2013 ] nesse modelo. Quando nós percebemos isso no final de março, em abril nós contratamos equipes de profissional de mercado para atender o mercado. Só que isso não é da noite para o dia. O mercado está carente desse negócio faz muitos anos. Acontece que no momento em que nós começamos a atender o mercado, formalizar contrato grande, aconteceu o que aconteceu, porque alguém passou informação falsa ao Ministério Público. 

E como os senhores vão garantir que o produto chegou até o consumidor final?
Alguém vai ter de pagar isso, e tem 60 dias para colocar o rastreado. Se não ele não vai receber. 

Reprodução/Site oficial - 1.10.13
Anúncio no site da BBom sobre lançamento de nova plataforma de cadastro; empresa é suspeita de ser pirâmide financiera

Na [ entrevista ] coletiva [ após a liberação ] , o senhor diz: "nós sabíamos que podia acontecer alguma coisa depois de um ano e meio, depois de um ano, depois do balanço de 31 de dezembro. Mas nunca em quatro meses." Nessa declaração, o senhor não está assumindo que a BBom começou como um negócio irregular?
Não, negativo, porque no Brasil tudo se acusa para depois se levantar [ as provas ]. Quantas vezes a Herbalife e a Amway foram acusadas aqui no Brasil? As empresas quando faturam muito, ficam em evidência, e essa evidência foi isso aí. Eu imaginava que podia acontecer alguma coisa mas não da forma que aconteceu e nem com a rapidez que aconteceu.
Não é um pouco ousado dizer que as pessoas vão ganhar mais dinheiro se apenas dois dos sete modelos de negócios da BBom foram autorizados a voltar a funcionar, e ainda assim precariamente, já que é um mandado de segurança que pode cair?
Veja bem, os dois negócios eram os que mais davam dinheiro para as pessoas. Eu não acho ousado para quem trabalha. Para quem quer investir só, não vai ganhar mesmo. Registro que o grupo Embrasystem nunca teve interesse em atacar a Justiça e também nunca teve interesse algum em descumprir alguma determinação da Justiça. E nunca vai fazer isso.

Fonte: IG


    segunda-feira, 4 de novembro de 2013

    Rapidinha da noite



    Me segura senão eu saio!

    Morrendo de rir aqui das figuras de certos partidos políticos em Coelho Neto atoladas até o pescoço no governo de Soliney, se proclamando independentes e insatisfeitos com o governo. O ponto alto disso tudo se deu num congresso realizando recentemente por um dos ditos partidos no município onde teve gente que não deixava sentar uma mosca no obro do prefeito Soliney se dizendo arrependido de ter votado nele.

    O engraçado de tudo isso é que muitos dos "inconformados" continuam ocupando cargos no governo. Pelo que sei e pelo pouco que entendo de política, quando um partido aliado está insatisfeito com o governo do qual faz parte e quer romper com ele, a primeira medida tomada é a entrega coletiva de todos os cargos ocupados. Mas no caso em questão, a coisa parece tão mal ensaiada que além de não convencer ninguém, o prefeito nem se incomodou com os discursos do suposto rompimento proferidos pela turma de "arrependidos". 

    Compre-me um chiqueiro de bodes!!

    Deu no Blog do Robert Lobato!

    Coelho Neto: Luis Fernando faz visita de cortesia ao grupo liderado pelo petista Américo de Sousa

    Luis Fernando durante vista ao grupo oposicionista ao prefeito de Coelho Neto, Soliney Filho. A oposição no município é liderada pelo petista Américo de Sousa.
    Quase passa despercebido um gesto de extrema importância feito pelo pré-candidato a governador pelo PMDB, Luis Fernando Silva, ocorrido no último dia 31 de outubro.
    Durante cumprimento de agenda oficial no município de Coelho Neto, Luis Fernando aproveitou, após encerrar os compromissos de governo, para fazer uma visita de cortesia ao ex-candidato a prefeito e suplente de deputado estadual, Américo de Sousa (PT). O gesto do pré-candidato governista foi visto com muita simpatia pelo grupo liderado pelo petista.
    “Vimos a visita do Luis Fernando como um gesto de grandeza política e de respeito ao nosso grupo, pois sabe que somos oposição ao prefeito de Coelho Neto. Ele manifestou interesse no apoio do PT e de todo o nosso grupo a sua candidatura a governador, mas deixamos bem claro que no momento certo decidiremos sobre o assunto. Nossa decisão será tomada de acordo com o projeto do partido para a nossa cidade, mas não fechamos as portas de diálogo com o secretário”, disse Américo ao Blog do Robert Lobato.
    Luis Fernando, por sua vez, fez uma breve explanação de seu trabalho à frente da prefeitura de São José de Ribamar, cidade em que foi prefeito por dois mandatos. Destacou a importância de Américo de Sousa como liderança política no município de Coelho Neto e região, elogiou seu ótimo desempenho nas eleições municipais de 2012, quando quase derrotou o prefeito Soliney e falou do seu interesse em obter o apoio político do mesmo para as eleições de 2014, quando deverá disputar o governo do Estado do Maranhão.
    Diante da desconfiança do governo estadual com relação ao prefeito Soliney, (ora com Flávio Dino, ora com governo) Américo se fortalece na região como possível aliado do Palácio dos Leões, visto que não tem histórico de abandonar aliados no meio da disputa, como fez o prefeito Soliney Silva em 2006, quando no segundo turno de uma disputa acirrada pelo cargo de governo do estado abandonou Roseana Sarney e foi apoiar Jackson Lago.
    O fato é que a visita de Luis Fernando ao grupo liderado pelo petista Américo Sousa reforça a ideia de que o peemedebista está surpreendendo a cada dia no que diz respeito a sua articulação política, sempre tentando receber apoio de grupos adversários nos municípios quando isso é possível – como aconteceu em Imperatriz, quando Luis Fernando conseguiu colocar o prefeito Sebastião Madeira e o ex-prefeito Ildon Marques no mesmo palanque.
    Não é por acaso que o Luis Fernando cresce a cada dia nas pesquisas ao mesmo tempo que ganha simpatia e inúmeros apoios pelo Maranhão afora.
    E ainda tem quem duvide da competitividade do candidato governista…
    (Com informações do blog do João de Sousa)

    Após voto favorável ao aumento do IPTU, Marquito é afastado do 'Programa do Ratinho'

    Exclusivo: Estreando como protagonista, Juliana Paiva tenta não sentir a pressão do papel - 1 (© Divulgação TV Globo)
    Por FAMOSIDADES

    SÃO PAULO - O comediante Marquito foi afastado do 'Programa do Ratinho' na última semana, depois da repercussão negativa sobre o aumento do IPTU em São Paulo.

    Acontece que, além de humorista, ele também é vereador e foi responsável por um dos votos favoráveis ao reajuste do imposto.

    Boatos dão conta de que a iniciativa partiu do apresentador Ratinho, na tentativa de não 'manchar' negativamente seu programa.

    Nos corredores da emissora, o motivo para o afastamento é claro. Em uma atração popular, não há espaço para alguém que vota contra a vontade do povo, segundo a coluna do jornalista Flávio Ricco.

    Uma conversa definitiva deve acontecer nesta segunda-feira (4) para decidir o futuro de Marquito no programa.