quinta-feira, 4 de abril de 2013

Matéria sobre rachaduras no prédio do IFMA de Coelho Neto incomoda aliados do governo municipal


Depois da matéria do Portal Coelho Neto a respeito das rachaduras no prédio do IFMA de Coelho Neto teve blogueiro aliado do governo municipal tentando justificar o ocorrido.

O blogueiro teria até consultado o responsável pela obra. Veja o que o ele teria informado ao blogueiro: “Tão logo as trincas foram detectadas, o IFMA procurou a empresa para se informar do que se tratava e ficou comprovado que não há qualquer problema na estrutura, apenas trincas que em nossa área classificamos como trincas de acomodação da obra. Os técnicos do IFMA acompanharam a visita e constataram que de fato não havia qualquer problema estrutural”. 


Além de tentar amenizar o problema, o blogueiro ainda criticou o Portal Coelho Neto pela matéria dando conta das rachaduras e atribuiu a realização da obra ao prefeito atual, que segundo ele teria conseguido por intermédio de um deputado que andou pedindo votos por aqui nas eleições de 2010. Será?? Há quem discorde dessa afirmação e atribua a vinda dessa obra ao deputado federal Sétimo Waquim da cidade de Timon-MA, que em tempos não muito distantes foi aliado do atual prefeito de Coelho Neto. Mas essa é uma outra história.

Voltando às rachaduras do IFMA, quer dizer, ao caso das rachaduras. Como aqui em Coelho Neto nós estamos acostumados a ver obras prontas e devidamente acomodadas, sem que para isso tenha sido necessário o aparecimento de rachaduras na estrutura, resolvi dar uma pesquisada no assunto, e de fato fala-se em “trincas de acomodação da obra”, mas também se fala das principais causas para o aparecimento dessas trincas, e entre elas estão algumas citadas na matéria do Portal, ou certamente imaginadas pelos leitores do site. Veja:
 

Tipos de ocorrências


Fissuras, trincas, rachaduras e fendas são aberturas em forma de linha, classificadas de acordo com a espessura, e não quanto ao comprimento.

  • Fissura: abertura de até 0,5 milímetro.
  • Trinca: de 0,5 mm a 1 mm.
  • Rachadura: de 1 a 1,5 mm.
  • Fenda: superior a 1,5 mm


Principais causas 

Acomodação da obra no terreno: é uma das origens mais comuns em novas edificações. Há um esforço por parte da fundação do prédio, que acaba sendo um pouco transferido para a alvenaria, gerando assim as fissuras.

Pressa ao dar o acabamento na obra: ao não respeitar o tempo correto para secar alguns materiais (como a massa corrida), há mais chance daquele local apresentar trincas.

Obras nas unidades: Reformas que ocasionem um excesso de carga num andar ou alterações estruturais como retirada de paredes ou pilastras podem causar desabamentos. Exemplo: construção de uma parede não-prevista pelo projeto original. A laje transfere o peso para os pilares, que podem sofrer avarias. Saiba mais sobre cuidados com reforma nas unidades.

Movimento estrutural: pode parecer estranho, mas a estrutura do prédio é flexível, para conseguir lidar com o vento, sons e obras vizinhas. Porém, muito movimento externo pode gerar fissuras.

Infiltrações: impermeabilizações não duram para sempre. Quando não há uma renovação do material, a água pode se infiltrar seja pela ação da chuva ou de um vazamento, causando problemas estruturais ou estufando as paredes.

Calor: principalmente em andares mais altos, que são mais expostos às intempéries, o calor faz com que haja uma dilatação dos materiais. Quando a temperatura volta ao normal, o local pode apresentar algumas trincas. Também pode acontecer em paredes por onde passem tubos que esquentem, como de água quente ou outros. Para evitar o problema, principalmente na laje superior, o ideal é que seja feita, após a concretagem e sua cura correta, uma impermeabilização, seguida de tratamento térmico e, então, o acabamento escolhido pode ser executado.

Água ácida: em cidades com muitos carros, ou alto nível de poluição, a chuva pode se infiltrar em uma laje sem impermeabilização e degradar as estruturas protegidas pelo concreto. Essa água poderá oxidar o aço, comprometendo assim a segurança do local. Nesse caso, há uma transação entre as fases do problema. No primeiro momento, a água se infiltra na laje, e a rachadura ainda não verte água, há apenas uma mancha esbranquiçada. Ao perceber que a água começa a pingar dali, ou que a coloração da mancha migrou para o amarelado ou ocre, é sinal que o aço já foi oxidado e precisa de cuidado especializado urgente.

Escolha incorreta ou má qualidade de materiais: infelizmente, se o material usado não é de boa qualidade, ou se não foi utilizado corretamente, o resultado final refletirá isso.

Sons, vibrações ou ventos muito fortes: Seja um som extremamente alto, um bate-estaca violento em uma obra próxima ou uma rajada de vento mais forte que o esperado, a edificação pode não estar preparada para recebê-los. Nesses casos, uma trinca pode aparecer.
 
Sabe-se que a conclusão dessa obra foi apressada de uma hora para outra e há rumores de que as eleições de 2012 teriam sido o principal motivo dessa “turbinada”. Será?? Deixo para os leitores tirarem suas conclusões a esse respeito, bem como a respeito das rachaduras e da explicação para o aparecimento delas. 

O certo é que o problema precisa ser corrigido. E que não venha trazer qualquer risco para as pessoas que trabalham ou apenas transitam pelo local.

O fato de uma obra ter sido alvo de fiscalização pelos setores competente não a deixa imune a problemas futuros. 

Estaremos atentos a esse caso.

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