quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Casa Branca está ansiosa para lutar contra "abismo fiscal", diz Biden

Folha de S. Paulo


Eleições Americanas 2012
O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, disse nesta quarta-feira que a Casa Branca está "realmente ansiosa" em enfrentar a mais dura ameaça à economia do país no curtíssimo prazo: o chamado "abismo fiscal".
Trata-se de uma combinação de aumento de impostos e cortes brutais de gastos públicas prevista para acontecer já no início do ano que vem.





A saída: um acordo em tempo hábil entre republicanos e democratas no dividido (e polarizado) Congresso americano para estender o relaxamento dos impostos e evitar o corte maciço das despesas públicas. A Casa Branca e os legisladores americanos têm menos de dois meses para evitar o "abismo fiscal".
"Estamos realmente ansiosos para ir adiante, lidar com isso em primeiro lugar", disse Biden a repórteres que o acompanham em viagem. "Acho que podemos fazer isso", completou.

CONGRESSO

No Congresso, as lideranças republicana e democrata acenaram com negociações difíceis pela frente.
Enquanto democratas defendem que seja permitido um aumento de impostos para a faixa mais rica da população, republicanos rejeitam qualquer aumento da carga tributária.
Esse dissenso, que já dura vários meses, não parecia ter suavizado após a reeleição de Barack Obama e o encurtamento dos prazos para evitar o "abismo fiscal".

"Para ganhar o apoio dos republicanos (...) o presidente precisa estar disposto a reduzir alguns gastos e benefícios que são as razões principais de nosso deficit [público]", afirmou o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, a jornalistas em Washington.

O líder dos democratas na Câmara, Harry Reid, afirmou que já teve um encontro com Boehner, e que ambos concordaram em "não desenhar quaisquer linhas na areia" --um sinônimo para posições inegociáveis- por algum tempo.
Republicanos e democratas dividem o poder no Congresso: os primeiros controlam a Câmara, e os outros, o Senado. As eleições desta terça-feira não mudaram fundamentalmente esse cenário.

Nos últimos anos, ambos os partidos tiveram dificuldade em chegar a um consenso em votações importantes no Congresso, a exemplo da reforma do sistema de saúde proposto pela Casa Branca: reprovado em peso pelos republicanos, e aprovado pelos democratas.

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