RIO
- No mesmo dia em que o vice-presidente da Confederação Brasileira de
Futebol (CBF), Marco Polo del Nero foi detido pela Polícia Federal e
teve computadores da sua casa apreendidos, o diretor de seleções da
entidade, Andrés Sanchez vai se demitir do cargo. Ele ainda tenta ser
demovido da ideia por dirigentes da CBF ligados a ele, mas Andrés
estaria com a decisão tomada.
Na sexta-feira, Andrés deixou claro que ficou contrariado com a
demissão de Mano Menezes do comando da seleção brasileira. Na ocasião, o
dirigente afirmou que foi "voto vencido" na entidade.
- Eu achava que não era o momento. Entendo os motivos, os critérios e
entendo o desejo de um novo planejamento para o ano que vem - afirmou
Sanchez. - São os métodos do presidente (José Maria Marin), que a partir
da próxima temporada quer novos critérios. Ele está sendo corajoso,
ousado e está entendendo o futebol para frente. Venho há meses
defendendo a continuidade do trabalho, mas entendo e sei respeitar a
hierarquia. Respeito, atendo e aceito - acrescentou.
Andrés também estaria irritado com o fato de o presidente da CBF,
José Maria Marin, e Del Nero terem iniciado a escolha do novo técnico da
seleção sem consultá-lo.
O favorito de Marin é o ex-técnico da seleção campeão do mundo em
2002, Luiz Felipe Scolari, que deixou o comando do Palmeiras antes do
time ser rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Del
Nero prefere Muricy Ramalho, atual técnico do Santos. Andrés defende a
escolha de Tite, técnico do Corinthians que vai disputar o Mundial da
Fifa em dezembro, no Japão.
Andrés foi contratado em dezembro do ano passado pelo então
presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Com a chegada de Marin e Del Nero
ao comando da entidade, ele foi perdendo espaço.
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