Blog
do Robert Lobato
Do jeito que a agiotagem tomou conta das
prefeituras no Maranhão fica difícil separar “paladinos” dos sócios
efetivos da bandidagem que confiscam as verbas públicas municipais.
Até um bebê que nasceu na madrugada
deste sábado sabe que tudo que é deputado precisa da ajuda de prefeitos e
vereadores para a sua eleição.
As eleições municipais servem como um
espécie de termômetro para um prognóstico sobre o que poderá ocorrer nas
eleições seguintes que elegerão deputados federais, deputados
estaduais, governador, senador e mesmo o presidente da República.
O assassinato do jornalista Décio Sá, e
consequente prisão de um dos chefões da máfia de agiotas, Gláucio
Alencar, revelou como um homem sinistro, e até então anônimo da opinião
pública, conseguiu desenvoltura para transitar livre, leve e souto pelos
três poderes no estado do Maranhão.
Ainda que não seja “chapa” de algum
político diretamente, Gláucio Alencar tinha influência e poder sobre
alguns prefeitos, esses sim, “chapas” de alguns candidatos que apoiaram
em determinada companha, o que acaba sujando a imagem de quem esses
prefeitos apoiaram, já que não existe almoço grátis – alguém paga a
conta. E o Gláucio Alencar deve ter pago muitas.
O fato é que a indústria suja da
agiotagem se alastrou pelos quatro cantos destas terras. É justamente
esse um dos muitos motivos que explicam porque os nossos municípios são
uma lástima em termos de políticas públicas, qualidade de vida e
detentores dos piores IDH’s do Brasil, puxando o Maranhão sempre para as
últimas posições em termos das estatísticas socioeconômicas nacionais.
Não tem saída: ou o Maranhão mata a agiotagem ou a agiotagem mata o Maranhão.
O que não pode é a classe política ficar trocando acusações sobre que era mais próximo de Gláucio Alencar.
Quando, ao que parece, quase todos, direta ou indiretamente, já precisaram de uma forcinha do hoje “leproso” Gláucio Alencar.
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