sábado, 14 de julho de 2012

Agiotagem e a classe política maranhense

Blog do Robert Lobato
Cheques de prefeituras na posse de agiotas

Do jeito que a agiotagem tomou conta das prefeituras no Maranhão fica difícil separar “paladinos” dos sócios efetivos da bandidagem que confiscam as verbas públicas municipais.
Até um bebê que nasceu na madrugada deste sábado sabe que tudo que é deputado precisa da ajuda de prefeitos e vereadores para a sua eleição. 

As eleições municipais servem como um espécie de termômetro para um prognóstico sobre o que poderá ocorrer nas eleições seguintes que elegerão deputados federais, deputados estaduais, governador, senador e mesmo o presidente da República.

O assassinato do jornalista Décio Sá, e consequente prisão de um dos chefões da máfia de agiotas, Gláucio Alencar, revelou como um homem sinistro, e até então anônimo da opinião pública, conseguiu desenvoltura para transitar livre, leve e souto pelos três poderes no estado do Maranhão.

Gláucio Alencar: já foi "companheiro" de muitos figurões

Ainda que não seja “chapa” de algum político diretamente, Gláucio Alencar tinha influência e poder sobre alguns prefeitos, esses sim, “chapas” de alguns candidatos que apoiaram em determinada companha, o que acaba sujando a imagem de quem esses prefeitos apoiaram, já que não existe almoço grátis – alguém paga a conta. E o Gláucio Alencar deve ter pago muitas.

O fato é que a indústria suja da agiotagem se alastrou pelos quatro cantos destas terras. É justamente esse um dos muitos motivos que explicam porque os nossos municípios são uma lástima em termos de políticas públicas, qualidade de vida e detentores dos piores IDH’s do Brasil, puxando o Maranhão sempre para as últimas posições em termos das estatísticas socioeconômicas nacionais.

Não tem saída: ou o Maranhão mata a agiotagem ou a agiotagem mata o Maranhão.
O que não pode é a classe política ficar trocando acusações sobre que era mais próximo de Gláucio Alencar.

Quando, ao que parece, quase todos, direta ou indiretamente, já precisaram de uma forcinha do hoje “leproso” Gláucio Alencar.

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