A cúpula do PSDB está em alerta máximo com a situação do governador
de Goiás, Marconi Perillo. Nos bastidores, integrantes do comando tucano
falam abertamente que já não acreditam mais nas explicações de Perillo.
Mas reconhecem que, neste momento, o PSDB não tem o que fazer.
Essa constatação cresceu principalmente com as várias versões para a
venda da casa do próprio Perillo. Foi nesta casa – vendida no ano
passado – que o bicheiro Carlinhos Cachoeira foi preso pela Polícia
Federal no último dia 29 de fevereiro.
O discurso oficial do PSDB será o de dizer que confia em Perillo. Mas
se em algum momento ele não conseguir mais explicar as várias
contradições, o PSDB já tem um argumento pronto: o de que o partido foi
surpreendido pelos acontecimentos.
Em conversas reservadas com a cúpula do PSDB, Perillo tem dito que em
relação ao seu governo, não aparecerá nada de comprometedor. Mas ele já
teria admitido internamente que não tinha segurança em relação à
condução da sua campanha.
O jornalista Luiz Carlos Bordoni, que trabalhou para a campanha de
Perillo (PSDB) em 2010, disse que recebeu parte do pagamento de empresas
ligadas ao grupo de Carlinhos Cachoeira. Esse episódio também
desagradou aos integrantes da cúpula tucana.
Para parlamentares do PSDB que estão acompanhando de perto esse
episódio envolvendo Perillo na CPI, a aposta é de que ele sairá muito
fragilizado do episódio.
Como tem maioria na Assembleia Legislativa, Perillo deve utilizar a
CPI local para causar constrangimentos aos adversários locais do PT e
PMDB, e mostrar a ligação desses políticos de oposição com o esquema
Cachoeira. E com isso, tentar dividir o desgaste em Goiás.
Tucanos ouvidos pelo Blog reconhecem que Perillo tem condições – até o
momento – de escapar na Justiça. Mas já consideram a situação política
dele extremamente delicada, principalmente no plano nacional.
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