G1
O trabalho foi apresentado esta semana no 94º encontro anual da Sociedade Americana de Endocrinologia, em Houston, Texas.
A principal autora, Joanna Mitri, do Centro Médico Tufts, em Boston,
adverte que a pesquisa não prova que a deficiência de vitamina D cause a
diabetes tipo 2, nem que haja uma ligação direta entre as duas
condições.
No estudo, pessoas com altas taxas de vitamina D no sangue apresentaram
48% menos risco de desenvolver síndrome metabólica. Junto com colegas, a
médica avaliou indivíduos pré-diabéticos de diferentes etnias.
A pré-diabetes atinge 79 milhões de americanos acima dos 20 anos de
idade, de acordo com as estatísticas de 2010 do Centro de Controle e
Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA. No Brasil, o
problema afeta 12% da população.
A equipe fez o estudo com base em dados de participantes do Programa de
Prevenção à Diabetes, um grande levantamento financiado pelo Instituto
Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês) americano.
Para mensurar a quantidade de vitamina D no corpo, foi usado como
padrão um intervalo entre 20 ng/ml (nanogramas por mililitro) e e 30
ng/ml, sendo abaixo de 21 deficiência e acima de 30, normal. O intervalo
disso é o patamar limítrofe.
O grupo com maior concentração tinha 30,6 ng/ml, e o com nível mais baixo estava com 12,1 ng/ml.
Os pesquisadores também descobriram uma associação entre a vitamina D e
alguns fatores de risco individuais para a síndrome metabólica. Os
participantes com melhor índice de vitamina D tinham uma menor
circunferência da cintura, bom colesterol (HDL) alto e glicemia mais
baixa.
Vitamina D contra depressão
Outro trabalho, a ser apresentado neste sábado (30) na convenção anual de endocrinologia, mostra que tratar a deficiência de vitamina D pode melhorar a depressão, em casos moderados a graves.
Segundo a médica Sonal Pathak, do Centro Médico Bayhealth, no estado de
Delaware, a vitamina D pode ter um efeito ainda não comprovado sobre o
humor, e sua deficiência é capaz de exacerbar a depressão.
A pesquisadora analisou três pacientes com idades entre 42 e 66 anos,
diagnóstico prévio de depressão clínica e tratamento com
antidepressivos. As mulheres também estavam sendo tratadas de diabetes
tipo 2 ou hipotireoidismo.
Em testes de vitamina D, foram encontrados níveis bem baixos, de 8,9
ng/ml a 14,5 ng/ml. Ao longo de dois a três meses, as pacientes fizeram
terapia de reposição oral da vitamina, e os níveis após o tratamento
variaram de 32 ng/ml a 38 ng/ml. Os sintomas da depressão também foram
amenizados, passando de graves para leves.
A pesquisadora ressalta que outros estudos sugerem que a vitamina D tem
um efeito sobre o humor e a depressão, mas há uma necessidade de
trabalhos maiores e randomizados para comprovar se há uma relação real
entre as duas coisas.
EXCELENTE reportagem. Parabéns!
ResponderExcluirOs elogios vão para o G1, Portal de Notícias da Globo, que produziu a matéria. Eu apenas a reproduzi.
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