O Globo
SÃO PAULO - O ex-presidente Lula confirmou sua participação da
Conferência Rio+20, no Rio de Janeiro, na próxima semana. O
ex-presidente viaja na quarta-feira para se encontrar com o presidente
da França, François Hollande, e assistir à abertura oficial da
conferência, que será presidida pela presidente Dilma Rousseff e pelo
secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Na quinta-feira, Lula
participa de um jantar oferecido pela Prefeitura do Rio de Janeiro a
chefes de Estado.
Por determinação médica, nesta quinta-feira o
ex-presidente cancelou sua participação na inauguração da Arena
Socioambiental da Rio+20, que estava prevista para sábado. Ele foi
internado na quarta-feira para realização de exames e retirada do
cateter subcutâneo por meio do qual recebeu medicação durante o
tratamento contra o câncer de laringe. Uma bateria de testes e uma
biópsia concluíram não haver vestígios da doença, confirmando o
diagnóstico de cura divulgado em março deste ano.
“Sua prioridade,
agora, é seguir as recomendações médicas para se restabelecer
definitivamente dos efeitos colaterais do duro tratamento a que foi
submetido nos últimos meses”, escreveu a assessoria do ex-presidente na
quarta-feira, ao informar que Lula não participaria do seu primeiro
compromisso na Rio+20 no sábado.
Em função da retirada de tecido
da laringe para realização do exame e uma inflamação na garganta, o
ex-presidente ficou com a voz debilitada. O incômodo faz com que ele
reclame de dor na região afetada e tenha dificuldade até para tomar
água. Segundo os médicos, estes efeitos colaterais são considerados
normais em casos como o do ex-presidente. A expectativa é de que ele se
recupere até quarta-feira para participar dos eventos no Rio.
Lula
também participaria nesta sexta-feira de uma reunião em São Paulo com o
governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) com o propósito de
oficializar o apoio do PSB ao petista Fernando Haddad na disputa pela
prefeitura paulistana, mas cancelou a participação e indicou o
presidente do PT, Rui Falcão, como seu substituto.
Serão
discutidos não apenas os detalhes da aliança entre PSB e PT em São Paulo
como imbróglio eleitoral de Recife, onde o PSB ainda não confirmou
aliança com os petistas e ameaça lançar candidatura própria.
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