sábado, 26 de maio de 2012

Vice-prefeito do Maranhão citado em matéria do Correio Braziliense no caso do esquema de Cachoeira se defende

Sergio Guanabara vice-prefeito de Coelho Neto

O vice-prefeito do Município de Coelho Neto-MA, Sérgio Ricardo Viana Bastos, enfim resolveu se manifestar a respeito da matéria publicada no Correio Braziliense em 8/5/2012 que o citava como uma das pessoas envolvidas no esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira como sendo um dos sócios do Sistema de Comunicação Rede Brasiltur de Televisão.

A matéria foi veiculada por vários meios de comunicação em nível nacional, inclusive nos sites de notícias do Ministério da Fazenda e Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. No Maranhão a matéria também teve grande repercussão. Quem quiser conferir basta digitar no Google: Uma Força para a Rádio de Cachoeira, título da matéria.

Na nota, Sérgio Guanabara, como é conhecido no município, afirma não ter mais parte na empresa e que o Correio Braziliense teria feito a retificação da matéria numa coluna do site denominada “Opinião” pg. 14 da edição de  23 de maio, com o título “Retificação” e que tudo não teria passado de um engano do repórter( aqui fica uma dúvida: Sempre achei que Josiel Jerônimo fosse uma pessoa do sexo masculino, porém na nota do vice pode-se ler a expressão "A repórter" e pesquisando na internet tudo levar a crer que se trate realmente de alguém do sexo masculino) que o teria citado equivocadamente.

Por outro lado, o vice-prefeito não incluiu em sua nota de esclarecimento que está sendo divulgada nos blogs da região nenhum link direcionado para a tal coluna “Opinião” na qual teria sido feita a retificação, limitando-se apenas a mostrar um texto onde ele próprio de defende do que foi dito na matéria e que teria sido publicado na citada coluna. Sérgio Guanabara é vice do atual prefeito de Coelho Neto, Soliney Silva-PSD.

Diante disso, algumas perguntas clamam por respostas para que seja colocado um ponto final na história:

Por que será que o mesmo demorou tanto tempo para se manifestar a respeito deste assunto? Por que sua nota de esclarecimento não contempla o link da página onde teria sido feita a tal retificação da matéria? Por que ele não solicitou direito de resposta aos blogs de Coelho Neto que retransmitiram a matéria, visto tratar-se de um legítimo direito seu? A Agência de Notícias da Polícia Federal também veiculou a matéria. Será que ele pretende solicitar direito de resposta também ao site? Quando? Pretende solicitar a retirada de seu nome da matéria ou ao menos a publicação da “retificação”? Vai processar o repórter por lhe causar esses transtornos? Os nossos leitores estão aguardando as respostas e que justiça seja feita aos inocentes! 

O blog se coloca inteiramente à disposição caso ele deseje se manifestar a respeito do que aqui foi colocado.

Veja a seguir a matéria do Correio Braziliense que gerou toda essa confusão colhida há pouco no site de notícias da Polícia Federal.

Uma força para a rádio de Cachoeira

08/05/2012
Demóstenes Torres e Marconi Perillo participaram em 2007 da articulação política no Congresso para acelerar a outorga de funcionamento a uma empresa do grupo do bicheiro

JOSIE JERONIMO

Em parceria combinada, Marconi assumiu a relatoria da proposta e, em seguida, deu lugar a Demóstenes, como relator ad hoc, para reforçar a pressão da bancada de Goiás na agilidade da tramitação da matéria. Por meio de sua assessoria, Perillo respondeu que na época em que era parlamentar, apoiou a legalização de várias emissoras de rádio. “O governador Marconi Perillo não se recorda, em detalhes, deste assunto. Precisaria de tempo para fazer as verificações. De qualquer maneira, ele afirma que apoiou a legalização de várias emissoras de rádio, interessado que sempre foi em dinamizar e qualificar a rede de comunicações no país, em gerar empregos e no crescimento empresarial da área”, afirma a nota. A assessoria de Demóstenes foi procurada, mas não deu retorno até o fechamento desta edição.

A rádio Fundação Nelson Castilho é citada no inquérito da Operação Monte Carlo como o braço de Cachoeira na área de comunicações, dentre o emaranhado de empresas constituídas para dar suporte às atividades criminosas do contraventor. De acordo com as investigações, a Fundação Nelson Castilho, a Rádio Mega FM e a Rede Brasiltur de Televisão são de responsabilidade do cunhado de Cachoeira, Adriano Aprígio de Souza, considerado o principal laranja do bicheiro.

Pendências

Apesar de não constar nos registros da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Rádio Mega FM, do grupo de Cachoeira, está em funcionamento no município de Goiatuba, distante 170km de Goiânia. Fazem parte da sociedade da Mega FM o cunhado de Cachoeira e André Teixeira Jorge, o Deco, apontado nas investigações da Polícia Federal como o motorista de Cláudio Abreu, ex-diretor da construtora Delta.

O Correio procurou o diretor da Mega FM, Luiz Okamoto, para questionar a legalidade da rádio do grupo Cachoeira, mas ele não se pronunciou. Okamoto também foi flagrado nos grampos da Operação Monte Carlo, relatando ao contraventor reunião que teve com o deputado Sandes Júnior (PP-GO). Na conversa, os dois mencionam suposto pedido de Demóstenes e acertam encontro para discutir a pendência. A sociedade da Rede Brasiltur de Televisão, empresa que também opera apesar de não ter conquistado outorga junto a Anatel, é composta pelo cunhado de Cachoeira, o motorista do ex-diretor da Delta e Sérgio Ricardo Viana Bastos, que é vice-prefeito do município de Coelho Neto (MA).

A legalidade das empresas de comunicação de Cachoeira já foi questionada em instâncias como o Ministério Público Federal e o próprio Ministério das Comunicações. A 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF apura a constituição de cartel, prejudicando processos licitatórios e a Secretaria de Serviços de Comunicação registrou que a Fundação Nelson Castilho “não foi localizada no endereço de correspondência constante no ministério.”

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