Folha de S. Paulo
Na cultura ocidental, a data é considerada agourenta. Nesse dia, tudo parece conspirar para dar errado, acredita-se. Mas... de onde vem essa história?
Não se sabe ao certo quando essa crença da sexta-feira 13 começou, diz o historiador Rainer Gonçalves Sousa.
Ao pesquisar o assunto, Sousa --que ensina no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás--, conta que os historiadores encontram diferentes elementos, em variados períodos, que ajudam a entender a construção do mito.
As possíveis explicações remontam ao tempo de Jesus Cristo. Dizem que ele foi perseguido por essa data: antes de ser crucificado numa sexta-feira, ele tinha celebrado uma ceia que reunia 13 participantes.
Outro fato tem a ver com o processo de cristianização (ato de difundir a fé em Jesus Cristo entre as pessoas) dos bárbaros, como eram chamados alguns povos do norte da Europa.
Esses povos tinham suas próprias crenças, que foram abandonadas ou modificadas quando viraram cristãos. Com isso, passaram a espalhar a ideia de que Friga, antes considerada a deusa do amor e da beleza, era uma bruxa que se reunia com feiticeiras, às sexta-feiras, para desejar mal à humanidade.
Na França, numa sexta-feira 13 de 1307, o rei Felipe IV mandou perseguir os participantes de uma ordem religiosa que não tinham permitido que ele integrasse o grupo.
Esses são alguns dos acontecimentos históricos que Rainer Sousa destaca como fontes que alimentam a lenda do dia amaldiçoado.
De boca em boca e de geração em geração, o mito segue. No cinema, um dos filmes clássicos que ajudaram a crescer o medo em torno da data foi a série "Sexta-feira 13". Nessa ficção, o aterrorizante personagem Jason era um matador que atacava suas vítimas em sextas-feiras 13.
Mas nem todo mundo acredita nessa história de azar. Sousa conta que, entre os orientais, esse é um dia comum. Lá, ninguém dá muita bola à sexta-feira 13 e as pessoas passeiam pelas ruas desprevinidas.
E você, arrisca sair de casa hoje?
Nenhum comentário:
Postar um comentário